Foi hoje assinado o protocolo de criação de uma Unidade
de Cuidados Paliativos Domiciliários da Terra Fria, que há cerca de um mês leva
cuidados de saúde de proximidade a pacientes com doenças incuráveis nos
concelhos de Bragança, Vinhais e Macedo de Cavaleiros.
O projecto representa o alargamento de um serviço
pioneiro a nível nacional, que começou em 2009, no Planalto Mirandês. António
Marçôa, presidente do conselho de administração da Unidade Local de Saúde
Nordeste (ULSN), afirma que esta é uma forma de adaptar os cuidados de saúde às
características da população da região, vindo colmatar uma área mais
negligenciada. “Se temos uma população que é muito envelhecida e está dispersa
por um território de grande superfície ressalta que há um determinado tipo de
cuidados que nós até agora estaríamos eventualmente a descurar, que é o
acompanhamento dos doentes dos cuidados paliativos”, refere o responsável. Um
projecto semelhante será também criado em Alfândega da Fé, sendo o objectivo
cobrir toda a região com os cuidados paliativos domiciliários. O Secretário de
Estado da Saúde, Manuel Teixeira, considera que este é um exemplo para todo o
país. “Nós estamos aqui a fazer aquilo que o resto do país tem de fazer,
aumentar os cuidados paliativos, mas de proximidade, de tal maneira que as
pessoas em final de vida com doença incurável e os seus familiares tenham todo
o apoio possível”, sustenta o governante. O projecto terá um financiamento de
cerca de 400 mil euros durante três anos, contando com uma comparticipação da
Gulbenkian e apoios da ULS do Nordeste e por parte das três autarquias
abrangidas. Também hoje foi reaberto o quarto piso da Unidade Hospitalar de
Bragança. Esta zona do hospital estava em processo de remodelação há três anos,
depois de ter sido encerrada na sequência de casos de legionela. O piso
renovado vai agora acolher o serviço de medicina interna que até agora
funcionava num edifício exterior ao próprio hospital, o que, de acordo com o
responsável, “levanta logo problemas quer de eficiência quer de conforto dos
utentes, que, para qualquer meio complementar de diagnóstico, tinham de
deslocar-se do pavilhão para o hospital”. “Aproveitámos uma ameaça, que foi o
problema com a legionela, e o encerramento necessário, para investir no quarto
piso”, afirma António Marçôa. Para além de melhores condições, o serviço pode
contar agora com quartos de isolamento. As novas instalações foram reabilitadas
maioritariamente com recursos da ULSN.
Escrito
por Brigantia.
Retirado
de www.brigantia.pt
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