sábado, 8 de dezembro de 2018

AS MINORIAS RADICAIS E A INSTALAÇÃO DO CAOS (Editorial do Jornal Nordeste)



Há uma visão romântica da História, daqueles que acreditam na evolução das sociedades em função do voluntarismo e desassombro de alguns, auto proclamados escolhidos por entidades sobrehumanas para conduzir os destinos do mundo.
O exemplo mais comum desta realidade são as religiões reveladas, servidas por profetas que tanto anunciam apocalipses arrasadores como prometem o gozo eterno a quem lhes seguir os passos.
O resultado não tem ido muito além de epifenómenos conjunturais, localizados no tempo e no espaço, alimentando a celebração de virtudes da condição humana que, afinal, acabam por se afundar na cruel indiferença do tempo, que nos faz nascer e morrer, sem entusiasmos nem remorsos.
É verdade que alguns momentos da humanidade lograram ser empolgantes para visionários de gerações posteriores, convencidos de que a existência não se reduzia ao absurdo da inconsequência. Assim se alimentou a utopia do estado de direito democrático, que só encontraria condições de permanência se a racionalidade e o pragmatismo fossem referências de cada um dos membros das sociedades humanas. Porque tal modelo requer a aceitação de regras e de processos que não podem ser postos em causa, visto que a alternativa é o império do instinto, da animalidade, a nossa infra-estrutura indescartável.
Cedo se percebeu, já na velha Grécia, que a democracia comportava o risco de se tornar, ela própria, o alfobre dos seus carrascos, porque escancarava as portas à soberba, à avareza e à inveja, emanações refinadas da propensão predatória de que se tem feito a vida neste planeta.
Como se tratava da verdadeira humanização, aos baldões, num misto de esperança e desespero, gerações inteiras dedicaram-se à conquista de espaço para a democracia. Mas, observando a realidade com os instrumentos que a inteligência proporciona, chegaremos à conclusão de que se tratou de tarefa de Sísifo, obra sempre condenada à ruína quando nos parece estar consumada.
Um entendimento distorcido, talvez conveniente, do modelo político, tem permitido que minorias fanatizadas, quais novos profetas, disfrutem de condições para disseminar o ódio. Minorias que só floresceram porque o modelo democrático as integrou, as defendeu, generosidade que se está a revelar mortífera.
Quando se criam condições para que, de forma organizada, dissimulada, mas demolidora, à maneira das hienas na selva, alguns espalhem a violência e a ruína, está a preparar-se o caminho para que tenham condições de chegar ao poder, deixando marcas trágicas na História. Assim aconteceu na Rússia de 1917, com a minoria bolchevista e na Alemanha de 1933, com a ascensão desse monstro que foi o nazismo, produto de uma minoria.
Ainda pior é que as sociedades democráticas continuem a desleixar a firmeza necessária, permitindo o alastrar da desordem, da insegurança, da corrupção e da impunidade, contribuindo para tornar insustentável a vida quotidiana, muitas vezes em nome de pretensos direitos absolutos de minorias, sem respeito pela obra notável que, apesar de tudo, tem sido a civilização.

Escrito por Teófilo Vaz, Diretor do Jornal Nordeste
Retirado de www.jornalnordeste.com

Ernesto Rodrigues, grande escritor, grande ensaísta, grande investigador... de quem temos a honra de ser amigos


Parabéns Ernesto.

Maria e Marcolino Cepeda




TRÊS INVESTIGADORAS DO IPB NA LISTA DOS MAIS CITADOS A NÍVEL MUNDIAL



O IPB já conta com três investigadoras entre as mais citadas em artigos científicos.
O IPB tem mais uma investigadora na lista de investigadores mais citados a nível internacional. A Isabel Ferreira e Lilian Barros junta-se Letícia Estevinho.
Isabel Ferreira é nomeada pela quarta vez nesta lista. A engenheira bioquímica é também directora do Centro de Investigação de Montanha há cerca de dois anos. 
“Para um cientista é muito importante quando partilhamos os nossos resultados com a comunidade científica e que o nosso trabalho seja considerado pelos nossos pares e sobretudo seja recomendado. Hoje em dia fico muito feliz porque consigo manter-me nesta lista, uma vez que o investimento em ciência, em termos mundiais vai aumentado e cada vez mais, há mais talentos que vão surgindo em todo o mundo”, destacou Isabel Ferreira, que foi nomeada em duas áreas científicas diferentes, nas ciências agro-alimentares e em toxicologia.
Lilian Barros é outra das nomeadas neste ranking mundial. A primeira aluna de doutoramento de Isabel Ferreira destacou que se trata do reconhecimento do seu trabalho. “É uma validação do nosso trabalho que estamos a fazer ao longo do tempo. Quer dizer que estamos a ser reconhecidos a nível mundial. Os nossos trabalhos estão a ser utilizados por outros investigadores para fazerem trabalhos nesta aérea. Isto é muito importante porque valida todo o trabalho científico”, acrescentou a investigadora. 
A novidade na lista é Letícia Estevinho. “Esta distinção é muito boa, do ponto de vista pessoal e profissional. Acho que somos inovadores em produção de hidromel e tem contribuído muito para ser citadas. Considero que fomos nós os pioneiros”.
Na lista de investigadores mais citados, a nível internacional figuram 14 portugueses. O ranking mundial, com base no número de citações por artigos publicados nos últimos dez anos, reconhece os investigadores mais influentes do mundo. 

    Jornalista: 
Maria João Canadas

Retirado de www.jornalnordeste.com 

sábado, 6 de outubro de 2018

Montanha

Montanha é onde o vento
se liberta de todas as amarras
para poder contemplar o mundo.
Montes e montinhos,
tudo junto,
depois de os subirmos e descermos,
pequenos Evereste fazemos

Somos assim, errantes e destemidos.
Algumas vezes nos encontramos,
outras continuamos perdidos.
Somos um dia de cada vez a cada dia.
Sobrevivemos aos seus revezes
avançamos aos solavancos
ou em alegres correrias.

Se chegamos é outra coisa,
mais uma breve estadia...
se ficamos, todas as noites
anseiam por ser dia,
o dia porque se espera
desta vez, em demasia...

