Decorreu em Bragança, de 11 a 14 de junho, no Centro Cultural Adriano Moreira, o evento "artes e livros", a exemplo de anos anteriores.
Este evento cultural procura fomentar o gosto pelos livros e pela arte nas suas mais diversas vertentes.
Embora o espaço onde decorreu seja de excelência, talvez não atraia a generalidade das pessoas. Julgo ser importante alargar o evento, saindo do espaço confinado do Centro Cultural, trazendo para a rua os livros e outras manifestações culturais.
A utilização, em simultâneo desse espaço e de outro local, que pode bem ser a Praça da Sé, atrairá, eventualmente, mais gente.
Pese embora esta opinião, o evento permitiu o lançamento de, pelo menos vinte livros, na sua maioria de escritores transmontano/durienses mas não só.
Os escritores presentes no evento com novos livros foram: José Eduardo Agualusa, com o seu mais recente romance "A Rainha Ginga"; Antero Neto, com um ensaio sobre o "Farandulo deTó"; Rui Rodrigues, com "Manual de Percussão Tradicional"; Francisco José Lopes, com "Percursos", poesia; Henrique António Pedro, brindou-nos com dois livros de poesia "Mulheres de Amor Inventado" e "Introdução à Eternidade"; António Júlio Andrade e Fernanda Guimarães trouxeram-nos "Jacob (Francisco) Rodrigues Pereira, Cidadão do mundo, Sefardita e Transmontano e Marranos em Trás-os-Montes: Vimioso, Izeda e Quintela de Lampaças (estudo/ensaio"; Carlos Carvalheira, "Contos do Vale da Promissão" (contos); António Afonso, "Efémera Glória d'El Rei sem Trono (A História Atribulada do Tratado de Babe)" (teatro); Paulo Patoleia com "Rostos Transmontanos" (fotografia); António Sá Gué, brindou-nos com o seu último romance "Em Busca do Ser"; Francisco Alves, com um livro de Estórias "Trás-os-Tempos"; Epigmenio Rodriguez, apresentou o seu "El Color de las Hayas", (novela).
No último dia do evento, Manuel Amendoeira trouxe-nos um livro de poesia "As minhas Asas".
A minha querida amiga Teresa Martins Marques com o seu romance "A Mulher que Venceu Don Juan", mostrou toda a sua força.
Amadeu Ferreira apresentou "Segundo Livro de Versos" com o pseudónimo Fonso Roixo e "Língua Mirandesa, Manifesto em forma de Hino/Lhengua Mirandesa, Manifesto a modo de Hino, com o pseudónimo de Francisco Niebro. Devido a problemas de saúde não pode estar presente e fez-se representar pelo seu irmão, Carlos Ferreira.
Júlia Ribeiro, natural do concelho de Torre de Moncorvo, trouxe-nos "Contos no Terreiro ao Luar de Agosto" (contos).
"Abrigos com Pinturas Rupestres de Trás-os-Montes e Alto Douro: Pala Pinta, Penas Róias e Cachão da Rapa" (estudo/ensaio), de Luísa Teixeira encerrou, no que aos livros concerne, o "artes e livros".
A apresentação do documentário "Hirondino da Paixão Fernandes na Primeira Pessoa", realizado pelo cineasta Leonel Brito, encerrou da melhor forma este evento, ao homenagear este grande transmontano, natural do Parâmio. Obrigada Dr. Hirondino pelo seu labor hercúleo de mais de quarenta anos em prol da nossa memória com os dez volumes (já foram publicados nove e o último está em vias de ser concluído) da sua Bibliografia do Distrito de Bragança (BbB).
Convém realçar o importante papel da Câmara de Bragança, assim como, da Academia de Letras de Trás-os-Montes que não se furtaram a esforços para que este fosse um evento de qualidade insuspeita.
Mara e Marcolino Cepeda
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