Sobrinho Teixeira considera que esta é a medida
“mais eficaz para promover a coesão territorial”.
O
Presidente do Instituto Politécnico de Bragança (IPB) saúda a intenção do
governo de abrir mais vagas nas universidades e politécnicos fora de Lisboa e
do Porto.
Na
passada semana, o Ministro da Ciência e Ensino Superior, Manuel Heitor, disse
que quer reduzir 5% das vagas nas instituições universitárias das duas maiores
cidades do país para levar mais alunos para outras instituições nacionais. Ao
todo são cerca de 1100 alunos que deixam de ter lugar nas academias de Lisboa e
Porto e são distribuídos pelo resto do país.
Para
Sobrinho Teixeira esta é uma decisão “positiva e de coragem”. “É uma medida
muito acertada e uma das formas mais eficazes de promover a coesão
territorial”, frisou, argumentando ainda que “o abandono do interior tem sido
uma constante e é um problema para o país e há que reverter esta tendência”. O
responsável da instituição sustenta que “uma das formas mais importares de
promover a coesão entre o litoral e o interior é através da geração de
conhecimento, do rejuvenescimento da população e ter massa crítica capaz de alicerçar
aquilo que há-de ser o desenvolvimento de cada região”.
Sobrinho
Teixeira acredita que o IPB será uma das instituições beneficiadas pela medida
que pensa ser a melhor forma de distribuir os alunos pelos vários politécnicos
e universidades do país. “Eu diria que este é um mecanismo dos mais eficazes e
que menos ónus financeiro tem para o país para promover a coesão territorial,
quer enquanto presidente do IPB, que irá beneficiar com esta medida, quer pela
visão que Portugal tem de promover a coesão, entendo que é uma das medidas mais
acertadas que este governo poderia tomar”, argumenta.
Apesar
de o IPB não ter registado uma diminuição do número de alunos nos últimos anos,
muito por causa da captação de novos alunos como de estudantes estrangeiros, o
decréscimo de inscrições é a norma nos politécnicos, em particular nos do
interior, e segundo Sobrinho Teixeira as medidas dos últimos anos, como os
números clausus, não têm resultado. “Apesar de há mais de dez anos termos a
limitação do número de vagas, em Lisboa e no Porto, o número de alunos nestas
duas cidades tem aumentado, por outros regimes e por outras vias. O efeito que
se pretendia, que o país não concentrasse os alunos todos nestas duas cidades,
não tem tido reprodução na realidade. Por isso é que me parece que era
necessária uma medida adicional que revertesse esta realidade”, conclui.
A
medida ainda está em discussão, mas o objectivo é que entre em vigor já no
início do próximo ano lectivo.
Escrito
por Jornalista: Olga
Telo Cordeiro
Retirado de www.jornalnordeste.com
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