O
ministério do fomento espanhol anunciou sábado que aprovou o projecto da
auto-estrada “del Duero”.
O
projecto para a construção da auto-estrada entre a capital zamorana e
Quintanilha está agora em consulta pública durante um mês.
O
ministério da economia espanhol desbloqueou os trâmites necessários para a
construção da auto-estrada A11, entre Zamora e a fronteira com Portugal, junto
a Quintanilha.
Esta
é a última fase do processo que levará à execução do projecto para a construção
da auto-estrada, alternativa à estrada nacional 122.
O
governo espanhol anunciou dia 25 de Fevereiro que aprova “provisoriamente” o
documento técnico de “actualização do procedimento de avaliação ambiental da
A-11, no troço Zamora-Fronteira portuguesa”, que inclui o estudo de impacto
ambiental, de forma a colocá-lo em consulta pública, por um período de 30 dias.
Trata-se
de uma extensão de 71,4 quilómetros e o custo estimado das obras ascende a 328
milhões de euros. A proposta divide-se em quatro projectos de traçado e
construção: entre Zamora e Ricobayo, daqui até Fonfría, entre Fonfría e Alcañices
e daqui até à fronteira.
O
projecto compreende o itinerário da estrada N122, entre Zamora e Portugal, cujo
traçado terá duas faixas de rodagem em cada sentido. O projecto que segue as
indicações do estudo de impacto ambiental prevê a redução do número de
viadutos. Outra das alterações deste novo plano é que se mudou para sul a
variante a Alcanices, para evitar a intrusão visual no núcleo urbano. Para além
disso, o ministério da economia informa que no troço final, aproveita-se a
variante da estrada nacional 122 de San Martín del Pedroso, evitando-se desta
forma a construção de um túnel anteriormente previsto, para não colidir com o
castro do Monte Pedroso, declarado bem de interesse cultural.
O
presidente do município de Bragança, Hernâni Dias, já se congratulou com esta
notícia. “Está cada vez mais próximo esta concretização que há muito tempo é
ansiada pelo lado português e espanhol”, sublinhou.
Ao
mesmo tempo frisa que esta resolução “só peca por tardia”, já que a A4
estende-se até à fronteira e Portugal concluiu a ponte internacional para
permitir a continuação da ligação a Espanha.
Para
além disso alerta que esta “não é uma obra para começar amanhã, terá agora que
seguir toda a tramitação normal” e que “nesta fase ainda não há garantia de
financiamento da obra, não foram ainda disponibilizados os mais de 300 milhões
que custa a obra para ser concretizada”. No entanto mostra-se satisfeito por
este “último passo” que há tantos anos era pedido. “É o passo que faltava para
que a obra possa avançar num período mais curto”, referiu o autarca de
Bragança.
O
presidente do município explicou ainda que depois de finalizado este processo,
o governo espanhol tem dois anos para desenvolver o projecto e começar as
obras.
O
autarca considera que esta solução não é incompatível com a melhoria da ligação
Bragança-Puebla de Sanábria.
“Temos
vindo a lutar por esta ligação e esta notícia agora só nos pode dar ainda mais
força para que avançando uma possa avançar também a outra. Sob o ponto de vista
estratégico tão importante é uma como a outra. Ambas são importantes, uma para
um lado, a outra para o outro”, sublinha ainda.
Escrito por: Jornalista Olga
Telo Cordeiro
Retirado de www.jornalnordeste.com
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