segunda-feira, 17 de fevereiro de 2020

RIO FERVENÇA, PARQUE POLIS EM BRAGANÇA









Parece a mesma e única paisagem que se repete sem fim.
Nada mais incorreto.
É a paisagem que reflito a cada toque na câmara, que capta sempre o instante fugaz do querer estar.
É inverno onde o calor não existe.
Apenas o coração insiste e acredita que a primavera há de chegar.

Fotos e texto de Maria Cepeda

INVERNO EM BRAGANÇA, POLIS, RIO FERVENÇA

O inverno em Bragança já não é o que era, no entanto, mantém a sua personalidade e beleza.
Mais escuro, mais tristonho, convida-nos à introspeção.
Recolhemo-nos, invernamos. Refletimos ou simplesmente sonhamos… novos dias, nova luz.

Aqui deixamos estas belas paisagens, mesmo aquelas que a natureza moldou no ímpeto das suas turbulentas águas, neste inverno onde ainda não nevou.



   
Fotos e texto de Maria Cepeda
     

domingo, 2 de fevereiro de 2020

Estudantes procuram soluções para a comunidade



Os alunos do Instituto Politécnico de Bragança (IPB) ajudaram, em cerca de três anos, meia centena de empresas e instituições a encontrarem soluções para problemas reais no âmbito de um projeto que vai agora ser replicado pelo país.

O anúncio foi feito hoje na Conferência Internacional em Processos de Cocriação no Ensino Superior, em que foram apresentados à comunidade os resultados do projeto Demola, um conceito finlandês que o Politécnico de Bragança trouxe para Portugal em 2016.
Desde então, cerca de 500 estudantes já participaram em desafios colocados por empresas e instituições locais com respostas e soluções concretas para 50 soluções em cinco semestres acompanhados por 30 professores, segundo o balanço feito hoje pela coordenadora, Vera Ferro Lebres.
Segue-se agora a nacionalização do projeto, com o IPB a cooperar para que este possa estar disponível em todos os politécnicos. de modo a que, nas respetivas regiões, com as empresas e instituições, os estudantes possam também cocriar e ajudar ao desenvolvimento regional de Portugal.
Segundo a coordenadora, “o projeto começou por ser apenas extracurricular, mas neste momento há docentes que implementam as mesmas metodologias nas suas salas de aula e que trabalham os conteúdos académicos de forma aplicada àquilo que são as necessidades das empresas e instituições”.
De acordo com a coordenadora do Demola, as empresas e instituições encontram, desta forma, soluções com a mais-valia das equipas multidisciplinares que o politécnico consegue reunir, enquanto os estudantes têm um primeiro contacto e também porta aberta para o mundo do trabalho.
“Para os estudantes é, acima de tudo, um primeiro contacto com empresas, com o mundo real. A inserção nos projetos dá créditos académicos e há estudantes que são posteriormente recrutados seja em estágios profissionais, seja como colaboradores efetivos”, afirmou.
O ministro do Ensino Superior, Manuel Heitor, esteve presente na apresentação dos resultados e considerou que “este projeto é particularmente importante devido à necessidade e à emergência de, cada vez mais, “as instituições portuguesas estarem integradas em redes europeias, mas também em redes com outras instituições, com empresas e com a Administração Pública”.
“Porque hoje aprender é também aprender a colaborar e, por isso, o Ensino Superior tem de ser um espaço de colaboração aonde as salas de aula, os laboratórios de colaboração, a presença de empresas é sempre constante e contínua, assim como a presença de pessoas com diferentes idades”, defendeu.
O presidente do IPB, Orlando Rodrigues, sublinhou que este projeto se enquadra naquela que é “uma preocupação em particular dos politécnicos que, pela sua natureza, devem estar mais ligados às organizações e ajudar o desenvolvimento económico e a inovação”.

