A
classificação do Castelo de Mouros pretende valorizar e levar à preservação do
espaço.
O
povoado fortificado de Vilarinho dos Galegos, no concelho de Mogadouro, está em
processo de classificação como sítio de interesse público, na área do
património cultural.
O
chamado Castelo de Mouros, sobranceiro ao rio Douro é um castro defendido por
um fosso e campos de pedras fincadas. A sua ocupação terá ocorrido durante o
séc. II antes de Cristo e durante a romanização. O local que remonta à Idade do
Ferro (era pré-romana) foi alvo de escavações e sondagens arqueológicas entre
2011 e 2015. De acordo com a equipa de investigadores da Universidade do Minho
encarregue das escavações e estudos, a antiga fortificação tinha como função
defender um enorme povoado existente no local.
“Ao
terminarmos o seu estudo e a valorização do Castelo de Mouros e dado o
reconhecimento do seu valor científico considerou-se necessário e de grande
interesse para o município a salvaguarda deste arqueossítio, tendo o processo
sido desencadeado em 2014”, explicou ao jornal Nordeste a vereadora da cultura
e turismo do Município de Mogadouro, Virgínia Vieira.
O
objectivo com o processo de classificação, pedido pelo município à
Direção-Geral do Património Cultural e que agora foi aberto, é valorizar e
preservar o local, sendo o objectivo principal torna-lo visitável. Os trabalhos
de valorização deverão incidir na consolidação de estruturas, limpeza do local,
melhoria de acessos e instalação de painéis informativos.
Assim,
a classificação do sítio arqueológico vai também possibilitar a realização de
uma candidatura a fundos comunitários para a consolidação e valorização do
espaço.
“Perante
a necessidade de valorização, a classificação vai-nos permitir levar a uma
candidatura a fundos comunitários. Queremos consolidar os muros e queremos pôr
o local visitável e para isso, temos de ter sinalização e descrição do local”,
adiantou.
A
abertura do processo de classificação do povoado fortificado de Vilarinho dos
Galegos foi publicada em Diário da República a 20 de Dezembro de 2016. Este
povoado da idade do ferro faz parte da Rota dos Castros e Berrões, que inclui
ainda edificações semelhantes de Mogadouro, Miranda do Douro, Penafiel,
Salamanca e Ávila.
No
concelho de Mogadouro, um processo semelhante tinha já acontecido com o castelo
de Oleiros, entre Urrós e Bemposta, que acabou por ser classificado como
património de interesse público em 1990.
Por: Jornalista Olga Telo
Cordeiro
Retirado de www.jornalnordeste.com
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