Maria Cepeda

domingo, 30 de setembro de 2018

“Terras de Trás-os-Montes” pretende assumir-se como fator de promoção e valorização do território e das suas gentes.



Está em curso o processo para a implementação da marca territorial “Terras de Trás-os-Montes”. Uma marca que se pretende agregadora dos produtos e serviços do território, assumindo-se como um dos pilares para a valorização e promoção interna e externa da região.
A CIM das Terras de Trás-os-Montes, enquanto entidade promotora, vê na criação desta marca uma forma de conseguir maior visibilidade para o território, impulsionando o trabalho colaborativo e em rede e contribuindo para a dinamização do tecido económico. A ideia é que esta represente toda a oferta territorial, traduzindo-se num veículo de comunicação reconhecido por produtores e consumidores nacionais e internacionais e gerando valor para o território.
Um projeto que começa a ganhar forma, estando em desenvolvimento ações que visam contribuir para o sucesso da sua implementação. Este é o caso da ação de benchmarking que a CIM das Terras de Trás-os-Montes organizou aos Açores. A iniciativa,  teve como principal objetivo conhecer o processo de desenvolvimento desta marca e a estratégia adotada para o seu sucesso. Uma visita técnica que permitiu trocar experiências, contactar com promotores da marca, empresas e empresários constatando no terreno os benefícios da criação de uma marca territorial e as formas de replicar as boas práticas no território das Terras de Trás-os-Montes. É nisso mesmo que consistem as ações de benchmarking, definidas como um “processo contínuo de comparação dos produtos, serviços e práticas empresariais entre os mais fortes concorrentes ou empresas reconhecidas como líderes”.
A visita de quatro dias, à Ilha Terceira e à de S. Miguel, contou com uma comitiva constituída por responsáveis políticos e técnicos da CIM das Terras de Trás-os-Montes, Municípios e Associações de Desenvolvimento Local da região. A delegação foi recebida pelo Vice-Presidente do Governo Regional dos Açores, Sérgio Ávila, numa receção onde também estiveram presentes os Presidente da Câmara Municipal de Angra do Heroísmo, José Gabriel de Meneses, da Praia da Vitória, Tibério Dinis e os administradores da Sociedade para o Desenvolvimento Empresarial dos Açores (SDEA), entidade gestora da “Marca Açores”.
Do programa fizeram também parte ações de formação, ministradas pela SDEA, sobre os princípios e procedimentos em que assenta a estratégia da “Marca Açores”. Na altura, foram abordados temas como a “Estratégia da Marca Açores”, a “Aplicação e Resultados da Marca”, a “Gestão da Marca” e a “Comunicação”. Esta ação incluiu ainda a visita a empresas regionais aderentes à marca.
A “Marca Açores” foi criada em 2015 e em apenas três anos já tem 177 empresas aderentes e mais de 3 mil produtos e serviços certificados. Um exemplo de sucesso, que a região quis conhecer in loco, uma vez que o objetivo da criação da marca “Terras de Trás-os-Montes” assenta também no envolvimento de todos os agentes da região para a concretização de uma estratégia comum que permita o reconhecimento e afirmação do território e dos seus produtos e serviços.
Neste âmbito está também a decorrer um concurso de ideias para a criação da identidade corporativa da marca territorial “Terras de Trás-os-Montes”. A criação de uma imagem única e identificativa do território é entendida como fundamental nesta estratégia de promoção territorial. Recorde-se que a CIM das Terras de Trás-os-Montes engloba os concelhos de Alfândega da Fé, Bragança, Macedo de Cavaleiros, Miranda do Douro, Mirandela, Mogadouro, Vila Flor, Vimioso e Vinhais.

Escrito por: Sónia Lavrador

O CASO DE IZEDA OU AS BARBAS DO VIZINHO A ARDER (Ter, 25/09/2018) - Editorial do Jornal Nordeste

A povoação de Izeda, que chegou a ser efémera sede de concelho no século XIX, foi reconhecida como vila há alguns anos, condição que de pouco lhe tem valido, apesar das esperanças que os seus naturais acalentaram.
Trata-se de um exemplo expressivo dos resultados de políticas que desprezam o território, as suas potencialidades e, principalmente, as pessoas em nome das quais se deveriam conduzir os destinos do país.
Situada no sul do concelho de Bragança, numa zona de transição para a terra quente do distrito, produtora de azeite de qualidade reconhecida, a sua localização permitiu-lhe papel de alguma importância nas circulações oriundas de terras de Miranda e Vimioso para Macedo de Cavaleiros, além da relação com outras povoações de dimensão acima da média para o nordeste transmontano como Morais, Lagoa ou Talhas, do município de Macedo, Santulhão, de Vimioso e também Parada e Coelhoso, de Bragança.
Aparentemente teria condições para se afirmar como centro intermédio num contexto demográfico que há várias décadas se encontra sob grave ameaça, agora consumada pela inviabilidade de funcionamento duma escola, construída de raiz há cerca de vinte anos, com condições de qualidade estrutural e para a prática pedagógica, mas que só viu inscritos dois alunos no 5.º ano e três no 6.º.
O que vai acontecer é uma agonia de mais dois ou três anos, até que o equipamento encerre portas e Izeda espere por soluções para a sua reutilização, porque não se vislumbra um fenómeno demográfico de dimensões bíblicas por aquelas terras.
A situação da escola não é novidade, era esperável mais dia menos dia, apesar dos esforços dos autarcas locais, desde a última década do século XX, para resistir e potenciar o estatuto da localidade.
Por essa altura foi instalado em Izeda um estabelecimento prisional, que substituiu um centro de reintegração para jovens, decisão que foi tida como possibilidade de estancar o êxodo para Bragança ou para o litoral. Esperava-se que funcionários e guardas prisionais optassem por ali se radicar, o que permitiria crescimento urbano e crianças para a escola. Acrescentava-se a espectativa de que as visitas à população prisional animassem a vida económica da vila.
Mas, sobretudo, tendo em conta que entre reclusos e funcionários se atingiriam as três centenas de pessoas, houve quem acreditasse que a instituição seria suporte para o comércio local. Afinal, o estabelecimento prisional não consome nada que ali seja fornecido, guardas e funcionário residem fora e a povoação tem vindo sucessivamente a perder serviços, comprometendo ainda mais o futuro.
Outras vilas do distrito, mesmo algumas sedes de concelho, deverão ter em conta o ditado “quando vires as barbas do vizinho a arder, põe as tuas de molho”, porque lhes pode acontecer algo de semelhante, consumando o destino cruel para o nordeste que ninguém parece querer alterar ao nível dos poderes nacionais, mas também no que respeita às lideranças locais, que se limitam a gerir as ruínas que as hão-de soterrar, em vez de se encontrarem nas razões que a solidariedade lhes sugere a cada nova tragédia.

