sábado, 25 de fevereiro de 2012

Biografia 2: Dr. Hirondino da Paixão Fernandes

FERNANDES, Hirondino da Paixão, Parâmio, 1931. 06. 07
Dizem as pessoas (lá do burgo, que outras haveriam de ser!) e rezam as crónicas (os livros de registo paroquial e civil, que outros haveriam, também, de ser!), que nasceu, como se disse, no Parâmio, pelas 9h da manhã, no ano, mês e dia indicados.
E pelo Parâmio se quedou (para onde é que haveria de ir!), jogando a porca, ou brincadeira que a valha, até que entrou para a escola primária, já um tudo-nada tarde, porque tinha a “trave” - ainda recorda a intervenção (cirúrgica), no cimo das escaleiras da casa, com uma vulgaríssima tesoura de costura, “samumbém” enferrujada e “Roma”, mas esterilizada... com algum "bucho" de aguardente).
Feito o exame de admissão aos liceus (1943), matricula-se no Liceu Nacional de Emídio Garcia (Bragança), que termina em 1950, com, viva o velho!, 13 valores.
Neste último ano, na qualidade de Presidente da Academia, e obviamente que em consoI1ância com os restantes membros da Comissão, não deixa que os festejos comemorativos do 1º de Dezembro corram sob o signo da MP (como pela primeira vez se queria que acontecesse), o que lhe valeu (e aos mais, como é evidente) ver-se sem a tradicional companhia dos democráticos senhores reitor e professores (nem um, para amostra!) no cortejo e récita de gala.
Virá, mais tarde, a ser delegado distrital desta MP! Imponderáveis do destino, ou talvez não, tudo dependendo do conceito que desta mesma MP se queira fazer.
É ainda, neste ano de 1949/1950, a mola real da fundação do jornal escolar "Alvorada".
Depois (1951) é a Universidade, de que é supérfluo falar - um curso (Filologia Românica) que se lhe veio a revelar, cada vez mais, incolor, inodoro, insípido [mas não cristalino como é, ainda, alguma (pouca) água], não tanto por culpa dos Mestres (de vários, entenda-se) quanto por erro seu, se não mais ainda de um sistema que, demasiado cedo, o forçou a optar pela alínea a) do art° 5° do decreto-lei nº 36507.
Na impossibilidade de voltar atrás e tentar novo rumo, lá foi seguindo, de longe em longe participando, para suavizar, numa "troupe", e no último ano, na organização da Queima das Fitas (comissão da Garraiada), afora umas aulas de Hebraico (infelizmente por completo esquecido) ou de Espanhol (curso livre que lhe valeu uma "beca" para um inesquecível (pelos Mestres, pelos companheiros, pela praia, pela visita a Altamira...) mês na Universidad Internacional de Menendez Pelayo (Santander, Espanha).
Por portaria de 1956. 12. 21 ("DG", 2a s., 8, de 1957. 01. 10) é nomeado professor provisório do 8° Grupo, 2. o grau, da Escola Industrial e Comercial de Leiria, cujo Conselho Escolar, no final do ano, em reunião de 1957. 07. 18, "deliberou, por unanimidade, exarar em acta um voto de louvor pelos prestimosos e desinteressados serviços que (...) prestou à Escola, nomeadamente os que se referem ao arranjo e organização da Biblioteca, além dos bons serviços docentes demonstrados" (comunicação de 1957. 07. 26, proc. 152-P, nO 628, 10 4).
No ano seguinte, em 1957. 10. 10, inicia, como professor provisório, a sua actividade docente (que se prolongará, quase ininterruptamente, até 1974) na Escola Industrial e Comercial de Bragança ("DG", de 1957. 12. 13), onde funda, em 1959, o jornal (mais tarde boletim) "Presença". Redacção e propriedade do Centro Escolar nº 1 da MP, é, porém, HF o seu único responsável, inclusive no campo financeiro, pelo menos durante alguns números. (Ver carta do seu primeiro director, na edição de Março, 1965, ano 8, n.o 2). Por portaria de 1961. 09. 26 é nomeado para prestar serviço eventual do 2. ° Grupo no Liceu Nacional Emídio Garcia (Bragança).
