terça-feira, 13 de setembro de 2016

Embaixador dos Estados Unidos da América em Portugal visita o IPB



No próximo dia 15 de setembro, o Instituto Politécnicos de Bragança recebe o Embaixador dos Estados Unidos da América em Portugal, com o intuito de conhecer a realidade técnico-científica do IPB e de equacionar as potencialidades de colaboração bilateral nestes domínios.
O instituto preparou uma breve visita ao IPB, a iniciar-se pelas 11h com uma receção nos Serviços Centrais do IPB, seguida de uma passagem por três laboratórios de investigação nos domínios da Ciência Alimentar, Genética e evolução das abelhas melíferas e Indústria 4.0, conversa com os jornalistas e almoço nos Serviços de Ação Social do IPB, com a presidência do IPB, Diretores das escolas, Associação Académica e Associações de Estudantes e estudantes americanos no IPB.
Embaixador Robert A. Sherman
 
Robert A. Sherman, natural de Boston, Massachusetts, chegou a Lisboa no dia 5 de Abril de 2014 para desempenhar as funções de Embaixador dos Estados Unidos da América para a República de Portugal. Apresentou as suas credenciais ao Presidente da República de Portugal, Sua Excelência o Prof. Aníbal Cavaco Silva, no dia 30 de Maio de 2014.
Desde a sua chegada a Portugal que o Embaixador Sherman adoptou a diplomacia económica do século XXI como prioridade. Nas suas viagens pelo país tem-se encontrado com líderes do governo e da comunidade empresarial para saber dos próprios quais os seus desafios e oportunidades. Numa parceria com o governo português, o Embaixador Sherman tem usado uma abordagem de base no contacto com as empresas locais e até andou numa Harley Davidson no Alentejo na primeira de várias viagens que fez pelo país para divulgar os benefícios da Parceria de Comércio e Investimento (TTIP, sigla em inglês).
Um dos principais objectivos do Embaixador Sherman tem sido a promoção do investimento bilateral. Ele liderou uma delegação de investidores e empresários portugueses à cimeira SelectUSA que teve lugar em Washington, em Março de 2015. Também trouxe muitos investidores a Portugal para que conhecessem a alta qualidade da inovação e empreendedorismo dos portugueses. Em Junho de 2015, por exemplo, a Embaixada organizou a vinda de uma missão comercial sobre Biotécnica e Ciências da Vida encabeçada pelo laureado Nobel Dr. Craig Mello para promover a cooperação e oportunidades de negócio entre instituições de pesquisa, investidores e empresas dos Estados Unidos e de Portugal.
Noventa dias após a sua chegada a Portugal, o Embaixador Sherman e a mulher, Kim Sawyer, lançaram o Connect to Success, iniciativa de bandeira da Embaixada no campo do empreendedorismo feminino, que compreende um programa de Corporate Mentorship, um programa de MBA/Masters Consulting e workshops práticos gratuitos.
Num mundo cada vez mais interdependente, cheio de ameaças e desafios complexos, o Embaixador tem seguido a agenda do Presidente Obama de liderança “inteligente”, tentando encontrar mais formas de os Estados Unidos e Portugal, juntamente com outros aliados, poderem usar as suas capacidades em questões de segurança internacional. Em Portugal, o foco tem estado no reforço do compromisso em áreas como segurança marítima na África Ocidental, cibersegurança, narcoterrorismo e NATO.
O Embaixador Sherman tem demonstrado a sua paixão por Portugal, o seu povo e a sua cultura e está empenhado em ajudar os americanos a descobrir Portugal, tal como os navegadores portugueses descobriram “o Novo Mundo” há 600 anos. Antes de se tornar Embaixador, Robert Sherman foi um dos fundadores dos escritórios de Boston da Greenberg Traurig, uma firma de advogados internacional.
O Embaixador Robert Sherman tem um B.A. em Ciência Política da University of Rochester e um J.D. da Boston University School of Law. É casado com a empresária e advogada Kim Sawyer e tem dois filhos adultos.

