terça-feira, 30 de setembro de 2014

Da minha janela


Da minha janela vejo o mundo.
O mundo que quero ver
onde cabem as folhas cor-de-rosa
que parecem flores
os cravos de São José
que flores são 
um cavalo mesmo ao pé
e a paisagem de Bragança
coberta com um véu de nuvens
negras, brancas, carregadas
das mágoas do dia-a-dia
que levo enlutadas
na tristeza que sinto
quando olho pela janela
de manhã, ao acordar, devagar,
muito devagar e divago,
pela inquietação que trago.



Maria Cepeda

Mel ajuda na vindima!



A minha gata Mel, entre as videiras enquanto a minha mãe colhia as uvas.

 Mara Cepeda

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

O outono

Como quem não quer a coisa... ele vem de mansinho.
Começasse a dar por ele porque aqui e ali cai uma folha...
O vento rodopia com as folhas que dançam a sua melodia
Nota-se uma aragem fresca, carícia fria no rosto sereno
Chove, pois então! Outono sem chuva é fresco verão.
Um casaco acompanha, agora, o velho e o menino e a bela senhora.
Os dias estão menores, o sol deita-se mais cedo
As azinheiras que guardam a minha casa, albergam agora, quantidade significativa de asas.
Semeiam as bolotas atapetando o chão, correm as ovelhas que as comem como pão.
Mas o que mais me consola, quando chove, é o arco-íris que corta o céu, colorindo-o de luz, ensinando sonhos, alimentando ilusões... não há potes de ouro, nem mesmo de tostões.



 


Mara Cepeda

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Jovem artista apresenta-se no Museu

Pedro Cordeiro é artista plástico e mostra ao público o seu trabalho numa exposição patente no Museu Abade de Baçal

São 27 desenhos inspirados em vários artistas de renome que apresentam o artista plástico Pedro Cordeiro ao público. O jovem mirandelense realizou a primeira exposição individual no Museu Abade de Baçal (MAB), em Bragança.
“Isto é uma espécie de hino à vida. Esta exposição tem relações emocionais, relações sociais e profissionais”, desvenda o artista plástico.
Nestas obras, Pedro Cordeiro deixa transparecer as influências de Dali, Magritte, Duchamp e Picasso. “Tentei mostrar aquilo que me motivou a seguir esta carreira”, salienta o jovem.
A mostra de desenho em tinta-da-china está dividida em três actos, que marcam o percurso do jovem artista. “Começo com um surrealismo clássico, digamos assim, e no final da exposição começa a haver obras que já nos remetem mais para o cubismo de Duchamp”, explica o artista.
Na primeira mostra individual, Pedro Cordeiro deixa transparecer, ainda, as suas influências da Matemática. “Se calhar por eu ter estudado engenharias, esta exposição está dividida em três actos, de nove desenhos cada um, que completa o número 27. É toda ela composta por múltiplos de três, há uma ligação directa entre eles. Criei aqui uma espécie de uma teia para não ser uma exposição estática”, realça Pedro Cordeiro.

Esta exposição está patente ao público no MAB até 5 de Outubro.


Parceiros turísticos devem unir-se para atrair mais visitantes para o nordeste transmontano

Os parceiros turísticos devem unir esforços para ganhar dimensão de forma a atrair mais visitantes para Trás-os-Montes. Esta é a convicção do vice-presidente do Turismo do Porto e Norte. Jorge Magalhães defendeu ontem em Mirandela que há ainda muito trabalho a ser feito para valorizar as potencialidades da região. 
“Têm aqui grandes potencialidades mas é preciso trabalhá-las com alguma profundidade. O território não pode ser visto de uma forma tão fragmentada, os parceiros têm que se juntem”, frisa Jorge Magalhães. Uma ideia partilhada pela coordenadora da Desteque, Associação de Desenvolvimento da Terra Quente. Aurora Ribeiro considera que para conseguir vender o nordeste transmontano como um destino é necessário que os parceiros turísticos se organizem. “Temos muitos activos mas estes activos não estão organizados, estruturados enquanto produto vendável”, considera a coordenadora da Desteque. Para o presidente do Município de Mirandela, a cidade do Tua tem trabalhado para se destacar a nível turístico. No entanto, António Branco, concorda que é possível fazer mais no sector do turismo. “Há sempre ainda algo mais a fazer no sentido de tentarmos criar melhor oferta e termos benefícios económicos com o turismo”, acrescenta o autarca. Declarações à margem do arranque das comemorações do Dia Mundial do Turismo em Trás-os-Montes que começaram ontem em Mirandela com o seminário “Turismo e Desenvolvimento Comunitário” e que continuam amanhã em Mogadouro e Miranda do Douro.

Escrito por Brigantia
Retirado de www.brigantia.pt

Sombra na névoa

Hoje, como em muitos outros dias,
senti uma estranha melancolia,
persistente,
teimosa como eu.
Não me deixou
ao longo das muitas horas do dia.
Remoí como pude
as angústias que me assaltavam
vestidas de uma leve tristeza.
Seria leve?
Não sei.
Sei que não se pode ser sempre triste
nem sempre alegre.
O equilíbrio é difícil de alcançar.
De negro vestida,
sei que é assim que tem de ser.
Não me imagino vestida de outra cor.
Se sou como um poeta romântico
a morrer de amor e por amor?
Não.
Sou a minha alma entristecida,
insatisfeita,
frágil como um cristal da Boémia
ou a lenda de Atlântida.
Quase tão ténue
como a minha força de vontade,
a minha fraqueza ou eventual inocência.
Para que fosse um dia perfeito,
falta a névoa,
a chuva miudinha
que tristemente cai
como lágrimas pequeninas
de seres minúsculos e invisíveis,
encantados,
enquanto se espera
que algo belo ou terrível aconteça.
Não sou Peter Pan no País do Nunca,
nem a fada Sininho
com os seus pós de perlimpimpim
que fazem voar.
Sou apenas uma sombra perdida na névoa
que me encharca até aos ossos
enregelados pela emoção de não sentir
ponta de alegria.
Só melancolia ou tristeza,
ou a certeza de não ser o que quero
e que desde sempre espero.

Maria Cepeda  

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Livro com crónicas de escritores transmontanos vai ser apresentado no Castelo de Ansiães

Direção Regional de Cultura do Norte (DRCN) vai promover, no próximo dia 26, pelas 15h00, no Centro Interpretativo do Castelo de Ansiães, Rua Capitão Lobo, em Carrazeda de Ansiães, a sessão de apresentação do livro «Onde Nada Se Repete – crónicas à volta do património», seguida de uma visita guiada ao Castelo e vila amuralhada de Ansiães. 

A edição do livro «Onde Nada Se Repete – crónicas à volta do património» é da responsabilidade da Direção Regional de Cultura do Norte, contando com a colaboração de diversos autores, convidados a escrever crónicas sobre Monumentos do Vale do Douro, onde se incluem a Sé Catedral de Miranda (Amadeu Ferreira), Castelo de Bragança (Ernesto Rodrigues), Igreja Matriz de Freixo de Espada à Cinta (Emílio Remelhe), Igreja Matriz de Moncorvo (Rentes de Carvalho), Castelo de Algoso e Castelo de Penas Róias (Fernando de Castro Branco), Castelo de Ansiães (Modesto Navarro) e Mosteiro de S. João de Tarouca (A.M. Pires Cabral). A ilustração fotográfica é da autoria de Luís Ferreira Alves, Francisco Piqueiro e Francisco Vidinha. 
Esta publicação está integrada no projeto "Rede de Monumentos do Vale do Douro", uma candidatura apoiada pelo Programa Operacional Regional do Norte (ON2 - Novo Norte). Com um valor global na ordem dos 2 Milhões de Euros, o projeto é da responsabilidade da DRCN, contando com comparticipações das câmaras municipais de Miranda do Douro, Foz Côa e Freixo de Espada à Cinta, bem como com o apoio da Câmara Municipal de Carrazeda de Ansiães.

