Doces como o mel mais doce
há-os de vários feitios e cores.
Uns maiores, outros nem tanto.
Brancos, pretos, quase roxos,
vermelhos por dentro e brancos
sabem pela vida
que os próprios têm.
Quando comidos debaixo das figueiras
despertam um outro sentido
que nos preenche vazios desconhecidos.
Parece mentira ou meia verdade
e o seu doce sabor que se abre na língua
convence a saudade que não chegou ainda.
Só um pequeno senão nestes tantos sim.
As folhas são ásperas e só de manga comprida
sua carícia se consente, senão...
coçamos os braços onde levamos as cestas
ou outra qualquer parte onde tenham tocado,
as verdes folhas, apesar do outono.
A sua suave e fresca doçura tem preço.
Cabe-nos pagar ou ir ao mercado comprá-los!
Maria Cepeda
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