sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Saudade

de ti que cantas nas pedras do rio
da água que corre ligeira
e nunca é a mesma
e é sempre igual

das palavras que calo
das palavras loucas que digo
no ato mesmo de as dizer
do não conseguir
do não querer

do passarinhar insensato das crianças
que correm sem medo pela rua abaixo
dos pássaros que voam assustados
com o chilreio de risos e gritos
que alegremente me fazem ser

que saudade do azul tão azul
que habita o céu que me viu nascer
manhãs frescas como ondas
num mar que sempre foi meu

Mara Cepeda

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