O concelho raiano de Freixo de Espada à Cinta está a
desenvolver estratégias destinadas a atrair os vizinhos espanhóis para a
descoberta de um território que aposta na sua história, na gastronomia e nas
belezas naturais.
Do outro lado do rio Douro, a escassos sete quilómetros da sede de concelho, está o potencial mercado da província de Salamanca, que segundo números do Instituto de Estatística espanhol, tem cerca de 432 mil habitantes, que Freixo de Espada à Cinta quer cativar.
Do outro lado do rio Douro, a escassos sete quilómetros da sede de concelho, está o potencial mercado da província de Salamanca, que segundo números do Instituto de Estatística espanhol, tem cerca de 432 mil habitantes, que Freixo de Espada à Cinta quer cativar.
"O nosso concelho tem que ir ao encontro do mercado
do turismo espanhol: está próximo e tem gente que gosta de circular. Tem também
a proximidade geográfica, que poderá potenciar uma estratégica económica para o
nosso território", explicou a autarca de Freixo de Espada à Cinta, Maria
do Céu Quintas.
Nos últimos nove meses, a Câmara de Freixo de Espada à
Cinta tem apostado em certames de forma a "rentabilizar a lei da oferta e
da procura", destacando iniciativas como o Sopas e Merendas, Feira
Transfronteiriça do Douro e Águeda e as Jornadas do Bacalhau.
E, apesar de o turismo gastronómico e os produtos
endógenos serem "grandes embaixadores da região", a autarca refere
que "é preciso ir mais além do cliché que liga os escritores Guerra
Junqueiro a Miguel Unamuno", um referencial na literatura ibérica.
"Em Salamanca já se fala de Freixo de Espada à
Cinta, o que prova que o trabalho a ser desenvolvido mostra boas consequências
na promoção do território", acrescenta Maria do Céu Quintas.
Nas ruas da vila mais manuelina de Portugal já é possível
ouvir falar com regularidade o castelhano, com os espanhóis a renderem-se aos
produtos reginais e, claro, ao bacalhau.
"Venho de um povoado próximo de Salamanca para comer
bacalhau. É um prato que aprecio e aqui tem outro sabor", diz, à saída de
um restaurante da vila, a turista espanhola Conchita Hernandéz.
Há, entretanto, outros motivos de atração como a praia
fluvial da Congida e os passeios nas embarcações propriedade da sociedade
luso-espanhola Congida-La Barca, que junta os municípios de Freixo de Espada à
Cinta e Vilvestre.
Segundo números avançadas pelo município de Freixo de
Espada à Cinta, só no período compreendido entre fevereiro e maio já viajaram
naquelas embarcações cerca de 1.100 pessoas, "na sua esmagadora maioria
espanhóis".
Municípios fronteiriços como Vilvestre, Barruecopardo,
Hinojosa del Duero ou Vitugudino são algumas da localidades com quem o concelho
nordestino mantém relações de proximidade, permitindo assim um melhor acesso ao
"apetecível mercado" turístico da região de Salamanca.
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