Reserva da Biosfera Transfronteiriça Meseta Ibérica assinou acordo de criação de reservas da Unesco



Trabalhar “numa lógica de cooperação” para conseguir “uma projecção internacional”, são os principais objectivos apontados pelo Ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, da cerimónia de assinatura do acordo para a criação da Rede Nacional de Reservas da Biosfera da UNESCO.

A cerimónia da assinatura do acordo aconteceu no início deste mês, na ilha das Berlengas, Peniche, na presença do primeiro-ministro, António Costa, que considera “que esta iniciativa constitui uma mais-valia para o país”, e dá um contributo para “reforçar a coesão entre o continente e as regiões autónomas”.
A Rede vai contar com uma dotação orçamental de aproximadamente 3 milhões de euros. Existem no país 10 Reservas da Biosfera, entre elas e das mais jovens, a Reserva Transfronteiriça da Meseta Ibérica, gerida pelo Agrupamento Europeu de Cooperação Territorial ZASNET.
Nesta cerimónia o ZASNET foi representado pela presidente da Assembleia- Geral, Berta Nunes, acompanha em representação do território pelos presidentes dos municípios de Vila Flor, Fernando Barros e de Macedo de Cavaleiros, Duarte Moreno e pela vereadora da Cultura do município de Mogadouro, Virgínia Vieira.
Berta Nunes acredita que com esta rede, e em parceria com o Comité MaB nacional, “a Reserva da Biosfera Transfronteiriça vai poder reforçar a sua posição estratégica na conservação do património natural e cultural bem como na projeção turística internacional, deste que é um território de excelência pelos seus recursos e pelo seu património humano”, disse.

Setembro, sangue e cinzas (Editorial do Jornal Nordeste, 13/09/2016)



No nosso hemisfério o mês de Setembro ainda é tempo de festa, de fartura de frutos que perfumam os ares e nos concedem instantes de eternidade, quando lhes mordemos a polpa e de promessas de vinho novo, esse néctar que as olímpicas criaturas nos revelaram, valorizando a liberdade e autonomia, que nos permite optar entre as migalhas de felicidade e a miséria da degradação.
Está a chegar o equinócio, porta para a luz menor, que nos chamará a descansar das euforias, a sentir arrepios no corpo e na alma, sempre fundamentais para a consistência da nossa passagem pelo mundo.
Setembro, dizemos nós, também é tempo de arderem os montes e secarem as fontes, o que, por vezes, sentimos como provocação infernal, instalando a dor e  o desespero, que as primeiras águas suavizam.
Desde há quinze anos Setembro é ainda o paradigma da tragédia improvável, mas avassaladora, o sopro do titã imundo, que anuncia a morte pela morte, a orgia do sangue e o definitivo deserto de cinzas. É Setembro sempre que a besta quiser, em qualquer dia e em qualquer lugar, fechando todos os horizontes.
Já era tempo de recuperar este nono mês, o sétimo na Roma de há dois mil anos, para a sua condição de festa do futuro, em vez de nos deixarmos tolher pela resignação a um novo calvário, carpindo um destino que só depende de nós mudar.
Para isso precisamos de coragem em vez de tibieza, de união em vez de insidiosas querelas, sem razão que não seja o oportunismo dos protagonistas da política imediata, neste mundo que já nem parece o resultado de uma História milenar, com exemplos memoráveis de grandeza.
Sempre houve e haverá os bons combates pela humanidade e a civilização também se fez com o fio da espada, porque matar e morrer também são condição trágica do nosso percurso. Algumas vezes resultam da sanha assassina do homem animal, outras vezes impõem-se para que se possam consolidar a liberdade e tranquilidade a que temos direito.
Não podemos continuar a permitir que os valores da vida, da dignidade, da honra e da misericórdia sejam postos em causa por camarilhas de boçais alucinados, que não merecem que contemporizemos uma e outra vez com a sua ignara ousadia.
Apesar de vermos o Setembro deles a tomar conta de cada dia dos nossos anos, de todos os crimes vis e sanguinolentos que nos têm perturbado, ainda temos que ouvir discursos cobardes, argumentos falaciosos para justificar omissões, insinuações escarninhas, embora cheias de tremeliques, querendo apontar bodes expiatórios, como se assim se pudesse garantir o fim da agressão, que tem sido refinada, para nos torcer até à submissão atoleimada, como se se sentissem capazes de nos esbofetear para sempre.
Poderão vir a fazê-lo se não formos suficientemente decididos a esmagar a cabeça da besta. Servem-se das tecnologias que lhes fornecemos, das armas que lhes vendem alguns escroques, da perícia de traidores que alimentámos às nossas mesas e instruímos nas nossas escolas. Continuam a consumar quotidianamente o aviltamento das mulheres, com a complacência hipócrita de organizações mundiais que dizem defender os direitos humanos, mas também de partidos ditos democráticos e progressistas que, por cá denunciam os preconceitos, mas, por lá, defendem o relativismo e outras balelas, enquanto milhares de mulheres são apedrejadas, abatidas a tiro, violadas, desfiguradas, tapadas e espancadas com livro de instruções.
É necessário romper com este Setembro mórbido, que se tornou um instrumento de desgaste do mundo civilizado desde 2001, para retomar a sucessão normal dos dias das nossas vidas, porque o mundo pode mesmo ser a terra da promissão. A estultícia e o fanatismo não estão condenados a vencer. Aliás, Setembro, no hemisfério sul, não é o fim do Verão, é o início da Primavera.

