No
ano em que comemora os 500 anos de existência, a Santa Casa da Misericórdia de
Bragança (SCMB) apresenta programa repleto de actividades e iniciativas para as
celebrações.
Com
o mote “500 anos a fazer bem”, começaram esta semana e prolongam-se até Dezembro
as comemorações dos 500 anos da SCMB, com actividades abertas à comunidade.
Actualmente
a Santa Casa disponibiliza serviços no apoio a idosos, infância e juventude,
educação, família, deficiência, atendimento e acompanhamento social, acção
social, saúde, cultura e a única casa abrigo da região para vítimas de
violência doméstica. No total conta com cerca de 340 colaboradores que apoiam
mais de 1200 utentes.
Na
passada sexta-feira, o provedor Eleutério Alves indicou que “o momento alto vai
ser em Julho”, mês do aniversário, quando está prevista a presença do
Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.
Além
do dia de aniversário “a semana santa e a semana da saúde serão momentos muito
importantes, mas também os colóquios que se vão fazer mesmo no âmbito da
violência doméstica que é transversal a toda a comunidade”, destaca ainda o
provedor.
No
programa constam diversas palestras, com oradores sobre diferentes assuntos, o
lançamento de livros e exposições sobre os 500 anos da Misericórdia de
Bragança.
Cada
mês do ano vai ser sobre uma das valências, divulgando as práticas e serviços
prestados pela SCMB, como esclareceu Ana Paula Pires, uma das responsáveis pela
organização das actividades.
Janeiro
será dedicado aos idosos, Fevereiro será dedicado à componente de inserção
social, Março à religião, com a organização da “semana santa” e comemorações da
Páscoa. Depois, em Abril, está em destaque a infância, em Maio o desporto e
Junho conta com as jornadas museológicas. Julho é o mês de aniversário, tendo por
isso mais destaque. Agosto dedica-se aos cuidados continuados, em Setembro
estão programados rastreios de saúde para a comunidade, Outubro é o mês da
cultura, Novembro dedicado à luta contra a violência doméstica, nomeadamente a
violência contra as mulheres. Em Dezembro promove-se a inclusão.
O
próximo grande objectivo é a resposta a doentes com problemas mentais
Ainda
a propósito da apresentação do programa comemorativo, Eleutério Alves destacou
que a Santa Casa da Misericórdia é o maior empregador privado do concelho de
Bragança, que “transfere anualmente mais de 4,5 milhões de euros, através dos
recursos humanos que tem ao seu serviço. Significa que tem um peso económico
grande, para além de tudo aquilo que induz a montante da instituição, de outras
empresas que são criadas para responder às necessidades da instituição.”
“O
orçamento de sete milhões e meio de euros por ano, só para vencimentos, mais
quatro milhões e meio por ano de volume de compras a nível comercial e
empresarial, mais a geração de emprego indirectamente em outras empresas”,
pelas relações comerciais com a Santa Casa, “na parte privada somos a entidade
que mais contribui para o desenvolvimento económico da região não só na
promoção de emprego mas no desenvolvimento da sociedade”, acrescentou ainda o
provedor.
Para
o futuro os objectivos SCM Bragança passam por fazer crescer a instituição que
tem um grande impacto no tecido social brigantino e dar resposta às
necessidades da população na área da saúde mental e outros cuidados de saúde.
“Vamos
iniciar mais 500 anos e esperemos que quem vier ao longo desse tempo que
consiga fazer crescer a instituição e também consigam sobretudo fazer com que
as pessoas tenham confiança na instituição. Os desafios têm de ser adaptados de
acordo com a necessidade que a comunidade a cada momento apresenta. Em termos
de desafio, entendemos que é na área da saúde e da saúde mental que os maiores
problemas sociais existem. Estamos já em contactos e vamos a curto prazo
conseguir implementar o programa de saúde mental através de negociações. É uma
área que está mal resolvida aqui no distrito e temos de trabalhar para que quem
precisar de cuidados nessa área possa estar junto da família porque isso é já
meia cura”, referiu Eleutério Alves, mostrando-se disponível para criar,
juntamente com o Estado, soluções para doentes com doenças como a demência.
Escrito
por: Jornalista Débora
Lopes
Retirado de www.jornalnordeste.com
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