Face, porém, a compromisso oral anteriormente assumido perante o director da Escola Industrial e Comercial da mesma cidade não aceita (patetices que nunca lhe valeram nada na vida!) aquele lugar, certo, embora, de vir a receber, nestoutro, um vencimento injustificadamente bem inferior.
Licencia-se em Novembro de 1961 em Filologia Românica (DC, com 13 valores), iniciando em 1962. 10.01, na Escola Industrial e Comercial Brotero (Coimbra) ("DG", 1963. 06. 20) o estágio para professor do 80 Grupo-B, que conclui em 1964, com 15,3 valores.
Em 1964.09.04 toma posse do cargo de director da Escola Industrial e Comercial de Bragança, para que fora nomeado por portaria de 1964. 08. 06, visada pelo Tribunal de Contas em 1964. 08. 28 (":MB", 1964. 09. 04), e em 1965. 06. 15 do lugar de professor efectivo da Escola Técnica de Mirandela, para que fora nomeado por portaria de 1965. 05. 21, publicada no "DG", 23 s., 140, daquela data.
Em 1965 é eleito deputado à IX legislatura da AN, e em 1966. 06. 07 toma posse do lugar de professor efectivo da Escola Industrial e Comercial de Bragança ("DG", 1966. 06. 07).
Neste mesmo ano é nomeado sócio efectivo da Sociedade Portuguesa de Antropologia e Etnologia da UP ("TAE", 21: 396. Porto, 1969); em 1968. 03. 15 toma posse do cargo de delegado distrital de Bragança da MP, e em 1969. 09. 22 do lugar de professor efectivo do 80 Grupo da Escola Industrial e Comercial Brotero (Coimbra).
Participa, em Outubro de 1967, no Curso de Aperfeiçoamento e Actualização para professores de Francês (Escola Comercial Ferreira Borges, Lisboa); em Abril de 1970, no I Encontro dos Professores do Ensino Superior e Secundário de Língua e Literatura Portuguesas (FL da DC); e em Outubro deste mesmo ano, em novo Curso de Aperfeiçoamento e Actualização pata Professores de Francês (igualmente na Escola Ferreira Borges, Lisboa).
Em 1971 é convidado para inspector-adjunto da Inspecção Provincial de Educação de Moçambique, cargo que declina; em 1972 faz parte, por Bragança, do Grupo de Trabalho para o Turismo da Comissão de Planeamento da Região Norte (Comissão de Planeamento da Região Norte, "No Alvorecer do Desenvolvimento Regional", Porto); e em 1973. 08, de colaboração com Eduardo Carvalho, organiza a I Exposição Bibliográfica do Distrito de Bragança, patrocinada pela Junta Distrital e Câmara Municipal de Bragança. Cessa as funções de director da Escola Industrial e Comercial de Bragança em 1974. 08. 13, regressando a Coimbra, por dispensa da sua nomeação de membro do Conselho Directivo da Escola de Bragança, para que, entretanto, fora eleito. Em 1984 participa no li Encontro de Escritores e Jornalistas de Trás-os-Montes, realizado em Bragança, com a comunicação "Bibliografia do Distrito de Escola Secundária de Avelar Brotero; e por despacho de Sua Excelência serviços que (...) prestou à Escola, nomeadamente os que se referem ao arranjo e organização da Biblioteca, além dos bons serviços docentes demonstrados" (comunicação de 1957. 07. 26, proc. 152-P, nº 628, 10 4).
No ano seguinte, em 1957. 10. 10, inicia, como professor provisório, a sua actividade docente (que se prolongará, quase ininterruptamente, até 1974) na Escola Industrial e Comercial de Bragança ("DG", de 1957. 12. 13), onde funda, em 1959, o jornal (mais tarde boletim) "Presença". Redacção e propriedade do Centro Escolar nº 1 da MP, é, porém, HF o seu único responsável, inclusive no campo financeiro, pelo menos durante alguns números. (Ver carta do seu primeiro director, na edição de Março, 1965, ano 8, nº 2).
Por portaria de 1961. 09. 26 é nomeado para prestar serviço eventual do 2. ° Grupo no Liceu Nacional Emídio Garcia (Bragança).
Face, porém, a compromisso oral anteriormente assumido perante o director da Escola Industrial e Comercial da mesma cidade não aceita (patetices que nunca lhe valeram nada na vida!) aquele lugar, certo, embora, de vir a receber, nestoutro, um vencimento injustificadamente bem inferior.