Escrito por: Teófilo Vaz, Diretor do Jornal Nordeste
Retirado de www.jornalnordeste.com

É tempo de figos

Doces como o mel mais doce
há-os de vários feitios e cores.
Uns maiores, outros nem tanto.
Brancos, pretos, quase roxos, 
vermelhos por dentro e brancos
sabem pela vida
que os próprios têm.

Quando comidos debaixo das figueiras
despertam um outro sentido
que nos preenche vazios desconhecidos.
Parece mentira ou meia verdade
e o seu doce sabor que se abre na língua
convence a saudade que não chegou ainda.

Só um pequeno senão nestes tantos sim.
As folhas são ásperas e só de manga comprida
sua carícia se consente, senão...
coçamos os braços onde levamos as cestas
ou outra qualquer parte onde tenham tocado,
as verdes folhas, apesar do outono.

A sua suave e fresca doçura tem preço.
Cabe-nos pagar ou ir ao mercado comprá-los!

Maria Cepeda 

sexta-feira, 4 de maio de 2018

QUE TODAS AS PROMESSAS SE CUMPRAM.










É primavera e nota!
A cor tem mais cor
A alegria é mais natural
Tudo adquire uma nova leveza.
Apetece sorrir
Apetece dizer que o amor acontece
mesmo que não seja verdade
mesmo que não se note
mesmo que se revolte...

Mas é primavera e, indubitavelmente, nota-se.

Maria Cepeda (Texto e Fotos)

quarta-feira, 11 de abril de 2018

NOVO CONCURSO PARA A LIGAÇÃO AÉREA BRAGANÇA-PORTIMÃO SERÁ LANÇADO ATÉ JUNHO - 11/04/2018



Concessão actual, que foi ganha pela Aero Vip, termina no final deste ano.
O Governo vai lançar, ainda durante o primeiro semestre deste ano, um novo concurso para a ligação aérea entre Bragança e Portimão. A garantia foi dada ao Jornal Nordeste pelo Ministério do Planeamento e Infraestruturas, que não adiantou ainda qual a data exacta nem se a rota, que tem escala em Vila Real, Viseu e Cascais, vai sofrer alterações.
A actual concessão, que se iniciou em Dezembro de 2015 e é válida até ao final deste ano, pertence à Aero Vip. A companhia aérea do Grupo Seven Air já garantiu ter interesse em continuar a assegurar desta carreira aérea regional. “Do nosso lado temos todo o interesse em manter a rota. A ligação aérea tem corrido bastante bem, como os próprios números indicam. Notamos já alguma fidelização de passageiros, com vários passageiros frequentes e verificamos uma procura de turistas para o interior do país, assim como o perfil de utilizador devido a negócios”, sustentou o director comercial da empresa, Alexandre Alves.
A Seven Air espera que a ligação aérea se mantenha, até porque a fidelização dos clientes tem sido um processo gradual que se traduz no aumento do número de passageiros. “No passado houve governos que decidiram cancelar a rota, houve um período largo que não se operou e depois lançou-se este concurso que termina agora no final do ano. Foi basicamente começar do zero, tivemos que informar as pessoas, divulgar a rota é um trabalho que demora algum tempo a ser realizado. Esperamos que o governo decida continuar a rota porque a fidelização de clientes está a aumentar e é um serviço público muito interessante”, considera Alexandre Alves.
A Aero Vip recebe do Estado 7,8 milhões de euros para assegurar o serviço ao longo dos três anos de concessão. A ligação aérea a partir de Bragança, e que na altura terminava em Lisboa, esteve suspensa entre 2012 e 2015, com o argumento de que Bruxelas não autorizava mais o financiamento directo de 2,5 milhões de euros por ano à operadora.
Segundo a empresa, no último ano foram transportados cerca de 11 mil passageiros na rota, que passou a ter dois voos diários em cada sentido no período do Verão. Um novo horário que entrou em vigor na última semana de Março.

Escrito por: Jornalista Olga Telo Cordeiro

Primeira Volta ao Nordeste em Bicicleta


Bragança receberá, a 22 de abril, o término de uma prova inédita na região, a 1.ª Volta ao Nordeste em Bicicleta. Iniciativa da Associação Regional de Ciclismo e Cicloturismo de Bragança, com o apoio do Município de Bragança, levará cerca de 150 ciclistas a percorrer 220 quilómetros das mais belas paisagens do distrito. 


A 1.ª edição da Volta ao Nordeste em Bicicleta vai decorrer nos dias 21 e 22 de abril, num traçado com 220 quilómetros distribuídos por seis concelhos do distrito de Bragança, com a chegada de consagração do camisola amarela a realizar-se no coração da cidade de Bragança, em plena Avenida Sá Carneiro.
A prova está inscrita no calendário regional e é reservada a corredores das categorias Masters, Elites e Sub23 Amadores, estando todo o seu percurso aberta ao trânsito.
Mapas interativos “I Volta ao Nordeste em Bicicleta”:
Etapa 1 
Etapa 2 
Etapa 3 
Perfil de etapas da “I Volta ao Nordeste em Bicicleta”:
Contrarrelógio Equipas – Macedo de Cavaleiros, 21 de Abril (11:00)
Etapa 1 – dia 21 de Abril (15:00h) Início em Macedo de Cavaleiros, Sambade, Alfandega da Fé, Estevais, Via Panorâmica em torre Moncorvo e final dentro desta Localidade. Total: 60 km
Etapa 2 – dia 22 de Abril (9:30h) Início em Torre de Moncorvo, Carvalhal, Carviçais, Castelo Branco, Zada e final em Mogadouro Total: 55 km
Etapa 3 – dia 22 de Abril (16:00h) Início em Vimioso, Carção, Argozelo, Outeiro, Milhão, Gimonde, e final em Bragança. Total: 50 km


Helicóptero de combate a incêndios vai ser fixado em Macedo de Cavaleiros


Vai ser fixada a base permanente de um Helicóptero Bombardeiro Ligeiro (HEBL) e respetiva Brigada aerotransportada para combate a incêndios florestais na cidade de Macedo de Cavaleiros. A informação é dada pela autarquia numa nota de imprensa distribuída à comunicação social. 



