Iniciativa
partiu da Associação Rionor que quer apresentar proposta de gestão dos parques
naturais, resultante dos Conselhos Raianos.
Alguns
agricultores do concelho de Bragança e representantes da associação Rionor vão
reunir-se com a secretária de Estado do Ordenamento do Território e de
Conservação da Natureza, no próximo dia 11.
O
objectivo é apresentar uma proposta que saiu dos conselhos raianos, realizados
em Portugal e Espanha pelo Movimento DART, que depois se transformou na
Associação Rionor, no sentido de criar um conselho de avaliação da gestão dos
parques naturais.
O
grupo de professores, investigadores, agricultores e, sobretudo, interessados
na defesa dos interesses dos transmontanos, pretendeu com estes conselhos
debater as dificuldades para a actividade agrícola e florestal que advêm da
actual gestão nas áreas protegidas e propor soluções. Objectivos que continuam
a pautar a actividade da Rionor. Foi nesse sentido, que surgiu a ideia de
reunir com a secretária de Estado. “Queremos ver qual é a concordância ou não
com uma proposta que é a criação do Conselho de Avaliação dos Parques Naturais,
porque se criou uma situação de grande injustiça, como as penalizações por
limpar caminhos e outras questões. Vamos transmitir-lhe estas dificuldades
todas dos agricultores no terreno”, explicou Francisco Alves, um dos membros da
Rionor.
A
associação defende uma mudança na gestão destas áreas protegidas para estancar
o despovoamento.“Há que haver um novo ordenamento à luz de um novo paradigma,
as pessoas falam muito de conservar a natureza à base de multas, de força, mas
não falam no diálogo com as populações. Peritos ambientais disseram que se não
resolvermos o problema do despovoamento e da revitalização económica não há
conservação da natureza, todo o património ambiental vai perder-se, os
incêndios vão devastar tudo e o património cultural vai perder-se como se está
a perder irremediavelmente”, sustentou.
Da
lista de problemas denunciados por quem vive na área dos parques naturais,
constam os prejuízos provocados por animais selvagens. “Só a título de exemplo
mandamos uma lista, recolhida por agricultores de França, Portelo e Montesinho,
de prejuízos nos castanheiros, vinhas e pomares estimados de130 mil euros”,
destacou Francisco Alves. A associação Rionor, sedeada no concelho de Bragança,
e alguns agricultores de aldeias que integram o Parque Natural de Montesinho
vão aproveitar a reunião com a secretária de Estado do Ordenamento do
Território para entregar um abaixo-assinado que pede a criação de um conselho
de avaliação da gestão dos parques naturais. O documento conta já com mais de
700 assinaturas.
Por: Jornalista Olga Telo
Cordeiro
Retirado de www.jornalnordeste.com
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