O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, afirmou hoje, em Vinhais, que as reformas que o Governo está a realizar com determinados encerramentos visa adequar os serviços à realidade do país e não virar as costas às pessoas.
“As pessoas que são mais diretamente afetadas pelo encerramento de alguma infraestrutura ficam com a ideia de que o país lhes está a voltar as costas, mas nós procuraremos minimizar sempre esses efeitos porque o objetivo destas reformas não é evidentemente virar as costas ao país”, declarou.
O primeiro-ministro comentava a contestação ao encerramento de tribunais e outros serviços públicos, à margem de uma visita à Feira do Fumeiro de Vinhais, distrito de Bragança, onde o presidente da Câmara, o socialista Américo Pereira, defendeu hoje que os governantes deviam ser julgados por “gestão danosa” por estarem a esvaziar o Interior do país de serviços fundamentais depois dos investimentos feitos em equipamentos e infraestruturas.
Pedro Passos Coelho disponibilizou-se a falar com o autarca sobre o assunto, mas explicou aos jornalistas que as reformas que o Governo está a fazer, seja na Educação, Saúde, ou Justiça procura “concentrar melhor os serviços para poder prestar também um melhor serviço às pessoas”.
“É poder ter uma Educação e uma Saúde que funcionem melhor, não apenas com as nossas restrições financeiras, mas também de acordo com a nova organização do território, com a nova vida que o território tem”, afirmou.
O chefe do executivo sublinhou: “o país não pode ficar como estava há 30 anos ou há 50 anos. O país mudou e desse ponto de vista a oferta de serviços públicos também tem de ir de acordo com as mudanças que o país foi fazendo”.
Neste sentido, o primeiro-ministro defendeu que “é realmente muito importante” a reforma do Mapa Judiciário conhecida, na quinta-feira, que aponta para o encerramento de 20 tribunais e que está a ser alvo da contestação sobretudo dos autarcas.
“No essencial, a nossa preocupação é a de garantir um funcionamento dos tribunais e uma sua especialização cobrindo todo o território que esteja mais de acordo com aquilo que são hoje as exigências das pessoas relativamente à Justiça”, acrescentou.
Apesar de “um certo sentimento de perda”, que admitiu existir “nalguns casos” relativamente a este processo, Passos Coelho considerou: “a única maneira de podermos fazer essas reformas é andar em frente porque se tivermos sempre receio de que, em qualquer lado que se tenha de reorganizar essa oferta de serviços públicos, se tivermos sempre em conta a necessidade de deixar tudo como está, então não se reforma nada”.
O primeiro-ministro foi recebido hoje no pavilhão da Feira do Fumeiro de Vinhais, que durante quatro dias recebe milhares de visitas, com apenas alguns tímidos protestos e desabafos sobretudo de reformados a pedir que não lhe corte mais as pensões.
Passos Coelho visitou e falou com os expositores, provou o fumeiro e recebeu oferendas de vários produtos regionais.
*Este artigo foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico.
Por Agência Lusa
Retirado de www.ionline.pt
“As pessoas que são mais diretamente afetadas pelo encerramento de alguma infraestrutura ficam com a ideia de que o país lhes está a voltar as costas, mas nós procuraremos minimizar sempre esses efeitos porque o objetivo destas reformas não é evidentemente virar as costas ao país”, declarou.
O primeiro-ministro comentava a contestação ao encerramento de tribunais e outros serviços públicos, à margem de uma visita à Feira do Fumeiro de Vinhais, distrito de Bragança, onde o presidente da Câmara, o socialista Américo Pereira, defendeu hoje que os governantes deviam ser julgados por “gestão danosa” por estarem a esvaziar o Interior do país de serviços fundamentais depois dos investimentos feitos em equipamentos e infraestruturas.
Pedro Passos Coelho disponibilizou-se a falar com o autarca sobre o assunto, mas explicou aos jornalistas que as reformas que o Governo está a fazer, seja na Educação, Saúde, ou Justiça procura “concentrar melhor os serviços para poder prestar também um melhor serviço às pessoas”.
“É poder ter uma Educação e uma Saúde que funcionem melhor, não apenas com as nossas restrições financeiras, mas também de acordo com a nova organização do território, com a nova vida que o território tem”, afirmou.
O chefe do executivo sublinhou: “o país não pode ficar como estava há 30 anos ou há 50 anos. O país mudou e desse ponto de vista a oferta de serviços públicos também tem de ir de acordo com as mudanças que o país foi fazendo”.
Neste sentido, o primeiro-ministro defendeu que “é realmente muito importante” a reforma do Mapa Judiciário conhecida, na quinta-feira, que aponta para o encerramento de 20 tribunais e que está a ser alvo da contestação sobretudo dos autarcas.
“No essencial, a nossa preocupação é a de garantir um funcionamento dos tribunais e uma sua especialização cobrindo todo o território que esteja mais de acordo com aquilo que são hoje as exigências das pessoas relativamente à Justiça”, acrescentou.
Apesar de “um certo sentimento de perda”, que admitiu existir “nalguns casos” relativamente a este processo, Passos Coelho considerou: “a única maneira de podermos fazer essas reformas é andar em frente porque se tivermos sempre receio de que, em qualquer lado que se tenha de reorganizar essa oferta de serviços públicos, se tivermos sempre em conta a necessidade de deixar tudo como está, então não se reforma nada”.
O primeiro-ministro foi recebido hoje no pavilhão da Feira do Fumeiro de Vinhais, que durante quatro dias recebe milhares de visitas, com apenas alguns tímidos protestos e desabafos sobretudo de reformados a pedir que não lhe corte mais as pensões.
Passos Coelho visitou e falou com os expositores, provou o fumeiro e recebeu oferendas de vários produtos regionais.
*Este artigo foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico.
Por Agência Lusa
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