O Centro de Meios Aéreos de Macedo de Cavaleiros será a base, em regime de permanência, de um Helicóptero Bombardeiro Ligeiro (HEBL) e respetiva Brigada aerotransportada para combate a incêndios florestais.
A operacionalidade deste helicóptero origina a fixação de 10 elementos, entre pilotos, mecânicos e brigada aerotransportada.
Este Helicóptero e respetiva brigada serão deslocados, de 01 de junho a 30 de setembro, para Alfândega da Fé, regressando, findo esse período, à sua base de origem, que será Macedo de Cavaleiros.


Mostra de arte visuais, dramáticas e músicas abre hoje na cidade de Bragança


A exposição IMPLICARTE - Mostra de arte visuais, dramáticas e músicas, abre hoje, dia 10 de abril, ao público no Centro Cultural Municipal Adriano Moreira. A iniciativa tem o apoio do Instituto Politécnico de Bragança e Município de Bragança.


A exposição dá a conhecer trabalhos dos alunos dos cursos artísticos da Escola Superior de Educação de Bragança, do Instituto Politécnico de Bragança.
O IMPLICARTE propõe a apresentação do trabalho de 3 áreas fundamentais do ensino artístico: as artes visuais, o drama e a música.
Distingue o trabalho realizado nos cursos de formação artística em funcionamento na Escola Superior de Educação de Bragança, mostrando percursos, matérias e linguagens que ao longo do processo de formação vão sendo questionados e experimentados.
O evento decorre entre os dias 10 de abril e 10 de maio e inclui na sua programação um leque de atividades como exposições, conferências, workshops, aulas abertas, concertos, dramatizações e performances que irão ocorrer em vários locais da cidade como o Auditório do Conservatório de Música e Dança de Bragança, Bar Praça 16, o Centro de Arte Contemporânea Graça Morais, o Centro Cultural Adriano Moreira, a Escola Superior de Educação de Bragança, o Foyer do Teatro Municipal de Bragança, Igreja da Misericórdia e Museu Abade de Baçal.
A Organização pertence ao Departamento de Artes Visuais, de Expressão Dramática e Educação Musical da Escola Superior de Bragança.


“Dias do Património a Norte”: Ciclo de Eventos de Turismo Cultural pretende envolver as comunidades locais


Miranda do Douro, Vila Real, Bragança (Outeiro), Mogadouro e Alfândega da Fé são as localidades transmontanas que durante o próximo verão irão acolher o ciclo de eventos integrados na Operação “Dias do Património a Norte”, uma proposta da Direção Regional de Cultura do Norte (DRCN) que pretende envolver as comunidades locais. 

A iniciativa é promovida pela DRCN, em parceria com os municípios locais, representando um investimento total de 400 mil Euros, cofinanciado pelo Programa Norte 2020, através do FEDER.
Em Ano Europeu do Património Cultural, a DRCN aposta na descentralização e na oferta cultural disseminada pelo território, apresentando um projeto de turismo cultural inovador, agregador e atrativo, que utiliza como instrumentos fundamentais a programação cultural, o trabalho de mediação com as comunidades e a comunicação ao serviço da qualificação da experiência turística e da competitividade da economia regional.
Está desenhada uma experiência única e particular para cada um dos lugares, oferecendo, ao longo de dois dias, uma programação que irá impregnar de novas memórias os espaços, visitantes e comunidades.
O programa estende-se a diversas localidades de todo o norte do país, mas em Trás-os-Montes o ciclo de programação “Dias do Património a Norte” vai decorrer na Concatedral de Miranda do Douro, entre 1 e 2 de junho; na Sé de Vila Real, entre 15 e 16 de junho; na Basílica de Santo Cristo de Outeiro, Bragança, nos dias 27 e 28 de julho; no Castelo de Mogadouro, nos dias 10 e 11 de agosto e na Igreja Matriz de Sambade, Alfândega da Fé, nos dias 28 e 29 de setembro.
Pelo seu carácter e valor muito particulares e capital simbólico, os espaços patrimoniais disseminados pela Região Norte reúnem todas as condições para se assumirem como âncora de uma renovada oferta de experiências culturais e criativas únicas, dinamizando a economia, envolvendo as comunidades e valorizando de forma sustentável a sua paisagem natural e cultural”, refere o Diretor Regional de Cultura do Norte, António Ponte.
À necessidade de salvaguarda da integridade física dos recursos patrimoniais – e visando potenciar os resultados dos investimentos infraestruturais realizados no âmbito dos quadros comunitários anteriores, bem como previstos no presente Programa Operacional de Desenvolvimento Regional – acresce, desta forma, a pertinência de uma “estratégia de qualificação destes recursos enquanto âncoras da oferta de uma nova dinâmica de turismo cultural na região Norte”, acrescenta.
Como tal, a operação “Dias do Património a Norte” apresenta-se como um evento em rede que, ao longo de seis meses, vai transformar oito lugares patrimoniais da região Norte, em palcos de uma programação artística, cultural e gastronómica, desenhada com o traço da identidade singular de cada território. Em cada local, uma estória, um sabor, uma tradição, uma descoberta, estimulando uma dinamização cultural em locais de valor patrimonial inesgotável, criando sentimentos de descoberta e de pertença.
O primeiro evento desta programação em rede arranca nos dias 20 e 21 de abril, no Mosteiro Santa Maria de Arouca, no distrito de Aveiro, com o apoio da Câmara Municipal de Arouca, e contando com a presença do Ministro da Cultura, Luís Filipe Castro Mendes.