Retirado de www.avozdetrasosmontes.pt

Programa: "Entrudo Chocalheiro"


Retirado de www.diariodetrasosmontes.com 

Programa dos 556 anos de Bragança Cidade



Retirado de www.diariodetrasosmontes.com 

ATÉ 30 DE MARÇO NO CENTRO DE INTERPRETAÇÃO DO TERRITÓRIO, EM SAMBADE

     (Foto: Roberto Afonso)


Exposição mostra “Máscaras Rituais de Portugal”



O município de Alfandega da Fé mostra, a partir de sábado, a exposição “Máscaras Rituais de Portugal” de Roberto Afonso, um transmontano que se tem dedicado ao estudo e divulgação das festas de mascarados e que reúne nesta mostra trabalhos de 37 artistas sobre quase quatro dezenas de festas portuguesas.
Os exemplares vão de Aveiro a Coimbra, Viseu, Porto e Bragança e estarão patentes até 30 de março no Centro de Interpretação do Território, em Sambade, no concelho de Alfândega da Fé,distrito de Bragança.
A exposição mostra também um conjunto de composições que o colecionador Roberto Afonso criou, e todas as obras que o público poderá apreciar são ilustradas com textos da autoria de Alex Rodrigues, Alfredo Cameirão, Antero Neto, António Tiza, Isidro Rodrigues e Roberto Afonso.


Retirado de www.diariodetrasosmontes.com

A maldição do Tratado de Alcanices (Editorial do Jornal Nordeste, 28-01-2020)


Terá havido festa em Alcanices, nesse longínquo dia de Setembro de 1297 da era de Cristo, 1335 depois de César, quando Dinis, rei de Portugal e Fernando, rei de Leão e Castela assinaram o tratado que definiu a raia que separa os dois países.
Os dezoito anos do rei português não seriam grande carta de recomendação das virtudes do texto refundador, mas há que reconhecer os méritos do monarca, famoso por outras conquistas na cultura, na economia, na justiça e na afirmação do poder régio contra abusos senhoriais e a propensão da igreja para expandir a sua influência e os seus domínios mundanos.
Podemos imaginar esse fim de Verão luzido e quente, como geralmente se apresenta por terras de Bragança e Aliste, tempo de fruta madura, de renovar o gado e preparar corpo e alma para os frios que começam a dar sinais nas serranias de Sanábria, Montesinho e Nogueira, hirtas, milenares, a emoldurar o plaino até Zamora que, século e meio antes, acolhera os primos Afonsos para o acordo que conduziu aos caminhos paralelos dos dois estados peninsulares.
Foi em Alcanices que se desenhou a raia, que pouco mudou, se esquecermos Olivença, ou dermos de barato os sessenta anos em que três descendentes de Carlos V assumiram legitimamente a união dinástica.
Perante o resultado que conhecemos nas terras do distrito de Bragança e da província de Zamora, se nos deixarmos envolver nas teias que a superstição tece, seremos levados a considerar que terá havido mão maléfica a promover a celebração de tal acordo. Não passaria pelos pesadelos das gentes de então que havíamos de chegar à decrepitude, próxima do pó definitivo, para os séculos dos séculos nestes territórios.
Bem sabemos que a situação se foi agravando na medida em que as febres dos impérios toldaram o entendimento das gerações sucessivas, até aos papéis ridículos a que se desceu no ocaso do século XIX e nas longas décadas do século XX, com os regimes de Salazar e Franco a darem provas de que a história não é um caminho triunfal até à dignidade.
Alcanices foi, há dias, o palco de um outro encontro, de alcaldes das povoações entre Zamora e Quintanilha, que não vislumbram solução tempestiva para a construção do troço de auto-estrada que deveria estar em funcionamento há uma década, mas tem sido postergada para o olvido pelo governo de Madrid, com um comportamento ainda pior que o de Lisboa. De facto, já lá vão sete anos que, deste lado, dispomos de auto- -estrada, o que trouxe mais intensidade de circulação à E-82, sobrecarregando de problemas e perigos mortais o troço da 122 de Espanha, o tal “ranco” entre a capital da província e o território português.
Ali ficou dito que circular pela estrada actual é “um suplício”, que as pessoas estão fartas de acidentes mortais em plena via e nas povoações. Também ficou para memória futura que “não há vontade política” e um convite a Pedro Sanchez para percorrer a estrada e comprovar os riscos que correm os habitantes.
Espantoso seria se esta reunião conduzisse ao fim de uma maldição a que Alcanices está associada, naturalmente sem culpa nenhuma.

Escrito por Teófilo Vaz, Diretor do Jornal Nordeste
Retirado de www.jornalnordeste.com