Valorizar a lã e
dar a conhecer aos mais novos o ciclo de preparação desta matéria-prima da
região. Este foi o objectivo da iniciativa organizada, este fim-de-semana, pela
associação Aldeia, em Duas Igrejas, no concelho de Miranda do Douro. No
Planalto Mirandês, a pastorícia é uma actividade que ainda se mantém, mas
muitas vezes os pastores não sabem o que fazer à lã que sai das ovelhas. Ana
Miguel explica-nos o processo de transformação da lã desde que sai das ovelhas
até chegar ao tear. Tinha 12 anos quando aprendeu a trabalhar a lã, mas agora
confessa que só trabalha uma vez por festa e é com orgulho que ensina os mais
novos.No ciclo da lã organizado pela associação Aldeia, várias pessoas de Duas
Igrejas juntaram-se na antiga escola primária para ensinar esta arte
antiga.Inês Monterba e Maria de Fátima Cordeiro mostram como se abre a lã
depois de ter sido lavada.De seguida vai para o torno ou para a roca para sair
o fio.Entre os aprendizes encontramos a jovem Ana Ramalho se saiu da zona do
Porto para se instalar em Duas Igrejas. A lã passa depois para o tear. É
no tear que Celeste Peres ensina a fazer mantas, almofadas, cobertas, tapetes
ou as tradicionais capas de honra mirandesas, que são feitas com lã
parda.Antigamente quem tinha um rebanho aproveitava a lã para tecer. Ana Jorge
ajuda os pais na guarda de um rebanho e reconhece que a lã que sai das ovelhas
não está a ser aproveitada. Com esta iniciativa a associação Aldeia
pretende valorizar esta matéria-prima. Isabel Sá, presidente da direcção da
Aldeia, não tem dúvidas que a lã é produto com potencial. O projecto
em causa chama-se “Lhana” e foi lançado por duas jovens empreendedoras.
Escrito por Brigantia
Retirado de www.brigantia.pt
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