MEMÓRIAS DA EMIGRAÇÃO NO NORDESTE - 11/04/2018



«Memórias do Salto» recolheu 72 testemunhos de emigrantes que partiram à procura de uma vida melhor durante o Estado Novo. Foram 900 mil portugueses que emigraram nesta altura e 550 mil a salto.
César Afonso tem 81 anos, é de Nuzedo de Cima, Vinhais. Foi a salto para França em 1964 e usou o método da fotografia rasgada para os pais pagarem a sua passagem quando chegasse a França. “O passador português levou-me até à Espanha, o espanhol até à França e o francês é que me levou para Clermont- Ferrand. Eram três passadores. Eu só paguei depois de lá estar, eram 7 mil escudos. Eu dei-lhe uma fotografia minha rasgada. Levei metade comigo e eles ficaram com outra metade. Quando eu lá cheguei, a fotografia que eu deixei aqui, já tinha chegado a Clermont-Ferrand. Quando reunimos as duas partes da fotografia é que eu mandei pagar aos meus pais a passagem” contou César Afonso. Este é um dos testemunhos que foi recolhido através do projecto «Memórias do Salto» que o Museu Abade Baçal, em Bragança, inaugurou na sexta-feira, às 21h00. Um projecto de levantamento de testemunhos de transmontanos que entre 1954 e 1974 emigraram a salto. A exposição «Memórias do Salto» retrata a emigração clandestina na raia com 72 testemunhos com “vários perfis, que vão desde o passador, ao PIDE, guarda-fiscal e aos emigrantes”, explicou a directora do museu, Ana Maria Afonso. A apresentação deste trabalho, permite a nível histórico, antropológico e sociológico, fazer um estudo bastante profundo e sobretudo comunicar e dar voz a estes protagonistas que de outra maneira se perderia porque como era emigração clandestina, não existia registo. “É uma obrigação que temos e de homenagem a estas pessoas”, acrescentou a directora do espaço que também acolhe a exposição «Douro, lugar de um encontro feliz» da autoria de António Barreto. Outros dos testemunhos é de António Machado que foi agente da PIDE. Esteve no posto de fronteira de Quintanilha entre 1959 e 1963 e contou que a PIDE tinha má fama, mas muitas histórias eram exageradas. O objectivo do seu trabalho era apanhar os passadores e afirmou que “era muito difícil fazerem os emigrantes falarem, pouco servia apertar com eles, não confessavam nada” refere António Machado.  
A apresentação do projecto contou, sábado, com um ciclo de conferências dedicadas ao tema. O primeiro painel esteve a cargo de Victor Pereira, historiador francês com ascendência portuguesa que explicou o contexto histórico do Estado Novo.  “O Estado Novo e a ditadura vigente até 1974 não emitiam facilmente passaportes porque não se pretendia que as pessoas fossem embora. Por um lado, havia as guerras coloniais, a partir de 1961 e eram precisos soldados e colonos.” Continuou a contar que existia uma forte resistência dos proprietários agrários que não queriam que as pessoas fossem embora, porque iam aumentar os salários, e também porque tinham medo que quando os portugueses emigrassem para a França, sendo este um país democrático, onde já havia sindicatos e a emergência do Partido Comunista e temia-se que os portugueses voltassem comunistas, como se dizia na altura. “Por esses diversos motivos, era muito difícil ter um passaporte de migração e muitas pessoas escolhiam ir a salto” relatou Victor Pereira. 
Uma das referências a nível nacional e internacional sobre a migração que esteve presente nas conferências que decorreram no sábado foi Maria Beatriz Trindade, que congratulou o trabalho desenvolvido, “eu acho que este museu e esta cidade estão de parabéns e sobretudo este projecto para o futuro. O espaço da exposição é excelente e a prova é que conseguiu encher um auditório e estes assuntos mais ligados às humanidades, nem sempre despertam nem catalizam o interesse” contou a professora Catedrática da Universidade Aberta e fundadora do Centro de Estudos das Migrações e das Relações Interculturais – CEMRI. 
Mélanie Lopes foi a investigadora de «Memórias do salto», no âmbito de uma dissertação apresentada em Setembro de 2016 e que resultou neste acervo cultural que retrata a emigração de 900 mil portugueses e 550 mil clandestinamente. 
Para além do ciclo de conferências também foram exibidos os filmes «O Salto», «A Fotografia Rasgada» e «Lissac».
Os municípios onde foram recolhidas estas histórias de vida foram Vinhais, Bragança, Vimioso, Miranda do Douro, Mogadouro e Macedo de Cavaleiros. 
Um projecto desenvolvido pelo Museu Abade Baçal, pela Associação dos Amigos do Museu e pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto. O projecto teve o valor de 100 mil euros, com o apoio do Norte 2020. As exposições vão estar patentes até ao dia 30 de Junho. 

Escrito por: Jornalista Maria João Canadas

IRS EM FORMATO DIGITAL É UM PROCESSO COMPLICADO PARA A POPULAÇÃO MAIS IDOSA (11/04/2018)



