As nove autarquias que integram a Comunidade Intermunicipal de Trás-os-Montes recusam encerrar mais escolas do 1.º Ciclo. Os municípios receberam a indicação do Ministério da Educação de que os estabelecimentos de ensino que ainda restam com menos de 21 alunos são para encerrar já no próximo ano lectivo.
O presidente da CIM garante que os autarcas não vão acatar esta recomendação do Governo, porque o Governo não assumiu os compromissos em relação às obras. “Ainda não encerraram estas escolas, nem podem encerrar, porque o Governo não cumpriu os compromissos assumidos na área da requalificação dos edifícios para onde possamos transferir essas crianças. É por isso mesmo que estamos preocupados com essa ordem, que naturalmente não vamos cumprir, porque é impossível transferir crianças para edifícios que não oferecem condições”, assegura o presidente da CIM de Trás-os-Montes. Américo Pereira acrescenta, ainda, que há situações em que não é viável encerrar as escolas que já estão a funcionar a título excepcional. “No concelho de Vinhais, por exemplo, há pessoas de várias etnias que se aconselha que em função dessa especificidade que a escola se mantenha aberta”, realça o autarca. Por isso, Américo Pereira entende que esta medida não irá beneficiar as crianças. “Não nos parece que seja uma boa medida nesta altura. A concentração de escolas já deu o que tinha a dar. Já se fez o que se tinha a fazer e acho que é um tema que só serve para desviar as atenções, porque não serve nem para poupar recursos, nem a aprendizagem das crianças”, remata o presidente da CIM.
Escrito por Brigantia
Retirado de www.brigantia.pt
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