quinta-feira, 1 de junho de 2017

Bragança é o coração de um mercado com 60 milhões de pessoas segundo Costa (31/05/2017)




Precisamente um ano e meio depois de António Costa ter tomado as rédeas do país, esteve em Bragança a propósito das jornadas parlamentares do PS que durante dois dias focaram as atenções no nordeste transmontano.
O primeiro-ministro sublinhou a posição privilegiada de Bragança no mapa da Europa e referiu-se a esta capital de distrito como sendo o coração do mercado ibérico, com “potencial de crescimento, que aumenta se soubermos aproveitar melhor os recursos que temos por explorar, que são os do território, como é o caso de toda esta região de fronteira que nos habituámos a tratar erradamente por interior e que de uma vez por todas, temos que olhar como sendo precisamente o centro do mercado ibérico, que nos faz crescer de uma pequenez de 10 milhões para uma dimensão de 60 milhões de consumidores.”
António Costa diz que é preciso os portugueses olharem para o país de outra perspectiva, como um berço de oportunidades, “em Bragança é fácil perceber o que é que isto quer dizer, nós estamos a 500 quilómetros de Lisboa, no conjunto da área metropolitana vivem menos de dois milhões de pessoas, mas Bragança está a 30 quilómetros da fronteira em Castilla e Léon, onde dois milhões e meio de pessoas vivem mesmo aqui ao lado.”
O primeiro-ministro foi mais longe ao afirmar que “tudo isto significa que Bragança só é interior, para quem está em Lisboa. Mas para quem está a olhar para o mapa da Península Ibérica, o que é que está mais próximo do centro do mercado ibérico? É Bragança.”
Ainda no seguimento do discurso sobre a centralidade das regiões de fronteira e a necessidade de “mudar a geografia que temos na nossa cabeça, para podermos olhar para o país com uma outra visão, porque senão estaremos sempre num ciclo vicioso e não num ciclo virtuoso, nós não podemos dizer sempre as pessoas vão partir. As pessoas só partirão se tiverem ali as oportunidades que não têm aqui. A questão não é travar a saída das pessoas, é atrair as melhores oportunidades para que as pessoas se fixem e para que as pessoas possam vir para onde estão as melhores oportunidades, como é o caso desta zona de fronteira.”
“É esta nova visão do território que nós temos de conseguir desenvolver e hoje temos os recursos e a massa critica para que o possamos fazer, porque temos efectivamente em todas estas regiões capacidade de produção de conhecimento, é por isso que temos um grande objectivo desta legislatura, que é criar o quadro legal para que no início do próximo mandato autárquico, possa ser marcado por um forte avanço na descentralização e por um reforço das competências dos municípios e freguesias na gestão dos seus territórios” disse o primeiro-ministro sobre a descentralização de competências, um objectivo a alcançar rapidamente.

Escrito por: Jornalista Débora Lopes

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