Espaço do Núcleo Museológico de Bragança do
Museu Nacional Ferroviário está encerrado há mais de uma década mas poderá
abrir portas, depois de ser intervencionado.
Há
mais de uma década que os armazéns que serviam de abrigo às carruagens da
estação terminal da Linha do Tua, em Bragança, estão encerrados, escondendo dos
olhares mais atentos uma colecção de inegável valor patrimonial e histórico.
Mas, de acordo com o município de Bragança, estas peças poderão vir a ser
visitadas em breve.
A
requalificação do Núcleo Museológico de Bragança está a ser preparada em
conjunto com a Fundação Museu Nacional Ferroviário.
A
autarquia quer investir cerca de 500 mil euros na requalificação do Núcleo
Museológico, de forma a permitir abrir as portas ao público.
O
presidente do Município de Bragança, Hernâni Dias, explica que a intervenção se
insere no Plano de Estratégico de Desenvolvimento Urbano (PEDU) e garante que
as obras avançar em breve. “Estamos, neste momento, a finalizar o projecto.
Tínhamos outro que, entretanto, teve de ser reajustado. Tomamos a opção de
aplicar algum do dinheiro do PEDU na reactivação daquela secção museológica.
Após a conclusão do projecto, será lançado o procedimento concursal para poder
adjudicar as obras”, revelou o autarca.
O
objectivo é atrair visitantes ao núcleo museológico. O autarca admite que o
espaço tem estado encerrado e desorganizado. “Nesta altura o espaço não tem
qualquer tipo de visitação, está tudo desorganizado e atulhado no mesmo espaço.
O objectivo é dar-lhe uma disposição que permita que as pessoas apreciem a
qualidade das peças do museu”, acrescentou Hernâni Dias.
A
requalificação do Núcleo Museológico de Bragança está a ser preparada em
conjunto com a Fundação Museu Nacional Ferroviário. A gestora de projectos
desta fundação,
Maria
José Teixeira, refere que objectivo é valorizar as potencialidades da colecção
disponível e da localização do edifício, sendo para isso necessário ampliar o
espaço e dotá-lo das exigências de um museu dos dias de hoje. “Será criada uma
estrutura que vai permitir aos visitantes ter, a partir do exterior do
edifício, uma antevisão da colecção que estará exposta. Será também feito um
investimento em conteúdos multimédia e vamos proceder à limpeza de toda a
colecção. A colecção de Bragança mantém-se mas podem ser acrescentadas novas
peças que possam enriquecê-la”, revelou a responsável.
Maria
José Teixeira acrescenta ainda que “a colecção que actualmente está em Bragança
é excelente, representativa da zona, tem locomotivas a vapor de inegável valor,
carruagens representativas do nosso património e está tudo em excelente
estado”.
Escrito pela Jornalista: Sara
Geraldes
Retirado de www.jornalnordeste.com
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