OBRAS
ORÇADAS EM CERCA DE "3,5 MILHÕES DE EUROS", NO HOSPITAL DE BRAGANÇA.
O
secretário de Estado Adjunto da Saúde, Fernando Araújo, afirmou que a espera
nas urgências no pico da gripe foi este ano mais reduzida, um resultado
atribuído aos profissionais pelo bastonário dos médicos que reitera a falta de
recursos.
O governante e outros representantes da Saúde
reuniram-se hoje em Bragança para discutir problemas do setor, nomeadamente no
Interior de Portugal e visitar alguns equipamentos locais.
O secretário de Estado mostrou-se "extremamente
bem impressionado" com o que viu no hospital de Bragança, sem macas nos
corredores das urgências, e aproveitou para realçar que a resposta nacional
dada este ano aos habituais picos de afluência às urgências.
"Este inverno, ao contrário de outros no
passado, em termos de resposta de tempos nas urgências (...), tivemos realmente
respostas com muita qualidade e com tempos de resposta em termos de
acessibilidade mais reduzidos do que em anos anteriores", declarou.
O governante atribuiu esta resposta aos planos
locais de reforço, nomeadamente de profissionais, que, afiançou, continuarão
ativos para eventuais novos picos na procura ainda durante este inverno.
Já para o bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel
Guimarães, este resultado deve-se ao esforço dos profissionais de saúde que
"estão a fazer mais trabalho do que aquele que deviam".
O bastonário reiterou que faltam no Serviço Nacional
de Saúde (SNS) "entre quatro a cinco mil médicos, para além de cerca de 30
mil enfermeiros" e voltou a acusar o Ministério das Finanças de estar a
"bloquear" a contratação de novos especialistas por ainda não terem
avançado os concursos prometidos pelo Governo.
O secretário de Estado foi ainda confrontado com as
listas de espera superiores a 180 dias, nomeadamente na região de Bragança em
especialidades como Medicina Física e de Reabilitação.
Fernando Araújo reconheceu que, por vezes, existem
lacunas "num ou noutro local" e "numa ou noutra
especialidade", acrescentando que o Governo está "fortemente
empenhado em reduzir isso".
Uma das medidas que referiu é "o recrutamento e
seleção, num concurso, para cerca de 500 novos médicos especialistas para
reforçar os quadros dos hospitais em todo o país".
"Neste momento estamos a trabalhar com as
Finanças de modo que esse concurso seja uma realidade muito próxima",
afirmou.
O governante referiu ainda os investimentos que
estão a ser feitos para melhorar condições, nomeadamente, as obras orçadas em
cerca de "3,5 milhões de euros", no hospital de Bragança.
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