Infelizmente
sou pouco viajada, pouco conhecedora dos diversos países deste belíssimo
planeta e, até prova em contrário, o único que sustenta seres vivos, que nos
oferece uma luxuriante variedade de vidas.
Somos
egoístas. Sim. Muito egoístas mesmo. Queremos o melhor para nós, apenas para
nós e os nossos mais próximos.
Sustentamos
o nosso olhar num horizonte perfeito. Sorrimos e esperamos que as coisas
aconteçam e nos beneficiem. Tudo nos pertence e adquirimos a certeza de sermos
donos e senhores disto tudo. Podemos fazer o que nos convier, o que nos der na
veneta...
Quando
alguém, com mais consciência cívica, nos alerta para os problemas de que se
apercebe, cada dia mais evidentes, fingimos que não é connosco... Assobiamos
para o lado. Alguém resolverá.
Infelizmente,
mais uma vez, os percalços adensam-se. Agora não é só o ambiente… São as guerras.
Passámos de um mundo “perfeito” para um mundo absolutamente “imperfeito”, com
muitas vírgulas e pontos finais, com pontos de exclamação, pontos de
interrogação, reticências, aspas, parênteses…
O
que será de nós agora, ou amanhã, daqui a um mês, um ano?
Só
temos esta casa… Por mais frágil que seja, é a nossa única casa. Seremos capazes
de a transformar nas ruinas da nossa civilização? Seremos responsáveis pela
destruição dos sonhos que ainda temos por realizar?
Somos
todos iguais. Sejamos morenos ou claros, cabelos pretos ou louros, olhos
orientais ou do ocidente, temos nas veias o mesmo líquido primordial: o sangue,
“fluido corporal que percorre o sistema circulatório em animais vertebrados;
formado por uma porção celular de natureza diversificada - que circula em
suspensão em meio fluido, o plasma. Em animais vertebrados o sangue,
tipicamente vermelho, é geralmente produzido na medula óssea”, (Wikipédia) que faz
de nós o que somos: seres humanos.
Sobreviveremos?
Quero acreditar que sim. A esperança ainda não morreu.
Maria Cepeda
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