Tudo
deve ser
como
sempre foi.
Linear.
Não
importa que o dia
se
transfigure em noite.
Lobisomens
há muitos.
Vamos.
É
dia e a caminhada
é
longa e cansativa.
Pega
na tua vontade
e
veste-te.
Isto
não é um deserto,
mas
as almas
estão
quase desertas.
Caminhemos
de mãos dadas
em
busca do que ainda não perdemos.
Tudo
se transforma.
O
tudo é nada.
E
tudo começa assim.
Uma
folha em branco
à
espera.
Se
não nos amássemos,
amar-nos-íamos
à mesma
Sem
lugar nem tempo.
Nasci
para te amar
tu
por mim nasceste
somos
dois e um.
Sou
luz quando falta o verbo.
Desejo-te
na serenidade
que
às vezes vivemos
e
na tempestade
que
sobre nós desaba,
furacão
benigno e passageiro.
Deitemo-nos.
São
horas de descansar
de
mais uma caminhada.
Maria Cepeda
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