Sonâmbulos, bêbedos, inquietos...
Não sabemos nada.
Trilhamos a mesma estrada
com tantas ruas dispersas...
Intoleráveis, intolerantes, incertos!
Não sabemos olhar a agrura dos desertos.
Seca as lágrimas, não há que chorar.
As almas pequenas não sabem cantar.
Se música houvesse de pássaros também,
cantaríamos todos, música de ninguém.
Somos notas, acordes, partituras sem voz.
Ninguém sabe agora, o que será de nós.
Não gorgoleja a água no leito do rio…
Não suspira o amor num dia de estio…
Apenas o anseio de frescura tímida
Cabelos ao vento, risos de vida
Leve carícia do mar reluzente
Ténue esperança de, um dia, seres gente.
Foto e poema: Maria Cepeda
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