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Iniciamos esta viagem pela aldeia de Vila Boa, no concelho de Vinhais, onde os caretos vestidos com fatos coloridos e disfarçados com uma máscara de madeira são a principal figura do Carnaval.
Mas para que estas personagens endiabradas possam esconder a cara, o artesão Tozé Vale passa horas a fio a esculpir a madeira de castanho. “Vou buscar um tronco, com o mínimo de nós possível. Depois com o formão, com as goivas, com as facas e com a lixa dá-se o acabamento e saem estas peças”, explica.
E não há máscaras iguais. “Vão surgindo peças umas mais engraçadas do que outras, mas eu tento que sejam o mais feias possível, porque uma máscara quanto mais feia é, mais bonita se torna, que é para assustar”, graceja Tozé Vale, que é também responsável pelo grupo de caretos, que tem, actualmente, cerca de 40 elementos de todas as idades.
E para que não faltem máscaras no Carnaval, nesta altura o artesão não tem mãos a medir. “Durante o dia trabalho e à noite dedico-me às máscaras até à meia-noite, uma da manhã”, conta.
(Reportagem completa na edição impressa e pdf. Para ouvir também no programa Terra Batida, que vai para o ar na Rádio Brigantia na próxima quinta-feira, após as notícias das 17:00)
Retirado de www.jornalnordeste.com
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