O presidente da CIM Terras de Trás-os-Montes, Américo
Pereira, critica o centralismo no processo de gestão da água, afirmando que a
sede da empresa Águas do Norte, em Vila Real, funcionará apenas no papel.
“Não tenho dúvidas que o centro de decisão é Lisboa. Vila
Real é apenas para manter a aparência. Vivemos no país onde Lisboa manda cada
vez mais. Esta não passa de uma sede no papel”, acusa. Esta semana, o Ministro
do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia garantiu que a sede da empresa
Águas do Norte fica em Vila Real, caindo assim por terra a possibilidade de
ficar em Bragança, que chegou a ser equacionada. Uma localização criticada por
Américo Pereira. “Bragança está sempre a perder e vai continuar a perder. A
política do governo tem sido empobrecer os territórios de baixa densidade
populacional”, frisa ainda. A apesar de se esperar que a reforma do sector das
águas se traduza numa poupança nas regiões do interior, o presidente da CIM
adverte que a redução do preço pode se não se repercutir na factura dos
consumidores. “A reforma em alta, a junção dos vários sistemas, em teoria pode
trazer alguns benefícios, mas as pessoas que não pensem que tem como
consequência uma baixa no custo da água. A água vai baixar para as câmaras
municipais que a compram. Mas as autarquias estão elas ou quase todas a
praticar pelos sociais, e estão a vender às populações abaixo do preço que
deveriam vender e portanto não têm grande margens para baixar o preço”, frisa o
responsável. A reforma do sector da água deve entrar em vigor em Julho.
Escrito
por Brigantia.
Retirado
de www.brigantia.pt
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