Por Teófilo Vaz (Diretor do Jornal Nordeste)

Lançamento do livro "Terra d'Encontros" de Carla Guerreiro e Lídia Santos

Nós estivemos lá, numa bela quarta-feira, 7 de setembro, ao fim da tarde, no jardim do Centro de Arte Contemporânea Graça Morais.
Ambiente agradável, catering fantástico.
Amigos de sempre e amigos do coração fizeram questão de estar presentes.
A apresentação esteve a cargo de António Tiza.
Aqui deixamos algumas fotos.
















Maria e Marcolino Cepeda

segunda-feira, 5 de setembro de 2016

Foz do Sabor recebe mais uma edição do Sabor D’ouro Summer Fest Wine



Durante o mês de Setembro o Sabor D’ouro Summer Fest Wine regressa à mítica praia fluvial da Foz do Sabor.


A terceira edição tem lugar nos dias 10 e 11 de Setembro e conta com um programa variado.
Durante os dois dias haverá mostra e venda de vinhos do concelho, contando o festival com cerca de 9 expositores, entre eles a Quinta do Vale Perdiz, Adega Cooperativa de Torre de Moncorvo, Quinta da Terrincha, Quinta Vila Maior, Quinta Vale da Pia, Quinta Pedra D’Anta, Quinta do Couquinho, Quinta da Silveira e Carrelo e Covas Wine.

O Sabor D’ouro Summer Fest Wine conta ainda com animação, no dia 10 de Setembro, com a atuação, durante a tarde, do grupo “Toca e Cala-te” e à noite com o espetáculo do grupo de percussão contemporânea “Sons do Douro” e do Dj “Tom Enzy”. No dia 11 de Setembro, durante a tarde atuam os “ Old Toys”.

Parte do programa faz também mais uma edição do percurso pedestre “Rota das Maias” que se desenrola durante a manhã do dia 11 de Setembro e que tem início na Capela do Espírito Santo, na Cabeça Boa, e termina na Praia Fluvial da Foz do Sabor.

