Algumas dezenas pessoas do concelho de Miranda do Douro
concentram-se este domingo na praça do município para protestar contra o
encerramento de serviços públicos naquele concelho e chamar atenção do Governo
para a interioridade.
"Parece que Portugal é Lisboa e o resto é paisagem.
Aqui só somos iguais para pagar impostos e depois é tirar o pouco que nós
temos. Eles [Governo] não têm a noção do que é este concelho e muito menos o
que é distrito de Bragança, já que nos estão tirar serviços públicos todos os
dias", disse José Mesquita, um dos manifestantes presentes na ação
reivindicativa.
No meio dos populares que aderiram à chamada, estavam
alguns dos eleitos para órgãos autárquicos do concelho empunhando bandeiras
espanholas em sinal "de repúdio pelo esvaziamento do interior de serviço
públicos".
Os manifestantes empunhavam cartazes onde figuravam
algumas palavras de ordem mostrando o "descontentamento" pelo
encerramento de diversos serviços públicos no concelho como escolas, Serviço de
Atendimento Permanente do Centro de Saúde, o possível encerramento do Tribunal,
repartição de Finanças e os serviços da Segurança Social.
A anunciada retirada do helicóptero do INEM de Macedo de
Cavaleiros foi uma das questões referidas, já que a deslocação para aeronave
para Vila Real afasta Miranda do Douro do seu raio de ação.
Apesar de serem apenas algumas dezenas de manifestantes,
os avisos ao Governo não faltaram e os manifestantes prometeram que este dia
será o primeiro de uma série de ações programadas contra o encerramento dos
serviços públicos.
Cortes de estrada, com incidências nas duas vias que
ligam a região do Planalto Mirandês com Espanha e o resto da Europa, ou ações
junto das centrais hidrelétricas de Miranda e Picote não estão colocadas de
lado, segundo muitos dos manifestantes.
Retirado de www.rba.pt
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