parecem
meninos
calcorreando
poeiras
cósmicas,
talvez,
pois só os
meninos
sabem os
porquês
os montes
observam
em mudo
silêncio
todas as
palavras
levadas pelo
vento
todas
consumidas
pela
escassez do tempo
sussurram
segredos
nas lufadas
de vento
quantos
segredos
escondem as
palavras!
impacientes
cuidam de
pensar
que o tempo
se esgota
em horas de
calar
e quais
borboletas
batem as
asas
fingindo
flores
de
incertezas tantas
e a noite
cai
entoando
cantos
caem
palavras
como se
folhas fossem
uma por uma,
penduro-as
nas árvores
dançam
ventanias
sem fazer
alarde
calcorreando poeiras
cósmicas, talvez,
pois só os meninos
sabem os porquês
os montes observam
em mudo silêncio
todas as palavras
levadas pelo vento
todas consumidas
pela escassez do tempo
sussurram segredos
nas lufadas de vento
quantos segredos
escondem as palavras
ansiosas
de se fazerem entender
e quais borboletas
batem as asas
fingindo flores
que não podem ser
caem palavras
como se folhas fossem
em revoluteios
rubicundos ais
Maria Cepeda
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