A apresentação do livro decorrerá em Carrazeda de Ansiães, após a qual será realizada uma visita guiada à Vila amuralhada de Ansiães, recentemente intervencionada, com uma empreitada no valor de 160 mil euros, e com o objetivo principal de melhorar as suas condições de visita.


Vimioso: pilotos de “Ultra Four Racing” disputam a prova "mais dura" da Europa

Pilotos nacionais e estrangeiros de "Ultra Four Racing" começaram a dar as primeiras voltas ao circuito internacional de Vimioso, considerado "o mais duro" e onde vai decorrer a final do campeonato europeu da modalidade " agendado para sexta e sábado.
Quem vem competir a Vimioso sob o título "King of Portugal" (KOP) considera o traçado do circuito, com cerca de 150 quilómetros, "duro", e “o mais exigente da competição a nível europeu".
"A pista tem muita rocha, que se vai desfazendo com a passagem dos carros, o que o torna mais difícil ultrapassar alguns obstáculos. Trata-se de um troço muito duro e rápido, tornando-se muito complexo", explicou, Juan Carlos Moraleda, um piloto espanhol vindo de Madrid.
O piloto portugueses Alexandre Leal, vindo da Póvoa de Varzim, afina pelo mesmo diapasão do "adversário " espanhol e qualifica a pista como sendo "bastante dura" o que torna mais difícil tirar vantagens de carro, que "é mais rápido do que técnico".
"Participo pela primeira vez com um carro da classe UTV. O meu carro tem características diferentes das dos outros que estão em competição. Vou de ter de fazer uma gestão da corrida de forma eficiente, para não correr risco nem sofrer percalços", afirmou.
Os pilotos estrangeiros foram os primeiros a chegar ao circuito trasmontano, faltando apenas algumas esquipas portuguesas de topo e uma norte-americana.
Segundo a organização, os atrasos registados devem-se a fatores de logística e às últimas afinações que as equipas estão a fazer nos carros.
No local, já é possível ouvir o barulho dos motores e assistir a testes mecânicos e técnicos, bem como a voltas de reconhecimento da pista por parte dos concorrentes.
A "Ultra Four Racing", uma competição de base norte-americana conhecida pela dureza do traçado, junta este ano 33 equipas e tantos outros carros provenientes de 10 países.
Com uma potência que chega aos 550 cavalos, debitados por motores V8, os veículos envolvidos no "Ultra Four Racing" têm igualmente como componente principal a suspensão e um chassis de modelo tubular que está ser testado pelo exército norte-americano para a construção de veículos destinados a forças especiais e de socorro.
O campeonato europeu começou, segundo a organização, com a participação de 70 equipas, mas dada a "dureza" da competição muitos foram ficando pelo caminho.
José Rui Santos, o diretor do KOP, perspetiva que só uma dezena de carros, dos 33 em competição, chegarão à final da prova devido a dureza do traçado.
"A prova portuguesa é a mais dura de todas as realizadas a nível europeu. Eu prevejo que só dez carros cheguem ao final", frisou.
Os pilotos participantes são obrigados a fazer "uma boa gestão do carro", já que este ano vão percorrer 150 quilómetros, por caminhos e aceiros onde vão encontrar um traçado por vezes rápido e outras vezes muito lento e com obstáculos muito difíceis de transpor, o que exige muito da parte mecânica dos carros.
Em jogo vão estar cerca de 10 mil euros em prémios, a distribuir por três categorias, escolhidas perante o grau de dificuldade da competição.


Retirado de www.rba.pt

Festival dá vida a Serapicos e S. Joanico

Sons & Ruralidades trouxe gente de diferentes pontos do País para conhecer as tradições do Mundo Rural
As aldeias de Serapicos e S. Joanico ganharam vida com a chegada de jovens e outros visitantes, atraídos sobretudo pela beleza das paisagens. O Festival Sons & Ruralidades, que decorreu durante o fim-de-semana, no concelho de Vimioso, deu a conhecer tradições e os recantos do Mundo Rural e atraiu pessoas de diferentes pontos do País.
O passeio sonoro pelas margens do rio Angueira foi uma das actividades desenvolvidas no âmbito do festival. Os participantes caminharam ao longo de quatro quilómetros pelas margens do rio Angueira e foram cativados pelos sons da natureza. A atenção para os sons emitidos pela própria paisagem foi despertada por Luís Costa, da Associação Binaural/Nodar, que participou na organização deste passeio.
“Vamos concentrar-nos nos pequenos detalhes da paisagem e tentar harmonizar o que estamos a ver com o que estamos a ouvir, tentando dar algum ênfase ao ouvido. Podem ser sons mínimos, pode ser uma folha que está a cair, que produz som”, alerta Luís Costa.
Ao longo do percurso foram surgindo vários sons enquadrados na paisagem que foram despertando a atenção dos caminheiros. O chilrear dos pássaros, o canto das cigarras e a água a cair marcaram os quatro quilómetros entre Serapicos e S. Joanico. Mas de repente, o verde da vegetação e o azul da água são quebrados pelo acastanhado das terras lavradas que ainda produzem nas margens do Angueira. E por isso junta-se mais um som aos da natureza, o barulho de um tractor que lavra um terreno naquela zona.
Já praticamente no final do percurso surge a oportunidade de ver de perto os lagostins, que são um verdadeiro petisco por estas paragens. Mas há mais peixe no Angueira.
“Aqui pesca-se o barbo, a sarda, o escalo, o lagostim. Já lançaram aqui truta, mas foi sol de pouca dura, o rio não tem um caudal muito forte no Verão e a truta requer uma água mais límpida e mais corrente”, conta Emílio Pires, tesoureiro da União de Freguesias de Vale de Frades e Avelanoso.

Retirado de www.jornalnordeste.com

Dez cursos do IPB mantêm-se sem alunos com a 2ª fase de candidaturas

Os dez cursos do Instituto Politécnico de Bragança que não tiveram alunos inscritos na primeira fase de acesso ao ensino superior, viram o cenário repetir-se com a 2ª fase de candidaturas. Os resultados hoje revelados mostram que na 2ª fase ninguém entrou nos quatro cursos da Escola Agrária e quatro licenciaturas em engenharia da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Bragança que já estavam desertos.  
O presidente do Instituto Politécnico diz não estar preocupado e acredita que essas vagas sejam preenchidas por alunos internacionais, de cursos de especialização tecnológica e dos concursos especiais. “Relativamente ao facto de haver cursos com poucos alunos, este momento não estamos preocupados, já no ano transacto o panorama foi semelhante”. No ano passado estes candidatos representaram quase 60% da totalidade dos alunos do politécnico. Este ano Sobrinho Teixeira espera que estes preencham pelo menos cerca de 50% das vagas nos cursos do IPB. Nesta segunda fase de candidaturas entraram para o Instituto Politécnico 273 alunos. Sobrinho Teixeira está satisfeito com este número e destaca o aumento de 27% de candidaturas, em relação à mesma fase no ano passado. “Houve um grande crescimento, o instituto cresceu nesta 2ª fase no seu todo 27%, quando comparado com a segunda fase do ano transacto. Já na 1ª fase tínhamos crescido 12,5%, isto dá na totalidade um crescimento global nas duas fases para todo o IPB de cerca de 20%”, destaca o presidente do a instituição de ensino superior. O IPB tem ainda mil vagas para este ano lectivo. Na próxima quarta-feira será conhecido o número de alunos que podem frequentar o Instituto através da 3.ª fase do concurso nacional de acesso ao ensino superior que decorre entre 2 e 6 de Outubro.