A submissão das declarações do IRS começou no dia 1 de Abril e vai terminar no fim do mês de Maio. Pela primeira vez é obrigatório realizar este processo somente através de suporte digital.
Pela primeira vez, a submissão do IRS terá de ser realizada através da internet para todos os contribuintes. No entanto, nem todos estão de acordo com a medida. Para os mais idosos, entregar o Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares – IRS informaticamente pode ser bastante complicado. Armando Palavras, de 75 anos de idade, contou que tem que pagar um serviço especializado para submeter a declaração. “Antes fazia-a eu ou a minha filha. Eu não tenho internet, não tenho nada disso e como é que eu vou fazer? Tenho que pagar ou conseguir alguém que me realize este serviço. Indivíduos com 80 anos vão fazer a submissão? Nunca na vida”, disse revoltado. 
A submissão para todas as tipologias de contribuintes terá de ser realizada de forma electrónica até ao final mês de Maio.
Mas também Amílcar Afonso, de 64 anos tem dificuldades para realizar a submissão do imposto sobre os rendimentos relativa ao ano passado. 
Adriano Pereira, que também já passa dos sessenta anos sustentou que o “IRS deveria continuar como estava até ao outro ano, porque há muitas pessoas que não conseguem realizar sozinhas sem auxílio, porque da forma como estava não constituía nenhum problema e quem não tinha computador tinha possibilidade de o fazer sem problema nenhum, sem ir pagar para o fazer” declarou. Álvaro Clemente também contou que ainda não fez a submissão mas que se a dirigir as Finanças para o auxiliarem no processo.  
As Juntas de Freguesia vão ajudar a população, como é o caso da União de Freguesias de Nunes e Ousilhão, do concelho de Vinhais. “Como é a primeira vez que as pessoas têm que preencher a declaração informaticamente e como a maioria não tem acesso à internet ou como muitas não sabem manusear, nós vamos tentar garantir o serviço desde o preenchimento do IRS até à submissão”, contou a tesoureira, Sandrina Fernandes. Para auxiliar a população de cerca de 300 habitantes destas aldeias, a União de Freguesias vai abrir dois gabinetes, no sábado, das 14h00 às 17h00 e no domingo, das 9h30 às 12h30m. Também a Junta de Freguesia de Ervedosa, do concelho de Vinhais é outro exemplo de uma freguesia que pretende ajudar a população neste processo que pode ser difícil para as pessoas com mais idade. Segundo Franclim do Nascimento, presidente da junta de freguesia de Ervedosa, as juntas daquele concelho prestam este serviço há vários anos.
O Portal das Finanças continua a registar problemas pontuais na área do IRS, impedindo alguns contribuintes de apresentarem a declaração e o governo garante que o reembolso será realizado no prazo máximo de 12 dias. Até ao dia de hoje já meio milhão de portugueses submeteram a declaração do modelo 3. 

Escrito por: Jornalista Maria João Canadas

quarta-feira, 21 de março de 2018

A SEARA DO JOIO TRIUNFANTE (Editorial do Jornal Nordeste - 20-03-2018)

Quando já não parece possível que o descaramento triunfe numa sociedade que se pretende informada, atenta, vigilante e mesmo vigorosa na erradicação das ameaças à justiça, à equidade e à dignidade que o sistema democrático exige, há notícias que nos atingem como raios de uma trovoada final, arrasadora de todas as esperanças no futuro do país e da humanidade.
Estranhamos Trump e outros títeres, espantamo-nos com Maduro mas, afinal, basta abrirmos a porta de casa para percebermos que, também aqui, na seara da nossa política o bom grão está a ser asfixiado pela cizânia, o joio que inspirou antiga parábola, que não logrou aproveitamento da lição para que florescesse o lado melhor da condição humana.
A tendência para a mesquinhez, o videirismo e a vigarice despudorada parece campear neste país onde, no entanto, se proclamam, sem cessar, as virtudes da cidadania, da solidariedade e da honra.
Não se encontra explicação para esta contradição manifesta senão que a sociedade está infestada de indivíduos que se vão aproveitando da boa fé dos outros para lograr vantagens e estatutos que não merecem. Por vezes beneficiam mesmo de alguma tolerância com a ousadia, que fascina a venalidade estrutural dos cobardes.
Uma das expressões mais habituais do oportunismo destes tempos democráticos é o aldrabar das habilitações literárias, o que constitui um novo paradoxo numa sociedade que tem vindo, aparentemente, a desvalorizar o percurso académico e a fazer chacota com os títulos que as universidades conferiram ao longo de séculos.
Na verdade, quanto mais afoitos a diminuir os doutores, mais propensos a ostentar diplomas, anéis de curso e outros aviamentos de superfície, talvez porque, afinal, o povão até gostaria de ter respeito por quem estuda, investiga e sabe alguma coisa para além do senso comum, apesar de os negócios e o enriquecimento não passarem propriamente por gastar os fundilhos nos bancos das universidades.
Pior ainda. Para chegar a tais diplomas e anéis de predrarias coloridas, quando não se garantiram níveis mínimos de conhecimento, foram surgindo universidades de esquina, que distribuíram diplomas “à rebanhica”, com o que se legitimou todo o tipo de torpezas. É interessante verificar que desses estancos irromperam licenciados e doutores de que a história registará a desvergonha, mas que contribuíram, pela sua ignorância e falta de escrúpulos, para encher de lama o país.
O último, por agora, é o caso do tipo que chegou a secretário-geral do PSD, licenciado com 11 por uma universidade privada, onde depois fez mestrado com 18, concedido por um júri de curiosa constituição, que falsificou o currículo e foi secretário de Estado de um tal Miguel Relvas, que viu anulada uma licenciatura, conseguida também numa universidade privada. Por caminhos semelhantes andou a licenciatura abstrusa de José Sócrates e as de outros que virão ao de cima, se não tomarem consciência de que é tempo de a dignidade voltar a orientar a condução das vidas dos cidadãos de um país que não merece as humilhações a que o têm sujeitado.

Escrito por Teófilo Vaz, Diretor do Jornal Nordeste
Retirado de www.jornalnordeste.com

terça-feira, 20 de março de 2018

PRIMAVERA



Devagar, devagarinho,
Vai chegando a primavera.
Vem muito de mansinho
Quem há muito se espera
Mas vem para ficar
Pois é tempo de semear.
Ventosa e arisca, mas não breve,
como quem marca posição,
trouxe com ela granizo e neve
chuva também, nunca verão.

Sabemo-la benfazeja e florida.
Que abrilhante a nossa natureza
 E que tudo resplandeça de vida.
O verde primaveril estende a sua beleza
Cobrindo, com leve manto, duendes e fadas
Que laboriosamente, colhem flores em braçadas
Para entregar aos meninos e meninas,
Com olhos de sonho, onde se reflete o sol.
Com o seu leve toque de sedas finas
Envolve os mais pequeninos, num enorme lençol.

