Saída do helicóptero do INEM de Macedo de Cavaleiros entre os temas em discus
O ministro da Saúde recebe hoje, em Lisboa, dirigentes da Comunidade Intermunicipal (CIM) de Trás-os-Montes, que querem discutir com Paulo Macedo as necessidades e a perda de serviços nesta região.
O presidente da CIM, Américo Pereira, disse à Lusa que a reunião decorre no Ministério da Saúde e foi solicitada pelos autarcas, que preferiam ter Paulo Macedo em Trás-os-Montes para conhecer os problemas, mas vão ter que se deslocar à capital.
As preocupações com a anunciada saída do helicóptero do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) de Macedo de Cavaleiros, o encerramento de serviços e o financiamento da Saúde na região são alguns dos temas que os autarcas pretendem discutir com o ministro e para os quais esperam obter respostas.
Os nove municípios da CIM de Trás-os-Montes (Bragança, Alfândega da Fé, Macedo de Cavaleiros, Miranda do Douro, Mirandela, Mogadouro, Vila Flor, Vimioso e Vinhais) decidiram solicitar este encontro a Paulo Macedo numa reunião no início de janeiro.
A saída da região do helicóptero de emergência médica é um dos temas que centra as preocupações dos autarcas depois de o tribunal ter rejeitado duas providências cautelares para impedir a deslocalização para Vila Real.
O caso continua a ser dirimido nos tribunais e o meio aéreo mantêm-se na região, apesar de o INEM ter anunciado há mais de um ano a intenção de o deslocalizar, o que os autarcas entendem ser uma violação dos acordos com o Ministério da Saúde que garantiam o helicóptero como contrapartida do encerramento dos centros de saúde à noite.
A ameaça da retirada tem sido contestada também em manifestações públicas com o argumento de que o helicóptero é fundamental para salvar vidas na região com maiores carências de meios hospitalares e mais afastada das unidades de saúde de referência.
A necessidade de obras no principal hospital da região, o de Bragança, que “serve o triplo da população para que foi projetado” é outro dos temas da agenda desta reunião, assim como a perda de mais valências nos centros de saúde e hospitais, nomeadamente o encerramento da urgência de Macedo de Cavaleiros.
O presidente da CIM de Trás-os-Montes, Américo Pereira, adiantou também à Lusa que pretende discutir com o governante o problema do subfinanciamento da Unidade Local de Saúde do Nordeste (ULSNE), que necessita de pelo menos mais 15 milhões de euros por ano para prestar os cuidados necessários nos três hospitais e 15 centros de saúde da região.
Lusa
Retirado de www.saude.sapo.pt
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