Escrito por Brigantia

Retirado de www.brigantia.pt  

ACIM quer vender produtos regionais em Angola e no Brasil

A Associação Comercial e Industrial de Mirandela (ACIM) espera em breve ter implementado a rede de comercialização de produtos endógenos, em Angola. No âmbito do projecto de internacionalização PITER – Produtos de Identidade Territorial, está prevista a criação de lojas em Luanda onde serão postos à venda artigos locais como azeite, vinho, enchidos e queijo.
Jorge Morais, presidente da ACIM explica que “a Rota do Azeite criou novo filho, o projecto PITER, que está já no mercado internacional, pensamos que em breve abra as portas para a fase de comercialização, que é nesse momento em que a Associação Comercial está”. Um dos objectivos da iniciativa, que vai entrar em funcionamento proximamente, é assegurar “a sustentabilidade financeira” à ACIM. A internacionalização é a principal aposta da associação, com a atenção direccionada para a África Austral e Brasil. Jorge Morais prevê a presença de produtos portugueses em feiras internacionais, nomeadamente em São Paulo, com o objectivo de promover os produtos regionais de Trás-os-Montes. Quanto à Reginorde, a Feira de Actividades Económicas de Trás-os-Montes, Jorge Morais garante que não acabou, estando previsto o regresso para 2015 ou 2016. O certame será, no entanto, virado para os sectores empresarial e agro-alimentar.

Escrito por Brigantia

Retirado de www.brigantia.pt

terça-feira, 23 de setembro de 2014

Unidades de AVC e Ortopedia da ULS distinguidas com o grau de excelência clínica

As unidades de AVC e de Ortopedia da ULS Nordeste, que funcionam no Hospital de Macedo de Cavaleiros, foram distinguidas pelo segundo ano consecutivo com o grau de Excelência Clínica. Trata-se do nível III de qualidade, ou seja, o máximo, atribuído pela Entidade Reguladora da Saúde. Jorge Poço, responsável pela unidade de AVC, salienta a importância desta classificação, uma vez que apenas 7 unidades, num universo de 32 analisadas, conseguiram atingir este patamar. “É uma avaliação muito objectiva, com critérios objectivos, como é o caso dos cuidados de medicação durante o internamento, a avaliação pelo médico de reabilitação… “, salienta o responsável. A Unidade de AVC está prestes a completar 10 anos. Ao longo de uma década foram tratados cerca de 2000 mil doentes nesta secção, com uma média de 200 utentes por ano. Além da Unidade de AVC foi distinguida Unidade de Ortopedia, com as especialidades de artroplastia da anca e do joelho a conquistarem a nota máxima.

Escrito por Onda Livre (CIR)
Retirado de www.brigantia.pt

Escritor argentino pode ter raízes em Torre de Moncorvo

O escritor argentino Jorge Luís Borges poderá ter raízes transmontanas, mais propriamente em Torre de Moncorvo. Acredita-se que o bisavô do escritor, Francisco Borges, saiu dali, integrando uma expedição militar portuguesa rumo à América do Sul, e terá permanecido na Argentina. Uma tese que vai ser estudada pela Universidade Nacional de San Martín (UNSM), na Argentina e pelo Município de Torre de Moncorvo. Na vila esteve já o embaixador da Argentina em Portugal, Jorge Arguello, que admitiu que esta é uma investigação ambiciosa que vai exigir analisar vários documentos. “É uma investigação ambiciosa, porque vai consistir em rever, durante vários meses, os arquivos militares, das paróquias, dos portos, para fazer um acompanhamento e para corroborar as origens de Francisco Borges”, considera o embaixador. O presidente da Câmara Municipal de Torre de Moncorvo, não tem dúvidas que o escritor que viveu entre 1899 e 1986, tem ligações a Torre de Moncorvo e espera que a imagem da vila seja associada àquele que é considerado um dos melhores escritores do século XX. “Sempre se falou de Torre de Moncorvo como sendo a terra natal dos seus bisavós. Achamos por bem, agora que se defende Jorge Luís Borges como um dos melhores escritores sul-americanos o século XX, demonstrar que Torre de Moncorvo teve um papel preponderante na sua vida e na sua obra”, salienta o autarca. Em breve será assinado um protocolo entre a Universidade de San Martín e a Câmara Municipal de Torre de Moncorvo que prevê, além do estudo das origens do escritor argentino, a gravação de um documentário sobre a vida do bisavô de Jorge Luís Borges.

Escrito por Brigantia
Retirado de www.brigantia.pt

CIM quer transformar antigas escolas primárias e casas florestais em unidades de alojamento

A Comunidade Intermunicipal de Trás-os-Montes tem um projecto para transformar as escolas primárias que encerram e as casas florestais que estão abandono em unidade de turismo rural “low cost”. O presidente da CIM diz que este projecto faz parte do Plano Estratégico de Desenvolvimento Intermunicipal. Américo Pereira assegura que o objectivo é criar uma rede de unidades de alojamento de natureza a baixo custo para jovens. “É um projecto extremamente ambicioso destinado a um público específico para esse tipo de alojamento”, reforça Américo Pereira. Américo Pereira garante que a região tem falta de alojamento para os turistas e no caso de oferta mais acessível para jovens nem se quer existe. “Nós queremos incluir no turismo de natureza a vertente dos produtos endógenos e da gastronomia e nesta lógica tem também espaço o turista jovem”, acrescenta o presidente da CIM. Em causa está a recuperação de cerca de 80 imóveis nos nove municípios abrangidos pela CIM de Trás-os-Montes, prevendo-se a criação de 400 camas. Este projecto vai ser candidato a fundos comunitários no início do próximo ano.

Escrito por Brigantia
Retirado de www.brigantia.pt

Vinhais é o município do distrito que mais gasta com os alunos do 1º ciclo

O Município de Vinhais é o que mais gasta em livros e material escolar para alunos do 1º ciclo em todo o distrito. De acordo com os dados fornecidos à Brigantia e ao Jornal Nordeste pelas 12 câmaras municipais, Vinhais gasta cerca 15 mil e 200 euros com os 170 alunos do 1º ciclo, o que representa um gasto médio de 89 euros por cada criança.  Para o vereador da Educação da Câmara Municipal de Vinhais esta é apenas uma parte do apoio que o município dá aos estudantes. Juntamente com a alimentação, transportes e actividades extra curriculares o município gasta cerca de 750 mil euros por ano na área da educação. “O concelho de Vinhais proporciona a todos os alunos gratuitamente a frequência na Escola Municipal de música, na escola de Teatro e de Dança. Também os transportes são gratuitos para todos os alunos e a alimentação é gratuita para alunos do pré-escolar e do 1º ciclo”, salienta o vereador. Roberto Afonso considera que esta é uma forma de ajudar a fixar a população ao concelho e garantir que as crianças do interior não são discriminadas em relação às do litoral. “São medidas que entendemos serem importantes para garantir a igualdade de oportunidades para as crianças do pré escolar e do 1º ciclo”, realça Roberto Afonso. Além de Vinhais todas as crianças do 1º ciclo dos concelhos de Vila Flor, Miranda do Douro, Macedo de Cavaleiros, Vimioso e Mogadouro recebem os livros gratuitamente. Os restantes municípios oferecem os manuais aos alunos mais carenciados, que se encontram no 1º escalão de apoio e ajudam com metade do valor dos livros aos que se encontram no 2º. As excepções são os Municípios de Mirandela e de Torre de Moncorvo que, apesar de comparticiparem os livros às crianças mais desfavorecidas, nenhum aluno destes concelhos tem os livros completamente gratuitos. O município que menos gasta em livros e material escolar é o de Mirandela, com um gasto médio de 25 euros por cada uma das 300 crianças do 1º ciclo, num investimento total de 7 mil e 500 euros. Na edição desta semana do Jornal Nordeste pode analisar os gastos de cada município com livros e material escolar para alunos do 1º ciclo.

