Galardão é entregue no Festival Internacional de Literatura de Freixo e distingue ainda mais oito autores da lusofonia
Olga Telo Cordeiro (jornalista)
O Prémio Literário Guerra Junqueiro deste ano vai ser atribuído à escritora Hélia Correia.
A autora é a quinta distinguida com o galardão instituído pelo FFIL – Freixo Festival Internacional de Literatura, que acontece em Freixo de Espada à Cinta e que tem como patrono Guerra Junqueiro.
Avelina Ferraz, curadora do prémio literário, explicou que a escolha recaiu em Hélia Correia por refletir a influência do escritor natural de Freixo, tanto na parte literária como no discurso poético da sua obra.
“Encontramos a poesia de Guerra Junqueiro em Hélia Correia. Todos os aspectos poéticos da sua prosa também são identificáveis com Guerra Junqueiro, bem como tudo aquilo pelo qual a literatura de ambos se debate, o aspecto doutrinário e humanista, mas também o lírico filosófico”, sublinhou.
Desde o ano passado, o FFIL também premeia escritores de países lusófonos.
“O legado de Guerra Junqueiro é e continuará a ser uma fonte de inspiração para a formação de muitos poetas e escritores do século XX e XXI. E enquanto assim for, podemos celebrar em pleno a língua portuguesa. O Prémio Literário Guerra Junqueiro, que em 2020 foi alargado à Lusofonia, é um importante contributo para um movimento criador de uma união cultural lusófona e responsável”, reitera Avelina Ferraz.
Depois de em 2020 terem sido agraciados sete autores de países de língua oficial portuguesa, este ano, o Prémio Literário Guerra Junqueiro Lusofonia chega a mais dois países.
“Faltava a Guiné Equatorial e Timor Leste e este ano cumprimos essa missão, de entregar o prémio em todos os países da lusofonia”, afirmou.
Xanana Gusmão é o distinguido em Timor Leste e Agustín Nze Nfumu na Guiné Equatorial. Albertino Bragança de São Tomé e Príncipe, Vera Duarte Pina de Cabo Verde, Abraão Bezerra Batista do Brasil, Abdulai Sila da Guiné-Bissau, Luís Carlos Patraquim de Moçambique e João Tala de Angola completam a lista dos agraciados.
A presidente da Câmara Municipal de Freixo de Espada à Cinta e anfitriã do Prémio Guerra Junqueiro
em Portugal, Maria do Céu Quintas, destaca que “ter Guerra Junqueiro como filho da terra é, por si só, motivo de orgulho” e que “perceber que existe uma ligação afectiva e efectiva ao património das letras e da cultura das palavras, torna esta missão cultural ainda mais desafiadora junto das comunidades na diáspora”.
Retirado de www.jornalnordeste.com
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