Escrito por: Olímpia Mairos
“Leitura, Escrita e Inclusão” é o mote para o Festival Literário
de Bragança que decorre um pouco por todo o concelho - na cidade, no meio
rural, nas escolas, nos estabelecimentos prisionais e junto da comunidade,
entre 24 e 27 de maio.
O FLB realiza-se desde 2015 e, segundo a organização,
pretende ser um evento literário, que liga diferentes locais e instituições do
concelho, do meio urbano e rural. Tem como objetivo promover a leitura,
elevando o nível de literacia do concelho e a preservação da cultura e do
território, através da inclusão de diferentes gerações e diferentes públicos.
O evento cultural que celebra, este ano, a sétima edição oferece, assim, um programa diversificado com apresentação de obras, debates e entrevistas, conferências e vários momentos musicais.
Com destaque para a literatura enquanto meio de inclusão, a
iniciativa conta com a participação de autores nacionais e locais,
tais como Pedro Chagas Freitas, Raúl Minh’Alma, Miguel Gouveia, Mário Augusto,
Hélder Reis, Cláudia Lucas Chéu, Rui Ramos, Ernesto Rodrigues, Fernando Calado,
Teresa Martins Marques, entre outros.
Promovido pelo Município de Bragança e pela Academia de
Letras de Trás-os-Montes e produzido pela Editorial Novembro, o Festival
Literário de Bragança propõe-se chegar aos mais diversos públicos.
Neste contexto estão programadas várias ações pensadas para
a comunidade escolar dos diferentes níveis de ensino, incluindo ações
personalizadas para o ensino profissional, ações nos estabelecimentos
prisionais e também no meio rural, como forma de envolver diferentes gerações
nas atividades.
Na comunidade e
para a comunidade
O Festival arranca na quarta-feira, dia 24 de maio, junto da
comunidade escolar com a iniciativa “O Escritor vai à Escola”, com a
participação de Rui Ramos, Miguel Gouveia e Raúl Minh’Alma.
Ao final da tarde, às 18h00, a Biblioteca Municipal recebe o
jornalista, autor e apresentador, Mário Augusto, que apresenta o livro “Mandem
Saudades”.
Pelas 21h00, tem lugar a conversa subordinada ao tema “Entre
o Real e a Ficção”, com Raúl Minh’Alma, e moderação de Mário Augusto. O
primeiro dia encerra com o “Concerto de Leitura” de Miguel Gouveia.
No dia 25 de maio, quinta-feira, prosseguem as visitas de
autores às escolas (com Bru-Junça, Miguel Gouveia, Luís Ochoa e Teresa Martins
Marques) e o “Encontro com o Escritor” que leva Pedro Chagas Freitas aos
estabelecimentos prisionais de Izeda e de Bragança.
Neste dia, será organizado um debate sobre o tema “O Editor
e o Processo Criativo na Literatura”, com Miguel Gouveia, assim como o curso
“Livro é um Lugar” com Bru-Junça e uma Oficina de Escrita Criativa com Pedro
Chagas Freitas.
À noite, a partir das 21h00, a Biblioteca Municipal será
palco de uma conversa sob o mote “A Escrita Como Espelho”, conduzida pelo
jornalista Pedro Mesquita da Renascença e com a participação
de Pedro Chagas Freitas, Fernando Calado, Ernesto Rodrigues e Luís Ochoa. O
momento musical e literário “Rimas Perdidas”, apresentado por Leonor Afonso e
Cristiano Ramos, encerra o segundo dia de Festival.
No dia 26 de maio, o Festival Literário de Bragança
desloca-se até às aldeias de Parada e Faílde, para um encontro com a comunidade
e com os escritores Miguel Gouveia, Balbina Mendes, Ernesto Rodrigues e
Fernando Calado.
Já às 15h00 a Biblioteca Municipal recebe a escritora
Cláudia Lucas Chéu e às 16h00 o escritor/ apresentador Hélder Reis apresenta
“Sabíamos Tão Pouco Sobre o Amor”.
Os autores transmontanos têm encontro marcado para o último
dia do FLB, dia 27, no Centro de Arte Contemporânea Graça Morais
No período da manhã, “Palavras Contadas e Ilustradas” dá voz
aos autores Ana Pereira, Roberto Afonso, Elza Mesquita e Miguel Gouveia.
À tarde realiza-se a “Sessão de Poesia e Prosa”, com os
autores associados da Academia de Letras de Trás-os-Montes - Manuel Catumba,
José Maldonado, Virgílio Gomes e Ana Freitas, com moderação de Odete Costa
Ferreira.
A encerrar a programação da iniciativa, Assunção Anes Morais
apresenta a Coletânea da Academia de Letras de Trás-os-Montes “Douro – Um
Território de Palavras”. Momento que culminará com um apontamento musical, com
o coro do Conservatório de Bragança “Brichoir-T”.
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