Em representação de Amadeu Ferreira, Carlos Ferreira apresenta-nos os dois livros do seu irmão não se privando de mostrar toda a emoção que lhe ia na alma. Fez o favor de ler algumas quadras do "Segundo Livro de Versos" em mirandês. Amadeu tem o condão da genialidade. A sua poesia, densa e simples como se fosse fácil, tem o dom de nos balançar como se pequeno barco em oceano tempestuoso, fôramos. Toca-nos com o seu carinho e a sua contagiante simpatia e nunca mais somos os mesmos.
A leitura de alguns excertos do "...Manifesto em modo de Hino" sobre a sua (deles e, obrigatoriamente, nossa) Lhengua Mirandesa, mostrou-nos toda a força das palavras ditadas pela alma, a sua alma. Ninguém como o Amadeu para, através das mais belas e contundentes palavras nos obrigar a tomar consciência deste país de duas línguas. E aqui, Carlos chorou, sentindo toda a força de um homem, seu irmão, e de um povo que nunca deixou de rezar em mirandês, mesmo que às escondidas, obrigando Deus a aprender esta língua/lhengua se, eventualmente, não a sabia.
Mara e Marcolino Cepeda
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