segunda-feira, 23 de junho de 2014

Candura

estender o braço
colher uma nectarina
trincá-la de súbito e sentir
na língua o seu sabor
em mil pequenas gotas...

admirar a cor amarela
da polpa carnuda
morder novamente
sem culpas banais
na boca vermelha

requebros de prazer
na volúpia do beijo
que não se planeia
e entontece de pejo
a doce candura
de um puro desejo

Mara Cepeda







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