Este foi um fim-de-semana onde se fez fumeiro um pouco
por todo o distrito de Bragança. Com o frio e até a neve que pintou alguns
locais, as tradições que convidam a ficar dentro de casa, à lareira, ainda
subsistem no nordeste transmontano. Em Samil, mesmo às portas de Bragança,
encontramos a família Bento para quem, este sábado foi dia de fazer
alheiras.
Logo pela manhã há que por os potes ao lume. No interior
destas panelas de ferro transmontanas está carne de porco e galinha. Uma
tradição que passa de geração em geração. Manuela Bento, tem 30 anos e desde
criança que participa na matança do porco e na preparação do fumeiro. Mas não
dispensa a supervisão da mãe que sabe o segredo dos temperos “Desde sempre que
me lembro de ver fazer fumeiro. Agora ajudo, mas os temperos, é melhor ser a
minha mãe a fazer porque ela é que sabe”, confessa a jovem. Maria do Carmo
Afonso é natural de Travanca, no concelho de Vinhais, onde aprendeu a preparar
chouriços com a mãe, que por sua vez aprendeu com a avó. Aos 62 anos continua a
manter a tradição. Este sábado veio ajudar esta família em Samil a fazer as
alheiras. Os ingredientes utilizados no fumeiro tradicional não variam muito
entre as famílias do nordeste transmontano. “Tem que se preparar as carnes no
dia anterior. No dia das alheiras faz-se o lume, põem-se os potes ao lume com
as carnes, de porco e galinha. Depois leva pão e alho. Sem alho, não seria alheira”,
sublinha Maria do Carmo Afonso. Este é o excerto de uma reportagem sobre a
confecção de fumeiro tradicional no nordeste transmontano que pode ouvir na
íntegra, hoje, aqui na Brigantia, depois das notícias das 17 horas e ler na
edição desta semana do Jornal Nordeste.
Escrito
por Brigantia.
Retirado
de www.brigantia.pt
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