Escrito por Brigantia
Retirado de www.brigantia.pt

Festival promove vinho na Foz do Sabor

Produto fundamental para a economia do concelho esteve em destaque na primeira edição do Sabor D’Ouro Summer Fest Wine
A praia fluvial da Foz do Sabor recebeu, no passado dia 13, a iniciativa Sabor D’Ouro Summer Fest Wine. O evento que se realizou pela primeira vez, pretende promover e dar a conhecer o vinho local, um produto, que a par da amêndoa, é um dos mais importantes na economia de Torre de Moncorvo e que tem vindo a ganhar escala.
O presidente da autarquia local, Nuno Gonçalves, explica que a iniciativa “é uma forma de comemorar o início das vindimas e homenagear os produtores do vinho”.
“Estamos num espaço que foi requalificado este ano. E temos também uma parceria com a Associação de Jovens Universitários de Moncorvo, com o objectivo de mostrar que o vinho pode ser uma alternativa a outras bebidas, desde que bebido com moderação”, salienta o autarca.
Nuno Gonçalves acredita que este evento pode contribuir para a afirmação do concelho como um produtor de vinho de excelência.
O Sabor D’Ouro promoveu o vinho dos produtores locais com cerca de 10 quintas representadas, que venderam e deram a degustar os seus néctares.
“Temos produções de grande qualidade e na medida em que a divulgamos, estamos a divulgar o bom nome do concelho”, realça uma das produtoras, Maria Trigo.
Já Adérito Rêgo, em representação de uma quinta junto a Torre de Moncorvo, afiança que o vinho foi bem aceite. “Acho que Torre de Moncorvo já é bastante reconhecido pela qualidade do seu vinho, talvez ainda não suficientemente, mas acho que vamos no bom caminho”, remata Adérito Rêgo.

Retirado de www.jornalnordeste.com

Casas do Parque de Montesinho encerradas

Autarcas descontentes com o fecho das unidades de turismo e o estado de degradação de alguns dos imóveis
As Casas de Turismo de Natureza do Parque Natural de Montesinho estão encerradas há vários meses. O Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF) fechou as portas destes alojamentos espalhados pelos concelhos de Bragança e Vinhais sem dar qualquer justificação às Juntas de Freguesia, com as quais tem protocolos de funcionamento. Ou seja, as autarquias recebem 60 por cento do valor da reserva e garantem a manutenção dos edifícios.
Esta situação não agrada ao presidente da Câmara Municipal de Vinhais, onde existem pelo menos quatro abrigos sob a alçada do ICNF.
“Isto é o retrato inequívoco do abandono a que o ICNF e o Governo votou o Parque Natural de Montesinho”, denuncia Américo Pereira.
O autarca afirma que o município, através da empresa municipal que gere o turismo em Vinhais, já solicitou ao ICNF e ao Ministério do Ambiente ficar com a gestão das casas de turismo do Parque, mas a última resposta foi negativa. “Foi-nos dito verbalmente por mais do que uma vez que sim, mas na última resposta que chegou, ainda não há muitos dias, dizem-nos que não. Dizem que estão a estudar uma solução para o assunto”, lamenta Américo Pereira.

Retirado de www.jornalnordeste.com

Geoparque Terras de Cavaleiros já integra as Redes Internacionais de Geoparques

O concelho de Macedo de Cavaleiros, designadamente o Geoparque Terras de Cavaleiros, foi admitido nas Redes Europeias e Globais de Geoparques.[Com Vídeo] 

Uma visibilidade internacional, reconhecida pela UNESCO, que se reveste de inegável valor para o incremento turístico do concelho.

O anúncio da integração do Geopaque Terras de Cavaleiros nas Redes Europeia e Global de Geoparques foi conhecido ontem no final do 6º Congresso Internacional de Geoparques que decorreu no Canadá, 1.30h da madrugada em Portugal Continental.

Em mensagem publicada esta noite no sítio da autarquia na internet, o Presidente da Câmara Municipal de Macedo de Cavaleiros assumiu que "o território passa, a partir de agora, a ser reconhecido pela UNESCO com uma classificação que apenas mais três áreas no país possuem. Para Duarte Moreno, "Macedo de Cavaleiros assume, daqui para a frente, condições excecionais de visibilidade, essenciais para a sua promoção externa e consequente fomento do número de turistas".

Facto que Duarte Moreno, dirigindo-se aos Macedenses, considera como um reforço à necessidade de um "trabalho conjunto, de cimentar sinergias e todos contribuirmos para o crescimento económico do nosso território, que equivale ao próprio crescimento de cada um de nós."

"No coração do Nordeste Transmontano, por entre montes e vales, rios e riachos, estende-se um território único, de muitos encantos e seduções. Um local onde a natureza permanece em estado puro, de longa história e gente acolhedora.

Geoparque Terras de Cavaleiros, um território inspirador e diversificado, que valoriza a qualidade de vida dos seus habitantes e daqueles que o visitam."

Retirado de www.noticiasdonordeste.pt

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Lição de apicultura para novos e velhos

O mel é um produto endógeno que atrai cada vez mais potenciais apicultores à região transmontana, para conhecer de perto todas as práticas e técnicas que são ministradas por especialistas, para assim se conseguir um produto de qualidade superior.
Três associações ligadas à promoção e comercialização de produtos endógenos, sediadas no planalto mirandês, estão a promover sessões práticas e diádicas de forma a aconselhar os futuros apicultores que cada vez são mais jovens.
Terminado mais um ciclo apícola, a Associação de Apicultores do Douro Internacional (AAPNDI), a Associação ALDEIA e a Sabores – Associação de Produtores Gastronómicos das Terras de Miranda promoveram uma “Cresta” que juntou miúdos e graúdos que, equipados rigor participaram nesta atividade que consiste na retirada do mel das colmeias.
Para se participar numa ação como esta, onde há abelhas por todo o lado, o primeiro passo é a utilização de equipamento de proteção adequado para evitar as picadas das abelhas que durante a função se tornam um pouco mais agressivas.
A retirada das alças que contêm a cera e o mel, a verificação de eventuais doenças que afetam os apiários, avaliação das mais variadas qualidades de mel produzidas na época certa, são matérias abordadas pelos especialistas no decurso de cada ação, numa jornada que mantém uma forte componente prática, onde todos podem experimentar as sensações de estar no meio de um apiário que contem milhares ou até mesmo milhões de abelhas.
“Proporcionámos uma visita a apiário onde os visitantes puderam apreciar de perto a extração do mel e, ao mesmo tempo, dar a conhecer aos participantes todo o processo de extração do mel das meias alças das colmeias e o embalamento do produto”, explicou Vítor Ferreira, técnico da AAPNDI.
O também apicultor referiu que a principal objetivo desta atividade tem por base a divulgação de um produto de qualidade como o mel, mas este tipo de atividade não pode ser virada para massas, já que há regras a ter em conta.

(Artigo completo disponível para assinantes ou na edição impressa)
Por: Francisco Pinto
Retirado de www.mdb.pt

Vimioso: Palco da última prova do campeonato europeu de Ultra Four Racing

Vimioso acolhe pela primeira vez a prova final do campeonato europeu da "Ultra Four Racing", uma competição de base norte-americana que junta 33 equipas e tantos outros carros provenientes de 10 países.
Com uma potência que chega aos 550 cavalos, debitados por motores V8, os veículos envolvidos no "Ultra Four Racing" têm igualmente como componente principal a suspensão e um chassis de modelo tubular que está ser testado pelo exército norte-americano para a construção de veículos destinados a forças especiais e de socorro.
"Como esta é uma prova de trial endurance, os carros tem parte de andamento rápido e outras de obstáculos com muitas pedra e inclinação acentuadas, o que obriga a um esforço da suspensão do veículo e um chassis de características únicas", explicou o diretor da prova, José Rui Santos.
A edição deste ano da prova, disse a fonte, "traz uma responsabilidade acrescida, face à prova de estreia que aconteceu o ano passado. Este ano Portugal acolhe a última prova do campeonato europeu" e do King of Portugal (KOP) sairá o representante europeu numa prova final a realizar nos Estado Unidos em fevereiro de 2014.
O KOP disputa-se entre 24 e 27 setembro utilizando para o efeito a dureza da pista de trial existente na vila de Vimioso e os traçados "off-road" espalhados pelo concelho.
O campeonato europeu começou, segundo a organização do KOP, com a participação de 70 equipas, mas dada a " dureza" da competição muitos foram ficando pelo caminho.
"Temos a presença de mais pilotos estrangeiros do que nacionais. Acho que as equipas portuguesas ainda estão fase de preparação para este tipo de competição. Ainda não há carros capazes de competir de igual para igual, com os veículos estrangeiros", acrescentou.
Estas provas são acompanhadas por uma equipa de técnicos norte-americanos que fabricam este tipo de suspensão, para fazerem os ajustes necessários ou a sua substituição das peças.
"Face às dificuldades da prova, os pilotos participantes, são obrigados a fazerem uma boa gestão do carro já que este ano vão percorrer 150 quilómetros, onde vão encontrar um traçado por vezes rápido e outras vezes muito lento e com obstáculos muito difíceis de transpor. Vai haver muita exigência da parte mecânica dos carros", enfatizou o responsável.
Em jogo vão estar cerca de 10 mil euros em prémios, a distribuir por três categorias, escolhidas perante o grau de dificuldade da competição.
O KOP é uma coorganização do município de Vimioso que conta com apoio logístico do Moto Clube "Os Furões".
O vereador do município de Vimioso, António Torrão, sublinhou o retorno económico e turístico que esta prova trás ao concelho dado numero de participantes esperados e o público que acompanha este tipo de prova motorizada.