É primavera! Vem esbaforida e gaiteira
Como tela colorida numa qualquer prateleira
De um quarto de menina ou em qualquer museu.
Parece que o inverno, não quer ir embora não.
Que fazer? Vamos lá! Chegou a hora, pois então?
Agora a casa é dela. Nada se pode fazer.
Faz a mala, vai andando. Agasalha-te que está frio.
O calor tarda a chegar. Fecha o quarto que foi teu.
Deixa a primavera entrar, não vá o campo ficar vazio.
Também o outono se foi quando o inverno chegou
De luvas e cachecol, de sobretudo e galochas.
E logo fez frio e vento e chuva e levemente nevou
E toda a bicharada: formigas, abelhas, lesmas, carochas…
Foi dormir aconchegada na sua fofa caminha
Que isso de andar ao relento, não tem piada nenhuma.
E ela vem fria, agora. Amanhã… amanhã é um novo dia!


MARIA CEPEDA (poema e fotos)

domingo, 18 de março de 2018

Edifícios Municipais de Alfândega da Fé às escuras para salvar o planeta


O Município de Alfândega da Fé vai voltar a associar-se à iniciativa Hora do Planeta como protesto contra as alterações climáticas. 

No dia 24 de março, entre as 20.30h e as 21.30h o edifício dos Paços do Concelho, o edifício “Câmara Antiga”, a Casa da Cultura Mestre José Rodrigues e a Biblioteca Municipal vão ficar às escuras durante uma hora. Um gesto simbólico que é o reflexo da preocupação da autarquia com a sustentabilidade de recursos e com a proteção ambiental e que ao mesmo tempo pretende alertar consciências, incentivando os munícipes a juntarem-se a esta iniciativa.
A Hora do Planeta começou em 2007 em Sidney, na Austrália, quando 2,2 milhões de pessoas e mais de 2.000 empresas apagaram as luzes por uma hora numa tomada de posição contra as mudanças climáticas.
Nesta iniciativa da organização não-governamental WWF -World Wide Fund for Nature participaram, em 2017, 180 países e mais de 9000 cidades e vilas. Em Portugal, 145 municípios aderiram e centenas de monumentos emblemáticos nacionais ficaram às escuras, como a Ponte 25 de Abril, o Mosteiro dos Jerónimos e o Cristo Rei.
Chamar a atenção para questões relacionadas com o aquecimento global, mas também para a necessidade adotar comportamentos sustentáveis, em prol do planeta e da qualidade de vida das gerações futuras é um dos principais objetivos de movimento global. Ao nível local a autarquia de Alfândega da Fé tem demonstrado a sua preocupação com as alterações climáticas tendo em marcha uma estratégia para a mitigação dos seus efeitos, como os projetos Life Adpatate e NetEfficity e a implementação do Plano Estratégico de Adaptação às Alterações Climáticas. 


IPB entrega as primeiras IPBikes

Na passada sexta-feira, 16 de março, o Instituto Politécnico de Bragança (IPB) entregou as primeiras as bicicletas elétricas no âmbito do projeto IPBike. 

Este projeto está inserido num programa de âmbito nacional de promoção da mobilidade ciclável em meio académico, que visa incentivar a adoção de hábitos mais sustentáveis em termos de mobilidade. São 15 as instituições de ensino superior em Portugal envolvidas e o IPB foi a primeira instituição a lançar o projeto.
A ideia é que a comunidade académica troque o automóvel pela IPBike, contribuindo assim para a melhoria da condição física, promoção do bem-estar e da saúde do ambiente.
A utilização de uma IPBike requer um registo inicial de adesão, via internet, podendo ser realizado durante todo o ano, por qualquer elemento da comunidade académica do IPB. Com vista à boa conservação das IPBikes e garantia de segurança na sua utilização, o IPB assegura a contratualização de seguro de responsabilidade civil e prestação dos serviços de manutenção para todas as bicicletas.
O IPBike faz parte do programa nacional U-Bike Portugal, coordenado pelo Instituto da Mobilidade e dos Transporte, com o objetivo de melhorar o ambiente urbano e a qualidade de vida, associada à utilização das bicicletas em substituição de veículos motorizados.
O IPB disponibiliza 100 bicicletas elétricas, que poderão ser utilizadas pelos seus alunos, funcionários e investigadores por períodos de 6 a 12 meses.
A cerimónia de entrega das primeiras IPBikes decorreu sexta-feira, 16 de março, a partir das 11H, na Biblioteca da Escola Superior Agrária (ESA). 

Retirado de www.noticiasdonordeste.pt

Alcançado acordo para comboio regressar à linha do Tua

 Já existe acordo para comboio voltar à linha do Tua. Quem o afirma é o presidente da Agência de Desenvolvimento Regional do Vale do Tua (ADRVT), Fernando Barros, que anunciou que foi alcançado o acordo que acaba com o impasse do regresso do comboio à desactivada ferrovia. 

Segundo noticia a Agência Lusa, o acordo vai ser formalizado até ao final do mês e resultou de uma reunião que Fernando Barros teve na Secretaria de Estado das Infraestruturas. Segundo o responsável actual pela ADRVT o Plano de Mobilidade Turística e Quotidiana, vai ser mesmo implantado dentro de um curto espaço de tempo.
A ADRVT vai ser a concessionária e gestora do plano e o Governo assegurará o financiamento da manutenção da Infraestrutura física da linha, através da empresa Infraestruturas de Portugal (IP), que é a verdadeira proprietária deste equipamento e assumirá no futuro as responsabilidades técnicas pela funcionalidade da mesma.
Não foram revelados os valores que vão ser disponibilizados do erário público. Segundo a Lusa, “Fernando Barros escusou-se a adiantar os valores que o Estado irá disponibilizar para a manutenção, remetendo pormenores para a data da formalização do acordo, que aponta para o ‘final do mês de Março’”.
Agora só falta concluir os testes de segurança em curso ao novo material circulante para o empresário Mário Ferreira explorar em comboios turísticos os cerca de 30 quilómetros que restaram da linha do Tua, entre Mirandela e a Brunheda.
O complemento ao comboio será feito com passeios de barco na nova albufeira da barragem. A Agência de Desenvolvimento Regional do Vale do Tua assegura cada vez mais as responsabilidades inerentes à concretização plano de mobilidade, e por todos os projectos de desenvolvimento implementados no território afectado pela construção da barragem, estando nesta entidade representadas a EDP e os cinco municípios da área da albufeira, nomeadamente Vila Flor, Mirandela, Carrazeda de Ansiães, Alijó e Murça.

