Maria Manuel tem 13 anos e é uma jovem transmontana
apaixonada pela cozinha. Nasceu em Bragança e aos dois anos mudou-se com a
família para Alfândega da Fé, considerando-se, por isso, alfandeguense. Venceu
a primeira edição do MasterChef Júnior em Portugal.
Inscreveram-se no programa televisivo mais de 5 mil crianças
entre os 8 e os 12 anos e Maria foi uma das 18 seleccionadas para entrar na
cozinha destinada aos melhores. A final do programa da TVI foi transmitida no
passado Domingo. Maria apresentou uma entrada de guacamole com tártaro de
salmão, como prato principal cozinhou arroz de limão com lulas grelhadas e, para
sobremesa, a proposta da concorrente foi um cheesecake de frutos vermelhos.
Acabou por vencer ao concorrente João Mata, de Alverca do Ribatejo, com quem
disputou a final. Ganhou um curso na prestigiada escola de cozinha Cordon Bleu,
em Madrid e uma viagem naquele que é considerado o maior navio cruzeiro do
mundo.
Em entrevista ao Jornal Nordeste, confessa que não estava a
à espera de vencer esta competição e que foi uma experiência única. Além da
cozinha também gosta de moda e até tem um canal no Youtube onde dá dicas de
maquilhagem. Para Maria “a cozinha é uma arte” e o seu futuro passará,
certamente, por tachos e panelas.
Estavas à espera de ganhar esta competição? Como é que te
sentiste?
Não…Não Estava mesmo à espera. Senti-me a pessoa mais
felizarda, mais orgulhosa, mais feliz e mais tudo do mundo…
O que é gostaste mais e menos nesta competição?
Gostei de tudo…mesmo… Dos colegas, da produção, dos jurados,
de conhecer pessoas novas, de conviver, de liderar, de competir, gostei de tudo
ali dentro…
Como surgiu a ideia de participar no programa?
Eu estava a ver televisão como qualquer pessoa e passou
publicidade do programa. Na brincadeira, disse que gostava de me inscrever no
MasterChef. Umas amigas minhas levaram aquilo a sério e inscreveram-me. Começou
por uma brincadeira e ainda agora parece brincadeira. Só quando me vejo na
televisão é que acredito…
Como surgiu o teu gosto pela cozinha?
Eu via a minha cozinhar e ajudava-a. Gostava de ajudá-la a
fazer receitas, bater natas, fazer bolos, não só a ela mas a várias pessoas. Um
dia a minha mãe foi comprar pão e eu experimentei fazer arroz No segundo
dia em que fiz arroz correu bem e nunca mais parei, fazia arroz, massa, depois
fazia bolos… Já parecia uma autêntica chef…(risos).
O que é que gostas mais de cozinhar?
Doces. Adoro pastelaria e gosto também muito de fazer pão.
A cozinha transmontana influencia os teus pratos?
Influencia. Tento sempre ir buscar um bocadinho da minha
região quando confecciono os meus pratos. No programa cozinhei, por exemplo, as
sopas da matança. Na nossa zona um dos pratos tradicionais é alheira com
batatas e grelos e eu gostava de ter cozinhado esse prato mas não foi possível
porque no programa não tinha condições para encher a alheira e pô-la a curar.
Como na altura em que gravei esse programa era altura da matança do porco,
decidi fazer esse prato, com rojões. Foi um prato muito elogiado pelo júri.
Que ingredientes e pratos transmontanos gostas mais?
Todos. Adoro cabrito, gosto muito mas muito mesmo de
feijoada. Deve ser dos pratos que mais gosto. O meu pai cozinha bem feijoada e
eu adoro. Também gosto muito de feijoada com feijão preto, à moda brasileira,
com picanha.
Vais continuar a cozinhar por gosto ou queres fazer da
cozinha profissão?
Ainda não sei bem o que quero fazer… Mas quero fazer da
cozinha uma arte…
Como é que correu o curso na Escola Cordon Bleu? Tiveste
a companhia de algum familiar?
Sim, foi muito giro. Tive a companhia da minha irmã, que foi
minha assistente no curso. Aprendi muita coisa. Gostei de extrair clorofila dos
alimentos, de fazer bolos, aprender técnicas de caramelização, de saturação,
maturação e muitas outras coisas essenciais.
Além da cozinha há outra área que gostes e estejas a
pensar seguir no futuro?
Sim, gosto de teatro e arte e também gostava de ser
estilista.
Por: Sara Geraldes
Retirado
de www.jornalnordeste.com
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