Retirado de www.rba.pt

Região de Trás-os-Montes escolhida para comemorações nacionais do Dia Mundial do Turismo

A região de Trás-os-Montes foi escolhida pelo Turismo do Porto e Norte de Portugal para acolher as comemorações oficiais do Dia Mundial do Turismo, que se assinala no próximo sábado. Estas actividades surgem numa altura em que a região Norte tem registado um crescimento no sector do turismo na ordem dos 15 por cento.  Carlos Ferreira, do Turismo Porto e Norte de Portugal, assegura que o número de turistas também aumentou no Nordeste Transmontano, graças às novas acessibilidades.“Tem vindo a crescer. Eu também sou proprietário de um pequeno hotel rural, e este ano nos meses de Julho, Agosto e Setembro notou-se muito o aumento de fluxos turísticos aqui para a região. E comecei a verificar um fenómeno novo é que as pessoas entram pelo aeroporto Sá Carneiro, no Porto, alugam um carro e fazem a volta. Hoje temos estradas fantásticas, quer o IC5, quer o IP2, e a A4. As pessoas vão pelo Douro, vão ao Planalto, vão a Bragança e depois saem novamente pela A4”, constata Carlos Ferreira. Carlos Ferreira adianta ainda que na escolha da região para as comemorações oficiais pesou o facto de ter uma grande comunidade emigrante, que se pretende que seja a embaixadora da região além fronteiras. “Dado que a temática é ligada ao desenvolvimento das comunidades com base no sector do turismo. Como nós temos comunidades grandes espalhadas por todos os continentes e esses elementos podem ser embaixadores da nossa região. É altura de tratar esse potencial como ele deve ser tratado condignamente”, realça Carlos Ferreira. Do programa das comemorações destaque para a realização de um seminário sobre turismo, em Mirandela, na próxima quinta-feira, em parceria com o Instituto Politécnico de Bragança. No dia das comemorações oficias, no próximo sábado, destaque para a inauguração da Loja Interactiva de Turismo de Mogadouro e apresentação das Escapadinhas de Outono da Rota da Terra Fria, em Picote, no concelho de Miranda do Douro. Estas comemorações estão a ser organizadas pela Entidade de Turismo Porto e Norte de Portugal, em parceria com a Comunidade Intermunicipal de Trás-os-Montes.

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Abreiro inaugura Museu Rural e Feira do figo Seco

O município de Mirandela está a apostar na recuperação do património para atrair turistas às aldeias. Ontem foi inaugurado o museu rural Adérito Rodrigues, em Abreiro, que foi criado na Casa do Povo. São vários os utensílios antigos que remetem para os trabalhos agrícolas ou para a lida da casa que foram doados pela população.  O presidente da Câmara Municipal de Mirandela defende que é preciso criar condições para que os turistas visitem o concelho e para isso o município está a apostar na criação de núcleos rurais. “Em primeiro lugar, porque esta aldeia foi classificada com a marca Aldeias de Portugal e para isso acontecer necessita de ter um conjunto de equipamentos. Em segundo lugar porque nós não podemos vir ao território e que se limitem a ver a paisagem, tem que haver zonas de acolhimento, tem que haver zonas onde eles possam descobrir a nossa cultura e valorizar o nosso território, e para isso nós temos um principio de criar pequenos núcleos rurais em algumas aldeias, para que quem quiser fazer um percurso para além de conhecer o património já edificado possa também conhecer a nossa etnografia”, realça o autarca. António Branco reconhece, no entanto, que é preciso investir mais no alojamento no meio rural. “Esse é um défice que nós temos ainda no meio rural. A Desteque, através dos fundos comunitários, já apoiou diversas iniciativas semelhantes e apoia iniciativas na área do alojamento e do turismo rural. Mas mesmo assim eu acho que nesta zona ainda estamos mal dotados. Nós temos que trazer as pessoas à região e tentar que as pessoas fiquem cá mais tempo e para isso precisamos de alojamento de qualidade”, salienta António Branco. Em Abreiro o Museu Rural vai estar aberto diariamente. O presidente da Junta de Freguesia, José Fernandes, espera que a freguesia receba mais visitantes a partir de agora e lembra que estes artefactos também levam a população local a recordar tempos difíceis. Este museu, dedicado a um médico da terra, foi inaugurado no dia em que Abreiro estreou mais uma feira para juntar aos certames temáticos que já se fazem nas freguesias do concelho de Mirandela. Aqui deu-se destaque ao figo seco, que é uma cultura tradicional que conta já com uma produção entre os 15 e as 20 toneladas por ano. Os produtores contam que secar o figo é um trabalho moroso, mas garantem que é de qualidade. Esta foi a primeira edição da Feira do Figo de Abreiro para promover um produto que é um complemento importante para a economia local.

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Contacto com a natureza promovido este fim-de-semana no concelho de Vimioso

O contacto com a natureza e a divulgação do meio rural marcaram a 9.ª edição do Festival Sons & Ruralidades, que decorreu este fim-de-semana, no concelho de Vimioso.  As aldeias de Serapicos e S. Joanico ganharam vida com a chegada de jovens e outros visitantes, atraídos sobretudo pela beleza das paisagens. Os sons da natureza estiveram bem presentes em todo o percurso. O passeio sonoro, integrado no Festival Sons & Ruralidades, reuniu participantes de todas as idades, que caminharam cerca de quatro quilómetros junto às margens do rio Angueira. No final, os caminheiros ficaram satisfeitos com a experiência. “Foi realmente muito interessante com esta possibilidade que tivemos de ouvir os sons que nos passam completamente despercebidos durante os nossos percursos. Principalmente junto ao rio, a possibilidade de nós ouvirmos as cigarras a tocarem na água”, descreve Lurdes Soares. É precisamente para dar a conhecer a beleza natural destas aldeias, trazer movimento ao meio rural e interagir com a população, que a Associação para o Estudo e Protecção do Gado Asinino, em parceria com a Câmara Municipal de Vimioso, organiza o Festival Sons & Ruralidades. A presidente da AEPGA, Joana Braga, acredita que dar a conhecer as potencialidades destas aldeias pode trazer mais jovens para o meio rural, numa altura em que as aldeias têm cada vez menos pessoas. “As pessoas continuam a ter tendência de partir muitas para as zonas urbanas, muitas para outros países. A verdade é que passa pelas pessoas que organizaram este festival tomarem a opção de aqui viverem fazem o seu trabalho a sua vida e acreditamos que mais pessoas poderão vir com novas ideias, com vontade de lutar para permanecer neste espaço. O que é importe é conseguirmos fazer aqui a nossa vida, arranjar ou criar trabalho”, realça Joana Braga. Na aldeia de S. Joanico, por exemplo, residem cerca de 40 pessoas. O representante da Junta de Freguesia, Emílio Pires, vê este festival como uma iniciativa importante para dar movimento à terra. “Acho que isto é de manter. É tradicional e é isto que temos que apoiar sempre. Estas aldeias ficam mais movimentadas, aos outros dias vêm três ou quatro casais no máximo, não é nada disto”, salienta o autarca. O Festival Sons & Ruralidades contou, ainda, com palestras sobre o Mundo Rural, teatro ao ar livre, uma feira e desfile de burros e ainda animação com música tradicional, com destaque para o concerto com o grupo Sopa de Pedra ontem à tarde, na aldeia de Serapicos, integrado no Outonalidades - circuito português de música ao vivo. O Festival Sons & Ruralidades a dar vida a algumas aldeias do concelho de Vimioso. Esta é uma reportagem que pode ouvir aqui na Brigantia no noticiário das cinco da tarde e ler na edição desta semana do Jornal Nordeste.

