quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Onde estão os 200 milhões destinados ao Túnel do Marão?

A conclusão da Auto-estrada do Marão está parada há mais de dois anos. O presidente do Sindicato da Construção de Portugal diz que nada justifica a interrupção de trabalhos “que provocam milhões de euros de prejuízo ao Estado”.

O Sindicato da Construção de Portugal quer saber do Governo o que é feito dos 200 milhões de euros de fundos comunitários anunciados para a conclusão da auto-estrada do Marão.

Em conferência de imprensa, em frente à Câmara de Vila Real, Albano Ribeiro, evocou uma audiência que manteve com o secretário de Estado da Obras Públicas, em Outubro de 2012, em que o governante terá anunciado essa verba para assegurar a conclusão das obras na auto-estrada, onde se insere o túnel rodoviário.

Passaram quase dois anos e o presidente do sindicato exige saber onde está o dinheiro. "Estes 200 milhões de euros, possivelmente, foram desviados, para dizerem que o défice do Estado é menor", acusa Albano Ribeiro, para quem "não há nada que justifique a continuidade das obras paradas, que provocam milhões de euros de prejuízo ao Estado".

No passado mês de  Junho, o Estado rescindiu o contrato de concessão do Túnel do Marão, invocando justa causa, fundada no incumprimento por parte da concessionária Auto-Estrada do Marão. Entretanto, a concessão da auto-estrada passou para as mãos da Estradas de Portugal.

Em visita à auto-estrada, em Agosto, António Ramalho, presidente da EP, afirmou que seriam precisos mais dois anos e 150 milhões de euros para concluir a obra. Segundo explicou, para os trabalhos avançarem, era necessário abrir um novo concurso público internacional, o que demorará pelo menos um ano.

A auto-estrada do Marão, que inclui um túnel rodoviário de 5,6 quilómetros e que vai ligar Vila Real a Amarante, vai juntar-se à auto-estrada transmontana, entre Vila Real e Bragança, que permitirá reduzir a sinistralidade em 23%. A primeira previsão para a conclusão da obra apontava para o início de 2012.

Este projecto tinha um custo inicial estimado de 350 milhões de euros. Em pico de obra, chegou a dar emprego a 1.400 trabalhadores e a envolver cerca de 90 pequenas empresas.

Escrito por Olímpia Mairos
Retirado de www.rr.sapo.pt

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