Meu riso é transparente como um dia azul.
Dentro de mim é Primavera de montes floridos e cantantes
regatos.
Minha alma é fluida e cristalina e corre serenamente para o
amor que desejo puro.
Nada me confunde na pureza deste azul semeado de cintilantes
estrelas e luar genuíno.
Sou.
Não sei se existo.
Minha essência anda por aí a saltitar pequenas flores
espontâneas
Tudo o que sinto é um amor infinito por tudo aquilo que
vejo.
Sinto.
É Primavera em mim, quase estio
Quase agrura
Quase ternura
Quase ausência
Quase essência
Não sou aquilo que digo que sou.
Quero ser descoberta
Porto de abrigo
Enseada serena
Tempestade inesperada
Maremoto de emoções.
Quero ser o que sou não sendo ainda
Vender a ideia de um dia que finda
Para depois renascer cheia de sol e mar azul
Longe, bem longe daquilo que estou.
MARIA CEPEDA (Poema e fotografia)
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