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quarta-feira, 17 de setembro de 2014

MOGADOURO: CINQUENTA JOVENS EUROPEUS À DESCOBERTA DAS TRADIÇÕES NO DOURO INTERNACIONAL

Cerca de meia centena de jovens provenientes de quatro países europeus iniciaram uma viagem pelo Douro Internacional com o intuito de recuperar as tradições culturais, sociais e laborais.
A iniciativa decorre ao abrigo do programa comunitário " Unidos pelas Fronteiras", que está ser levado a cabo pelo Agrupamento Europeus de Cooperação Territorial (AECT) Douro-Duero.
"Este é um programa europeu sob o lema ‘Unidos pela Fronteira' e faz com que haja um intercâmbio de jovens licenciados e alguns com mestrado, com o objetivo essencial de partilha de práticas de empreendedorismo e aspetos culturais nos países intervenientes", explicou Evaristo Neves, coordenador territorial do AECT Douro-Duero.
Até ao final de setembro, estes jovens europeus vão percorrer a região transfronteiriça do Douro internacional, onda passarão por localidades como Mogadouro, Miranda do Douro, Freixo de Espada à Cinta, do lado português.
Dou lado espanhol, os territórios da província de Zamora e Salamanca serão igualmente exploradas nas mesmas vertentes.
Por seu lado, Laura Perez, técnica do AECT, referiu que objetivo do projeto passa também por unir fronteiras com os Estados membros do projeto " Unidos pelas Fronteira".
"Vamos assim com países envolvidos no projeto contribuirão para ajudar na recuperação das tradições culturais, de uma lado e do outro da fronteira [luso-espanhola], no campo da gastronomia, cancioneiro e trajes tradicionais" explicou.
A iniciativa "Unidos pela Fronteira" tem como parceiros para além do AECT Douro-Duero, o Instituto Politécnico de Bragança e o Centro de Música tradicional "Sons da Terras"

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Emídio Garcia distingue melhores alunos

Cerca de 80 estudantes da Escola Emídio Garcia, em Bragança, receberam diplomas de mérito por serem os melhores alunos de cada nível de ensino.
Ao todo, no Agrupamento foram 150 os estudantes que se distinguiram com as melhores notas.O director do Agrupamento Emídio Garcia assegura que este ano aumentou o número de alunos a entrar para o quadro de mérito. “É o reconhecimento do mérito dos alunos, que merecem. E a ver se serve de exemplo para todos eles, para que um dos objectivos seja atingir o quadro de mérito. Em termos de número de alunos este ano temos bastantes alunos a entrarem no quadro de mérito e não podemos esquecer que só se entra no quadro de mérito com média superior a 17 no Secundário e cinco a todas as disciplinas no 3.º Ciclo. Por isso, temos excelentes alunos”, realça Eduardo Santos.  O director do Agrupamento assegura que estes resultados só se conseguem com trabalho. “É o esforço de todos, da direcção, dos professores e essencialmente o trabalho dos alunos e tem resultado. Muitos alunos entraram na primeira opção, alunos a entrar no curso mais desejado que é o de Medicina e também tivemos alunos que não entraram em Medicina porque não era a vontade deles, mas tinham média para poder entrar em Medicina, mas a vontade deles prevaleceu sobre o curso que está na ‘moda’”, salienta Eduardo Santos.É o caso de Ruben Santos, que terminou o 12.º ano com 19,2 valores, foi o melhor aluno da escola, e optou pelo curso de Gestão.
O Agrupamento de Escolas Emídio Garcia entregou ainda 120 diplomas aos alunos que terminaram o 12.º ano.

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Autarquias reforçam apoios na área da Educação

São cada vez mais as famílias que aproveitam os apoios que as autarquias dão no regresso às aulas em manuais e material escolar. Um dos municípios do distrito de Bragança que oferece livros é o de Macedo de Cavaleiros. Este ano, vão ser contempladas 408 crianças do 1º ciclo, num investimento de cerca de 27 mil euros. Na aldeia de Chacim, neste concelho, os livros chegaram ontem e foram bem recebidos pelos pais que veem desta forma o orçamento familiar menos sobrecarregado. È o caso de Carla Nascimento que tem três filhas, duas delas no 2º ciclo e que, por isso, não beneficiam desta medida. Mesmo assim garante que já é uma boa ajuda.“É uma boa ajuda que me permite poupar cerca de 80 euros”, refere a encarregada de educação. Durante a entrega dos manuais escolares ontem em Chacim e Morais, a Câmara Municipal de Macedo de Cavaleiros deixou em aberto a possibilidade de estender a medida a alunos dos restantes graus de ensino no próximo ano lectivo.Ontem foi também dia de entrega não só de livros mas também de material escolar no Município de Vimioso que despendeu no total cerca de 11 mil euros. Além dos cerca de 100 alunos do 1º ciclo que receberam os manuais escolares, a medida contempla também a oferta de material escolar a todos alunos até ao 9º ano. O presidente da Câmara Municipal de Vimioso, Jorge Fidalgo, salienta que também os alunos do ensino secundário e superior recebem o apoio do município para prosseguirem os seus estudos. Um apoio que representa um investimento extra de cerca de 50 mil euros.“Colaboramos também com as famílias mais carenciadas com alunos no ensino secundário e superior ao nível dos manuais, material escolar e no alojamento. Infelizmente esse número tem vindo a aumentar e sabemos que se não fosse o contributo ainda significativo da Câmara Municipal, que dificilmente prosseguiriam os seus estudos”, sublinha o autarca.   Também o Município de Miranda do Douro oferece livros escolares, neste caso, a alunos do 1º ciclo. Ao todo duzentas crianças vão receber este apoio que representa um investimento de cerca de 7 mil euros.
  

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Crianças brigantinas recebem pela primeira vez material escolar

As crianças do 1º ciclo da cidade de Bragança receberam hoje pela primeira vez um kit de material escolar oferecido pela União de Freguesias da Sé, Santa Maria e Meixedo. Esta é uma forma de complementar a medida da Câmara Municipal que já oferece os manuais escolares às crianças carenciadas do concelho. 
Os kit's vão ser entregues a todas os alunos do 1º ciclo que frequentam as escolas destas freguesias urbanas no ensino público e particular. O presidente da União de Freguesias, José Pires, explica que esta é uma forma de ajudar pais e crianças a ter o material que necessitam para o arranque do novo ano lectivo. “Tivémos como objectivo ajudar na educação oferecendo material que eles necessitam . Não será tudo aquilo que eles precisam mas é uma ajuda”, salienta o autarca. As primeiras crianças a serem contempladas com a oferta foram as do Centro Escolar da Sé. A coordenadora deste Centro Escolar, considera que esta é uma ajuda significativa para as famílias dos alunos, que cada vez enfrentam mais dificuldades. Marília Moreno revela que desde que é coordenadora na instituição, há 4 anos, tem notado um aumento dos pedidos de ajuda por parte dos pais que chegam mesmo a pedir sobras de comida do refeitório. “Os pedidos de ajuda têm vindo a crescer. Temos pais que vêm ter connosco a pedir ajuda não só a nível de livros mas, no ano passado, tive pelo menos seis famílias que vieram ter comigo e que me pediram sobras de comida”, revela a responsável. Ao todo 1120 crianças vão receber o kit de material escolar oferecido pela União de Freguesias da Sé , Santa Maria e Meixedo. A iniciativa representa um investimento de cerca de 2 mil euros e conta com o apoio de algumas empresas da cidade. Depois do Centro Escolar da Sé esta manhã, as crianças do Centro Escolar de Santa Maria receberam esta tarde o material escolar. Amanhã e quinta-feira os kit's serão entregues nas restantes escolas da cidade.

