A Unidade de AVC de Macedo de Cavaleiros vê-se obrigada a prolongar internamentos por falta de capacidade de resposta da rede de cuidados continuados.
O alerta foi dado pelo Bastonário da Ordem dos Médicos, que considera que o “sistema das Unidades de Convalescença está viciado”.
José Manuel Silva visitou, na passada quarta-feira, a Unidade Hospitalar de Macedo de Cavaleiros e chamou à atenção para a necessidade de melhorar a capacidade de resposta das Unidades de Cuidados Continuados Integrados, para combater os prolongamentos de internamento desnecessários nesta Unidade de AVC.
“Isso, obviamente, tem consequências negativas para os doentes. Muitos deles não conseguem aceder atempadamente a essas unidades. É preciso que o Ministério analise a situação e a corrija”, defende o bastonário.
Camas ocupadas sem necessidade
O coordenador da Unidade de AVC de Macedo de Cavaleiros confirma que há utentes que chegam a ficar uma semana internados, sem necessidade, à espera de vaga nas Unidades de Cuidados Continuados. “Não conseguimos contornar esta situação, porque se não houver vagas nas unidades de convalescença ou de média duração, temos que aguardar, e o doente permanece na unidade de AVC até poder ser transferido”, frisa Jorge Poço.
Segundo este responsável, a capacidade de resposta desta Unidade ronda os 45 por cento, tendo em conta que é a única numa região que está acima da média nacional no que toca a doentes com AVC. O distrito de Bragança regista cerca de 500 casos por ano. “Não pode haver mais camas porque os doentes exigem uma vigilância apertada e nem sempre temos o número de profissionais adequados para isso, nomeadamente médicos. Sabemos que aqui no Interior há sempre falta”, realça o responsável.
Retirado de www.jornalnordeste.com
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