Licencia-se em Novembro de 1961 em Filologia Românica (DC, com 13 valores), iniciando em 1962. 10.01, na Escola Industrial e Comercial Brotero (Coimbra) ("DG", 1963. 06. 20) o estágio para professor do 80 Grupo-B, que conclui em 1964, com 15,3 valores.
Em 1964.09.04 toma posse do cargo de director da Escola Industrial e Comercial de Bragança, para que fora nomeado por portaria de 1964. 08. 06, visada pelo Tribunal de Contas em 1964. 08. 28 (":MB", 1964. 09. 04), e em 1965. 06. 15 do lugar de professor efectivo da Escola Técnica de Mirandela, para que fora nomeado por portaria de 1965. 05. 21, publicada no "DG", 23 s., 140, daquela data.
Em 1965 é eleito deputado à IX legislatura da AN, e em 1966. 06. 07.
Toma posse do lugar de professor efectivo da Escola Industrial e Comercial de Bragança ("DG", 1966. 06. 07). Neste mesmo ano é nomeado sócio efectivo da Sociedade Portuguesa de Antropologia e Etnologia da UP ("TAE", 21: 396. Porto, 1969); em 1968. 03. 15 toma posse do cargo de delegado distrital de Bragança da MP, e em 1969. 09. 22 do lugar de professor efectivo do 80 Grupo da Escola Industrial e Comercial Brotero (Coimbra).
Participa, em Outubro de 1967, no Curso de Aperfeiçoamento e Actualização para professores de Francês (Escola Comercial Ferreira Borges, Lisboa); em Abril de 1970, no I Encontro dos Professores do Ensino Superior e Secundário de Língua e Literatura Portuguesas (FL da DC); e em Outubro deste mesmo ano, em novo Curso de Aperfeiçoamento e Actualização pata Professores de Francês (igualmente na Escola Ferreira Borges, Lisboa).
Em 1971 é convidado para inspector-adjunto da Inspecção Provincial de Educação de Moçambique, cargo que declina; em 1972 faz parte, por Bragança, do Grupo de Trabalho para o Turismo da Comissão de Planeamento da Região Norte (Comissão de Planeamento da Região Norte, "No Alvorecer do Desenvolvimento Regional", Porto); e em 1973. 08, de colaboração com Eduardo Carvalho, organiza a I Exposição Bibliográfica do Distrito de Bragança, patrocinada pela Junta Distrital e Câmara Municipal de Bragança.
Cessa as funções de director da Escola Industrial e Comercial de Bragança em 1974. 08. 13, regressando a Coimbra, por dispensa da sua nomeação de membro do Conselho Directivo da Escola de Bragança, para que, entretanto, fora eleito.
Em 1984 participa no li Encontro de Escritores e Jornalistas de Trás-os-Montes, realizado em Bragança, com a comunicação "Bibliografia do Distrito de Bragança"; a partir de 1987 é, durante vários anos, responsável pelo Gabinete de Audiovisuais da o Secretário de Estado Adjunto do Ministro, de 1988.07.19 é-lhe concedida equiparação a bolseiro, no País, durante o ano lectivo de 1988-1989, depois renovada para 1989-1990.
Pede em 1993 a aposentação para poder dedicar-se, por inteiro, à bibliografia do distrito de Bragança, que, conjuntamente com a defesa da linguagem, etnografia e folclore da mesma região (para além dos problemas pedagógico-didácticos), ocupava, de há longa data, todos os seus tempos livres.
Não pertence a “capelinha” nenhuma (disse... e mantém que para as suas “orações” nada melhor que os vales e montes do seu Parâmio) e quanto a “penduricalhos” (ver Francisco Manuel Alves, algures, os entendidos sabem e os outros... que aprendam), não disse... mas igualmente mantém que lhe são de sobejo os 'bulharacos' (= bugalhos) todos (quem é que os quer?) das touças todas do mesmo seu Parâmio.
Colaborou, como a miudagem sabe e pode, em "Alvorada" e "Presença" (que fundou, como se disse) e, mais tarde, em "Mensageiro de Bragança", "Brigantia, "Gil Vicente" e "Tellus", tendo usado, por umas duas ou três vezes, os pseudónimos de Audifaz Zoio e Saturnino Fernandes, avoengos que não chegou a conhecer.

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