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Pedidos de ajuda às instituições aumentam no distrito

São cada vez mais os pedidos de ajuda que chegam às instituições do distrito de Bragança.
O Núcleo de Bragança da Rede Europeia Anti-Pobreza trabalha em conjunto com Instituições Particulares de Solidariedade Social e constata que há cada vez mais pessoas em dificuldades a recorrer à rede social.Ivone Florêncio, técnica do Núcleo de Bragança da EAPN, confessa que as instituições são obrigadas a fazer ginástica para dar resposta a todas as solicitações.A informação foi avançada ontem à margem da inauguração da sede do Núcleo Distrital de Bragança da EAPN. A cerimónia contou com a presença do presidente da EAPN Portugal. O padre Jardim Moreira diz que o Governo fala em retoma da economia, mas o que é certo é que não há melhorias na vida das pessoas.Jardim Gonçalves lamenta ainda que o Governo empurre para as instituições grande parte das responsabilidades sociais do Estado.
O Núcleo Distrital de Bragança da EAPN tem agora um espaço mais amplo para poder dar apoio às instituições associadas, nomeadamente ao nível da formação e informação.


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sábado, 13 de setembro de 2014

Quase outono

Ontem, amor
vivi para ti, toda, inteira
tão longe e tão perto de mim
daquela maneira crisálida,
casulo, caverna,
enfim...

Hoje, vivo este outono,
folhas baloiçando ao vento,
ténue momento de adeus
vermelhas, amarelas, castanhas,
tão tristes como os olhos meus.

Amanhã, amor
viverei para ti,
sempre eu e tu,
tão meu como o vento que passa
cantando a sua canção.

Se houver amanhã
e ainda cá estivermos
daremos as mãos
calaremos a voz
e no horizonte seremos nós.

Neste fim de verão
que anseio sereno
fim de tarde de cálido sol
a menina corre 
o seu riso de cristal
diz que a vida não faz por mal.


Maria de Jesus Cepeda (Mara Cepeda)

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Algumas tradições, Limãos - Macedo de Cavaleiros

Informação da Aldeia de Limãos:
A aldeia de Limãos, Freguesia de Salselas, localiza-se entre a Serra da Nogueira e a de Bornes. Envolvida pelos três braços da Ribeirinha, afluente daquele rio, o seu nome tinha de brotar do seio da água, pura e cristalina, ventre natural de limos permanentes.
A imensa chã, que a aldeia requisitou para sua larga cama, foi desenhada pela falha geológica, que também conformou o vale da Vilariça e a depressão de Bragança. Na última fase do Terciário, aquela planura foi recoberta com espessos mantos de sedimentos avermelhados, conhecidos no termo da aldeia como os barros, e que proporcionavam tulhas cheias de trigo, até há uns anos atrás.
É de coração aberto que esta gente recebe os forasteiros que lhes vem contemplar e distinguir a alma.


Tradições:

No campo das tradições, as festas e romarias desempenham um papel importante nas características culturais de um povo, pois através delas que pode medir a religiosidade dos populares. É aqui que se verifica o fervor religioso das populações, manifestado nas procissões e missas em honra dos seus santos de eleição, a quem pedem graças nos momentos de aflição, depois de homenageados os santos é tempo de instantes mais pagãos, expressos na animação e diversão alcançadas através da musica, da dança, e do convívio entre as pessoas, quer sejam da freguesia, quer de outro ponto do País pois é comum estas festas e romarias serem bastante concorridas por visitantes.

Assim sendo, nesta freguesia devotam-se as festividades a Santa Joana Princesa de Portugal, realizada no dia 12 de Maio e no segundo Domingo de Setembro, em Salselas a Santa Eufémia, levada a cabo no 1º domingo de Setembro, na povoação de Limãos; e a São Miguel, que tem lugar no mês de Agosto especialmente para os emigrantes, e de novo a 29 de Setembro, no povoado de Valdrez.

Um aspecto importante das tradições são os cantares e as danças populares, que, antigamente, divertiam novos e velhos e que se juntavam, depois do árduo trabalho agrícola e passavam um bom momento de alegria e diversão. Em Salselas, a tipicidade das danças e cantares é divulgada pelo grupo dos Pauliteiros da freguesia que, durante as suas actuações, cantam e dançam, vários temas nos quais se incluem os seguintes:

A erva
Se tu queres que eu te segue
A tua erva
Traz-me a gadanha
Com a sua pedra,
Para a amolar,
Traz-me o teu carro
Para eu carregar
Que segada a tem
Que segada está
Se tu queres amanhã
Ir comigo ao campo,
A colher a folha
Do ulmo branco
Da minha ventana
Da tua ventana
Do teu balcão
Se tu queres
Que te arrombe a porta
Meus amigos
Em trio são.
O malhão
Ó Malhão malhão
Tim, tim, tim (bis)
Que vida é a tua
Tim, tim, tim
Comer e beber
Ò terrim tim tim (bis)
Passear na rua,
Foi o caixeirinho
Foi o caixeirinho (bis)
Das perninhas tortas,
Ó Malhão malhão
Tim, tim, tim (bis)
Quem te deu as meias
Tim, tim, tim.
Foi o caixeirinho
Foi o caixeirinho (bis)
Das perninhas feias.
 
 
A ponte grade
Pela ponte grade
Dergum, dergum, dergum, dão,
Vinte e cinco cegos vão,
Cada cego leva o seu moço,
Cada moço leva o seu cão,
Cada cão leva o seu gato,
Cada gato leva o seu rato,
Cada rato leva a sua espiga,
Cada espiga leva o seu grão.
Lá para a serra do Marão
Lá para a serra do Marão
 

A acompanhar estas danças e cantares, surgem os trajes típicos dos pauliteiros, composto por vários matérias e com características muito especiais, diferente da maioria dos trajes do país, deste modo, segundo a obra dos Pauliteiros de Miranda, da autoria de António Cravo, o traje é constituído pelos seguintes elementos:
O saio é normalmente decorado com folhos e rendas que se sobrepõe ao saiote interior, quase sempre de cor branca e ás vezes vermelha.
Por cima do saio são colocados quatro lenços de seda de cores variadas:
Um à frente protegendo o ventre, outro atrás protegendo os rins e um em cada flanco, como se fosse o substituto duma túnica fendida ou uma peça de armadura.
O colete é de surrobeco de cor negra ou castanha, enfeitado com fitas ou decorado com desenhos geométricos talhados no próprio tecido, sobre fundos brancos.

O chapéu normalmente de cor preta é decorado com fitas de seda, penas e flores. Este chapéu emplumado poderá simbolizar um capacete com penacho.
Nalguns grupos de pauliteiros cobrem os ombros, por cima do traje, também com lenços berrantes, estilizando um escudo.
A indumentária mirandesa é sempre acompanhada com dois paus que dão o nome à dança dos pauliteiros, nas mãos de cada homem num grupo de oito.

Locais de interesse:

A freguesia de Salselas ficou conhecida pelo fabrico da telha e de carros de bois. Um dos percursos pedestres do Azibo passa por aqui e tem a denominação de “dos Fornos Antigos” pelos vários fornos de cerâmica aí existentes, um deles da época romana.

O forno de tipologia Romana, situa-se no lugar dos Barreiros, inscrito na matriz cadastral rústica com o n.º 1559 da freguesia de Salselas e pertence à Sr.ª D. Maria Joana Pires. A cerca de 500m na saída Norte de Salselas para Valdrez pelo caminho público de terra batida e sobranceiro à ribeira de Salselas.

Foi descoberto em 1998 quando se procedia a trabalhos agrícolas. Imediatamente, o Sr. Dr. António Cravo responsável pelo Museu Rural de Salselas e alguns elementos da Junta de Freguesia de Salselas, pediram a intervenção dos serviços do IPA da Extensão de Macedo de Cavaleiros que se deslocaram ao local e tendo em vista a sua preservação mandaram entulhá-lo, constando da base de dados deste Instituto, com o CNS 13218, com uma descrição sumária visto ter sido só analisado parcialmente.

Um dia de Março de 1998, Manuel António Pereira, natural de Paradinha Nova – Bragança e empregado rural dum Salselense, andava a decruar na terra da D. Maria Joana Tiago, com um tractor e reparou que este abrira um buraco estranho, não muito grande, não tendo feito muito caso disso.