Este festival tem a peculiaridade de associar a época das vindimas e os vinhos de qualidade produzidos no concelho com o final do verão e o aprazível espaço de lazer que proporciona a Praia Fluvial da Foz do Sabor a todos os visitantes.

domingo, 4 de setembro de 2016

Lançamento do livro "Terra d'Encontros de Lídia Machado Santos e Carla Guerreiro




Duas boas amigas, a Lídia e a Carla, presenteiam-nos com este romance que nos fala da cultura sefardita no distrito de Bragança.

Aqui deixamos o programa e o convite para a apresentação.

Maria e Marcolino Cepeda

sexta-feira, 2 de setembro de 2016

Festas, encontros e reencontros!...



Estamos em pleno verão, vivendo com gosto, agitação e intensidade, Agosto. Ou não fosse o mês das férias e festas. As nossas aldeias ganham uma outra vida, uma outra “alma”, respirando-se um outro ar e o ambiente social promove um outro olhar. Mais alegre e divertido mas, sobretudo, mais interativo.
Agosto pode ser considerado mês do Encontro, do Reencontro, das Festas e das Romarias da Comunhão e da Interação das pessoas, das gerações. A mobilidade humana, intensifica-se, temporariamente, com o regresso às origens rurais, o sentir o cheiro das hortas, o odor das vacas, o cantar o galo, a alegria nas casas que, ao longo do ano, ficaram sem vida.
Ora toda esta conjuntura social e cultural, potencia a organização de eventos festivos, particulares e coletivos, promove o envolvimento, abre os corações renovando amizades, matando-se saudades.
E, neste contexto, não podemos deixar de valorizar as FESTAS, as nossas festas, que acontecem nas aldeias, potenciadoras de inúmeras ideias, de singulares energias e muitas canseiras. Mas tudo é ensaiado, realizado, sustentado na alegria da unidade, no assumir responsabilidades perante a comunidade, num exercício de cidadania em que a solidariedade, a espontaneidade, o encontro e o reencontro, acontecem com facilidade. Não esquecendo, mas tendo até como referência, as ações participativas, alegres e felizes, nas celebrações religiosas que nos prendem e nos mobilizam, convergentemente, com a nossa gente, respeitando-se a tradição, com alma e coração. As comunidades tornam-se, assim, mais abertas, participativas e felizes. Ou seja, as pessoas conhecem-se melhor, exercem os seus deveres comunitários imbuídas de atitude mais aberta, tolerante e colaborante.
Nestas vivências de cidadania ativa, criativa e positiva, sobressaem aspetos relacionais interessantes que, vivendo-se agora, permitem reviver e recordar o que foi vivido e sentido muito antes. Estou a referir-me, naturalmente, aos encontros que acontecem, aos reencontros que nos alegram, emocional e socialmente nos favorecem. De amigos que não vemos durante o ano, ou de outros de quem até não tínhamos qualquer notícia ou referencia há muitos anos. Isso torna-nos mais conscientes da vida, da importância das pessoas, do não esquecer aqueles com quem partilhamos a nossa meninice, a nossa vida na escola primária.
E aqui não posso deixar de recordar os vários encontros que tenho mantido neste mês de Agosto, com amigos que não vejo ao longo do ano, com os meus contemporâneos rurais, da escola, do liceu, de curso!... Mas o que mais me alegrou foi aquele reencontro com um amigo de criança, com quem partilhei tantas brincadeiras na escola e fora dela, criado, com muitas dificuldades, por uma tia, que tinhas vários filhos, pela avó materna, que tinha vários netos. Partiu para França, com a família, sem pai nem mãe, há cerca de cinquenta anos. Deixou a aldeia que o viu nascer. Nunca mais o tinha visto. Imagino quantas dificuldades terá passado na vida. Não o reconheci. O Aventino. Mas também não consigo descrever a alegria, como não consegui conter a emoção quando o identifiquei e abracei. E se nunca me esqueci de um dos companheiros de meninice, jamais me irei esquecer deste reencontro.  As festas da aldeia também têm destas coisas!...

Escrito por Nuno Pires
Retirado de www.mdb.pt