segunda-feira, 7 de julho de 2014

Na aldeia de Uva ainda se aprende a trabalhar a madeira à moda antiga

Um grupo de jovens aprendeu este fim-de-semana a arte de trabalhar a madeira à moda antiga. São cada vez menos os carpinteiros que não recorrem às máquinas, mas na aldeia de Uva, no concelho de Vimioso, Moisés Fernandes faz questão de transformar pedaços de madeira em peças únicas só com recurso à força de braços e às ferramentas tradicionais. 
E é precisamente a forma de trabalhar que aprendeu com o seu pai que faz questão de ensinar aos mais novos que o procuram. Moisés Fernandes faz questão de ensinar aos mais novos a arte tal e qual como o seu pai lhe ensinou. É na oficina do irmão, com quem partilhava o espaço, que Moisés recebe os jovens que querem aprender carpintaria tradicional. “Já não há mais ninguém que saiba esta arte. Os jovens nem sabem nem querem”, confessa. São cada vez menos é certo, mas este fim-de-semana alguns jovens participaram no workshop organizado pela associação Palombar para não deixar morrer as tradições do Nordeste Transmontano. Esta foi uma experiência única para quem veio de longe e valoriza as artes tradicionais. “Sou francês e estou a aqui par aprender a trabalhar a madeira”, referiu um dos participantes. “Eu gostava de trabalhar na área da silvicultura e agroflorestal. A madeira vende a floresta, por isso aprender a trabalhar a madeira é importante”, acrescenta outro participante. As peças em madeira feitas neste workshop vão agora ser utilizadas na recuperação de edifícios tradicionais. O presidente da Palombar, Nuno Martins, assegura que o material utilizado na recuperação de pombais, fornos e forjas é feito à moda antiga. O único carpinteiro que resiste em Uva foi um dos mestres deste grupo de jovens, que aprendeu as técnicas que lhes permitem fazer trabalhos em madeira como antigamente.

Escrito por Brigantia
Retirado de www.brigantia.pt

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