Retirado de www.noticiasdonordeste.pt

Estudo internacional indica caminhos para mitigar os efeitos das alterações climáticas na agricultura


Os eventos climáticos extremos «vão ser cada vez mais frequentes e de maior duração e os agricultores vão ter de se adaptar, encontrando novas formas de gestão agrícola e agroflorestal por forma a tornar este setor mais resiliente às alterações climáticas», afirma o cientista José Paulo Sousa, do Centro de Ecologia Funcional da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), coordenador de uma equipa de investigadores portugueses que participa no estudo internacional ECOSERVE, que está a avaliar os efeitos das alterações climáticas nos processos biológicos do solo. 

Uma medida para mitigar os efeitos de eventos climáticos extremos, nomeadamente períodos prolongados de seca, revelam os primeiros resultados do estudo, passa pela utilização de variedades de plantas cultiváveis com as caraterísticas mais adequadas para promover o sequestro de carbono no solo, de modo a aumentar o uso eficiente da água e dos nutrientes. Um maior teor de carbono no solo implica uma maior capacidade de o solo reter água e disponibilizá-la para as plantas, logo menor é a necessidade de rega. 
O trabalho científico, publicado na revista “Journal of Applied Ecology”, comprovou, também, que o tipo de agriculta praticada influencia o sequestro de carbono no solo. Segundo os investigadores, os sistemas de cultivo orgânicos, sistemas em que a utilização de químicos é muito reduzida e onde os resíduos de uma cultura são utilizados como fonte de matéria orgânica para a cultura seguinte, originam maiores stocks de carbono no solo do que sistemas de cultivo convencionais.
Este facto, explica José Paulo Sousa «está intimamente relacionado com as caraterísticas das espécies cultivadas, especialmente com a facilidade com que os resíduos destas espécies se decompõem e são posteriormente incorporados no solo», ou seja, «temos espécies ou variedades que influenciam de forma positiva a quantidade e qualidade dos stocks de carbono no solo.»
Através de uma meta-análise global, complementada com medições em campo, a equipa relacionou as «caraterísticas de diferentes espécies cultivadas com as respostas dos stocks de carbono nos dois tipos de cultivo, tendo encontrado relações significativas entre a presença de espécies que originam resíduos da cultura mais recalcitrantes, normalmente utilizadas em cultivos orgânicos, e maiores stocks de carbono», observa o também docente da FCTUC.
Estas conclusões são relevantes porque «fornecem pistas para possíveis medidas de mitigação dos efeitos de alterações climáticas na agricultura. Ao utilizar variedades de espécies cultiváveis com as caraterísticas apropriadas, os agricultores podem mitigar estes efeitos, aumentando o stock de carbono no solo, logo aumentando o uso eficiente da água e dos nutrientes», conclui José Paulo Sousa.
O estudo ECOSERVE envolve, além da equipa da Universidade de Coimbra, investigadores de Espanha, França, Holanda, Suécia e Suíça.


CIM-Terras de Trás-os-Montes preocupada com a deterioração dos serviços de distribuição Postal no Território


A Comunidade Intermunicipal das Terras de Trás-os-Montes está preocupada com a deterioração dos serviços de distribuição Postal dos CTT no território. 

A reorganização de serviços, levada a cabo pela empresa, tem conduzido a vários constrangimentos num processo de decisão unilateral que põe em causa os princípios do serviço público a que esta está obrigada.
O último caso prende-se com o encerramento do Centro de Distribuição Postal de Vimioso, fechado desde 26 de fevereiro, passando a distribuição a fazer-se a partir de Miranda do Douro. Facto que levou a autarquia de Vimioso a apresentar na última reunião do Conselho Intermunicipal uma Moção, aprovada, por unanimidade, em Reunião de Câmara, onde questiona e condena este encerramento.
No documento demonstra também o descontentamento por não ter sido ouvida no processo, manifesta a sua preocupação pela diminuição do serviço prestado e expõe a sua apreensão relativamente ao futuro da Loja dos CTT de Vimioso. A Câmara exige ainda “a imediata reabertura do Centro de Distribuição Postal de Vimioso, o reforço de carteiros e a melhoria da generalidade dos serviços.”
Esta posição foi subscrita por todos os membros do Conselho Intermunicipal, que na altura demonstraram também o seu descontentamento com a outras questões relacionadas com os serviços de distribuição postal dos CTT no território. Consideram que este tem vindo a piorar, colocando em causa um serviço público considerado essencial para a população. Às queixas dos munícipes, somam-se os atrasos recorrentes na distribuição e a não entrega de correspondência caso a morada esteja incompleta, mesmo que, em muitos dos casos, os distribuidores conheçam os destinatários.
Os autarcas temem que se esteja perante um processo que conduza ao esvaziamento de serviços, com claro prejuízo para as populações. Requerem a reposição do serviço encerrado e a intervenção das entidades competentes tendo em vista a melhoria dos serviços prestados. A Comunidade Intermunicipal vai fazer chegar esta posição à administração dos CTT, à entidade reguladora e Assembleia da República. 


“Cantos da Quaresma” em Macedo de Cavaleiros


igreja de São Pedro, em Macedo de Cavaleiros, recebe no próximo dia 28 de março, às 21:30 horas, "Cantos da Quaresma", uma produção daSons Vadios”  , que invocam neste recital musicas essencialmente vocais.
"A Quaresma representa na tradição musical portuguesa um período de sublimação. Saídos da folia do Entrudo, seguem-se quarenta dias de abstinência e reflexão. Ausentes os bailes, calados os instrumentos musicais e até o toque dos sinos, a música tradicional portuguesa incorporou a religiosidade profunda da época quaresmal, geradora de formatos musicais essencialmente vocais, pungentes e profundamente belos: encomendações das almas, martírios, loas, alvíssaras. Cantos da Quaresma faz de tal repertório motivo de espectáculo e junta no palco César Prata e Sara Vidal".
César Prata, voz, sanfona, adufe, guitarra, hangdrum, kalimba, ponteiro e saltério
Sara Louraço Vidal, voz, harpa celta e adufe

Retirado de www.noticiasdonordeste.pt