No verão desse mesmo ano, Eduardo Tiago Sarmento, fugia atrás de uma raposa com o irmão Dinis Tiago Sarmento, na direcção do tal buraco, sem dele terem conhecimento. Já na propriedade da D. Maria Joana Tiago deixaram de ver a raposa, mas descobriram o buraco e imaginaram que ela ter-se-ia escondido dentro. Meteram lá um pau que traziam consigo e o vazio engoliu-o quase todo, na direcção horizontal e disseram um para o outro “ aqui há qualquer coisa”.

Depois a notícia foi-se propagando e nesse mesmo verão, dois familiares da proprietária, puseram o buraco à luz do dia, cavando naquela zona, até que descobriram qualquer coisa estranha, em vez do “tesouro” que procuravam.

O forno é composto por dois níveis:

a) Área de aquecimento (nível inferior) constituída por (praefurnium)boca do forno, que dá acesso à câmara de combustão. A câmara de combustão está dividida transversalmente por três grossos muretes com aro central contrafortando-se na estrutura lateral e dando suporte ao leito do forno, sendo esta a sua principal função, assim como proceder a uma melhor distribuição do fogo. O interior do forno aparece revestido com uma pequena capa de barro argiloso de um ou dois cms

b) Câmara de cozedura (nível superior) constituída pela grelha (leito com 15 orifícios dispostos de forma simétrica) e provável abóbada, assim leva a supor a ligeira inclinação encontrada nos arranques. O forno encontra-se encastrado em caixa trilateral escavada na rocha (xisto) e é totalmente construído em blocos de argila (tijolos) feitos à mão e secos ao sol.

A estação de Arte Rupestre, é tambem um local importante na freguesia esitua-se a um quilómetro pela estrada municipal da saída Norte da Freguesia de Salselas em direcção à povoação de Valdrez, num morro pouco pronunciado e de vertentes suaves, sobranceiro à ribeira de Salselas, pertencente aos Srs. Orlando Costa Escaleira e João de Deus Dias.

Tanto pelos registos bibliográficos disponíveis “ Memórias arqueológico-históricas do Distrito de Bragança: arqueologia, etnografia e arte” [Alves,1934], “O leste do Território Bracarense” [Neto,1975], assim como do que verte do trabalho de relocalização efectuado pela extensão do Instituto Português de Arqueologia de Macedo de Cavaleiros. A suspeição da valoração do sítio prendia-se com a possível existência no local de um monumento megalítico, o qual, após a prospecção parcial que foi feita ao local, não foi possível confirmar.

Todavia foram descobertas, pelo autor no verão de 2001, duas rochas de xisto “in situ” com gravuras filiformes e no Outono do mesmo ano, uma montureira ( em olival contíguo) com doze rochas gravadas ,também em xisto, com a mesma técnica e repertório homogéneo.

Foram descobertas no sítio denominado Cabeço da Anta, freguesia de Salselas, no verão de 2001, pelo autor, duas rochas de xisto “in situ” com gravuras filiformes. No Outono do mesmo ano, acompanhado pela sua mulher, Maria Belmira Mendes, esta, localizou, numa montureira localizada no meio de um olival, doze rochas com a mesma técnica de gravação e repertório homogéneo.

João de Deus Dias, proprietário do olival onde se encontrava a montureira, tinha manifestado o interesse em retirar o amontoado das pedras afim de definir extremas com Orlando Costa Escaleira. Nesse sentido e na iminência do desaparecimento das pedras, solicitei à Câmara Municipal de Macedo de Cavaleiros equipamento e mão de obra necessária para se retirar os blocos com gravações, não sem antes ter efectuado o seu registo por desenho e fotografia, só depois de procedeu à evacuação para local seguro e apropriados de cerca de cinco dezenas de blocos pétreos de várias dimensões e com gravações.

Durante os trabalhos de escavação, 20 de Agosto, compareceu no local o Dr. Mário Reis, da extensão do IPA de Macedo de Cavaleiros, que foi posto a par do decorrer dos trabalhos, levado aos locais onde se encontravam os blocos com gravações, confirmou o interesse do achado.

Pertencendo à freguesia de Salselas estão as localidades de Limãos e Valdrez.
São vários os registos históricos e arqueológicos desta freguesia, desde a Igreja Matriz datada de 1727, com óptima talha retabular e pinturas nos caixotões do tecto, de época barroca. Destacamos ainda mais três registos religiosos, as Capelas de Sta. Joana, Sto. António e S. Francisco.

Tem ainda em bom estado duas fontes de águas, uma fonte de mergulho, muito bem conservada, e a fonte das Águas Santas. Perto de uma das fontes, no meio da aldeia, encontramos um monumento ao Dr.João Gonçalves, médico e benemérito que casou e viveu nesta aldeia, autor literário e histórico. Um outro autor Salselense é António Cravo, poeta e investigador com vasta obra publicada e residente ora em Macedo de Cavaleiros, ora em Paris.

De destacar ainda o Museu Rural, possuidor de uma invejável colecção etnográfica das gentes locais.

Do património edificado de Limãos salientamos a Igreja Matriz, a Capelinha de S. Marcos e a Capelinha de S. Alexandre; solar Figueiredo Sarmento, do Morgado de Limãos, com capela anexa ainda com a pedra de armas. As diversas fontes de mergulho, todas diferentes e todas características, merecem também atenção. Esta aldeia fica no fundo de uma pequena bacia do barro característico do MONTE DE MORAIS (Rede Natura 2000 e Biótopo Corine) que no Inverno se encharca de água e é atravessada pelo Ribeiro de Limãos, cujo pontão na aldeia foi feito há mais de meio século e exibe o monograma MN (Matas Nacionais).

Um dos troços do rio Azibo corre entre Limãos e Olmos, moldando a paisagem criando um sulco profundo que é visível da Fraga do Castelo, um penhasco merecedor de visita. Assim como merece visita, todo o vale, para os apreciadores de paisagens e natueza.

Bem no centro da aldeia de Limãos podemos encontrar a Casa dos Pinelas, uma excelente unidade hoteleira de turismo rural.
Na estrada de Salselas para Valdrez, encontra-se um monte sobranceiro, Cabeço da Anta, que está sulcado pela Linha do Tua, inaugurada em 1906 e encerrada nos anos noventa, no qual há vestígios de ocupação antiga, nomeadamente pelas gravuras rupestres.

Na aldeia de Valdrez, é de salientar a sua Igreja matriz com uma pintura de um mural a Fesco, de época quinhentista e a capelinha com Orago a Nª Sra. da Conceição e ao Divino Espírito Santo

Artesanato:

Em Salselas podemos encontrar artesanato de ferraria, Carpintaria para carros de bois e bordados regionais.

Gastronomia:

Nesta região temos como gastronomia típica, calços ou roscas.
Estes bolos dominam uma tradição que se repete anualmente a 12 de Maio, dia de Santa Joana. Após a missa, os homens dividem-se em dois grupos – solteiros e casados – para licitar o «ramo», como é vulgarmente apelidado o charolo de Santa Joana. Trata-se de uma estrutura de madeira (substituída agora por uma réplica de ferro) com diversos patamares onde são colocadas as roscas para arrematar, geralmente duas por inscrição.

Segundo o director do museu rural, a tradição serve como exemplo dos diversos relacionamentos entre o culto pagão e a formação religiosa: “apesar de nalgumas aldeias o charolo estar completamente cristianizado, por ser incorporado na liturgia da missa e da procissão atrás do santo, em Salselas ainda está remetido à característica primitiva". As roscas, bolos de farinha e ovo (entre outros ingredientes), são moldadas em forma de coroa ou de quarto crescente lunar segundo “os cultos de outros tempos ao sol e à lua”, complementa António Cravo. Um charolo original em madeira, com cerca de metro e meio de altura, encontra-se em exposição no museu.

Colectividades:

Associação Recreativa e Cultural da Freguesia de Salselas e os Pauliteiros
Maria de Jesus Cepeda