O património
religioso e arqueológico do Vale do Tua está a ser alvo de requalificação no
âmbito das medidas compensatórias do Aproveitamento Hidroeléctrico de
Foz Tua (AHFT).
São ao todo oito os edifícios sujeitos a empreitadas, dos
cinco concelhos em que vai ficar situada a albufeira da barragem de Foz Tua em
construção. No concelho de Mirandela, as obras nas igrejas de Avantos, Abambres
e Guide já se iniciaram. Em Carrazeda de Ansiães será intervencionada a Igreja
da Lavandeira, ao passo que em Vila Flor será contemplado o Cabeço da Mina. A
Capela da Senhora da Lapa e o Santuário do Senhor de Perafita, em Alijó, e a
Capela da Misericórdia, em Murça, vão ser igualmente requalificados. O projecto
de recuperação destes imóveis com valor patrimonial tem um orçamento que
ascende a 1 milhão e 580 mil euros, sendo uma parceria da Direção Regional de
Cultura do Norte (DRCN) e da Agência de Desenvolvimento Regionaldo Vale do Tua
(ADRVT), com o financiamento da EDP. Miguel Rodrigues, director dos Serviços de
Bens Culturais da Direção Regional de Cultura do Norte, sublinha que “a
recuperação tem por objectivo a preservação do património, mas também a sua
valorização e a disponibilização ao público. São monumentos de valor
excepcional e que tem o objectivo de contribuir para a economia regional, no
sentido de atrair visitantes. É um património todo ele classificado e que
importava preservar”. Em Vila Flor, no caso do Cabeço da Mina, para além da
conservação do sítio arqueológico, trata-se ainda de equipar o respectivo
centro interpretativo, já construído. “Sendo um sítio arqueológico da época
calcolítica, de há cerca de 5 mil anos, é necessário haver esta mediação entre
o visitante e as peças, para que seja entendido o seu significado, e seja uma
mais-valia para o concelho”, explica Miguel Rodrigues. Algumas intervenções já
se iniciaram e as restantes vão decorrer ao longo do ano, tendo sido feito um
estudo prévio de levantamento diagnóstico, em colaboração com as faculdades de
Letras e de Engenharia da Universidade do Porto.
Escrito
por Brigantia.
Retirado de www.brigantia.pt
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