domingo, 20 de novembro de 2016

Bragança reivindica mais camas de cuidados continuados




O Presidente da Câmara Municipal de Bragança, Hernâni Dias, e outros autarcas dos municípios que integram a Comunidade Intermunicipal das Terras de Trás-os-Montes reuniram, no dia 16 de novembro, com o Secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Fernando Araújo, em Lisboa, com o objetivo de debaterem a atribuição de camas de cuidados continuados para esta CIM.
Os autarcas transmontanos querem mais camas de cuidados continuados disponíveis na região. No decorrer do encontro, reivindicaram 53 camas para o distrito de Bragança, das quais 20 se destinam à Unidade de Cuidados Continuados da Santa Casa da Misericórdia de Bragança (SCMB).
Esta necessidade tinha sido, de resto, já referida pelo Presidente da Câmara Municipal de Bragança durante a cerimónia de comemoração do segundo aniversário da Unidade de Cuidados Continuados da SCMB (no passado mês de setembro), tendo defendido que, “considerando o previsível envelhecimento da população da região, é necessário aumentar o número de camas disponíveis, por forma a assegurar uma boa taxa de cobertura e dar resposta às necessidades da população deste território.”

Expedição ao inferno




Primeiro o espanto. Depois o choro e ranger de dentes, os suspiros de desânimo. Este é o retrato das criaturas desesperadas, que sempre recusaram ver o outro lado do espelho.
Foi o referendo na velha Inglaterra, agora as eleições na América, com a França a desaferrolhar a porta.
Perante a derrocada do palácio etéreo da democracia inevitável, que se precipita sobre uma humanidade que festejou displicente o hedonismo, o que agora se impõe não é um infinito muro de lamentações. Pelo contrário, chegámos a um tempo em que a racionalidade é o único caminho, por mais que os perigos possam parecer insondáveis e as armadilhas traiçoeiras surjam por todo o lado.
A angústia não é boa conselheira. O que está feito, já não tem remissão. Mas amanhã não tem que ser o inferno, mesmo que já sintamos o crepitar das labaredas.
Talvez valha a pena encararmos o próximo futuro como uma expedição, arriscada sem dúvida, às cavernas povoadas pelos demónios que fomos construindo durante milénios, para, definitivamente, acabar com as suas gargalhadas fedorentas.
Na verdade, a construção da democracia não é empresa leve, nem consolidada. É um desígnio que exige dedicação permanente, muita coragem e nenhuma preguiça. Requer ainda a generosidade de quem estiver disposto a não gozar todas as delícias desse paraíso a encontrar. Do que se trata é de compreender que a democracia é a eterna utopia, mas desistir é mergulhar na selva sem contemplações, onde a morte triunfará, mais cedo ou mais tarde.
É preciso enfrentar esta expedição, agora inevitável, com a clarividência de que há que corrigir erros. Desde logo a omissão das consequências do nosso próprio egoísmo, da sobrevalorização do nosso conforto e tranquilidade, que têm muito de ilusório, porque não olhamos em redor, para onde se escondem todos os venenos de que não encontrámos o antídoto, como a ignorância, a irracionalidade, a dissimulação e a cobardia.
Quando percebemos que as massas, afinal, tanto podem carregar regimes dos amanhãs cantantes, como escavacá-los dando força a quem lhes promete a mesa do pequeno almoço, entre famintos moribundos, somos tentados a desistir. Mas, não devemos, em nome do direito dos nossos filhos ao futuro.
Para que possamos ter sucesso na dura expedição temos que recusar convicções vesgas. Impõe-se um trabalho de franqueza, sem temor de denunciar os erros, intencionais ou ingénuos, dos que se arrogam senhores da verdade, apesar de repetidamente desmentidos pela vida.
Tenhamos sempre em conta a lição de 1933, quando Hitler chegou ao poder por voto democrático, determinado simplesmente por raivas, que são isso mesmo, erupções do instinto primitivo. Agora não é muito diferente.
Vai ser difícil, mas podemos ainda voltar vivos e depurados dos pecados que nos conduziram às proximidades do inferno.

Escrito por: Teófilo Vaz (Diretor do Jornal Nordeste)

Arrendar casa em Bragança: à procura de uma agulha num palheiro




O aumento significativo da população estudantil do IPB, a recente ampliação da Faurecia, principal empregadora na região, e a falta de estabilidade no trabalho, que desencoraja a compra de habitação própria, fez disparar a procura de imóveis para arrendar. O mercado tenta dar resposta que, para já, fica aquém das necessidades, com os agentes imobiliários a reclamarem novas políticas fiscais para o sector. Enquanto isso, há brigantinos de gema e adoptivos a desesperarem à procura de casa.
António Guerra, agente imobiliário da “Predial Rua Nova” há mais de 20 anos, refere que se “nota uma grande procura no mercado de arrendamento”. Os apartamentos de tipologia T1 e T2 são os mais procurados entre os estudantes, mas para António Guerra, “neste momento existem apartamentos razoáveis para arrendar, até porque não se tem construído tanto e há pouca gente a investir para arrendar”, sublinha.
Há, contudo, a expectativa por parte dos profissionais do ramo imobiliário que esta nova realidade “traga um novo impulso ao mercado de construção” e que surjam novos investidores, à luz do que aconteceu no passado.
Mas mais construção, não significa mais apartamentos para arrendar. Os elevados custos que os senhorios têm de suportar ao colocarem os seus imóveis no mercado de arrendamento faz com que hesitem em tomar essa decisão. “A habitação é muito cara e os encargos com as finanças e condomínio são elevados, acabando por não compensar. Tem ainda que se pagar um seguro e quando os apartamentos são alugados com recheio, os encargos são ainda maiores. No final do ano vê-se que o lucro não é muito, ronda mais ou menos os 50 por cento”, constata Paula Lucas, da empresa familiar de construção “Albino Lucas, Lda”. A arquitecta revela que constrói para clientes “que procuram habitação própria ou, então, para férias, no caso dos emigrantes”, acrescentando que as pessoas raramente compram para alugar, já que os custos de apartamentos com acabamentos de boa qualidade e certificação energética faz com que as pessoas hesitem em entregá-los a qualquer pessoa”.
Cristina Lucas, administrativa na empresa, revela que, em 2013, a empresa começou a construir prédios, junto à rotunda do Caçador, no Bairro do Campelo, estando, nesta altura “a construir o quarto prédio” e esperando-se que, até 2017, estejam concluídos seis prédios, no total.

Susana Novo conquista título mundial de pankration



Quatro anos após a última participação, a Selecção Nacional de Pankration voltou a competir numa prova internacional. Susana Novo trouxe o título mundial para Portugal.
Representada por cinco atletas da Associação Mirandelense de Artes Orientais (AMAO), a equipa das quinas, treinada pelo também mirandelense Jesus Novo, trouxe cinco medalhas – uma de ouro, duas de prata e duas de bronze – do Campeonato do Mundo realizado em Itália, no passado fim-de-semana.
O destaque vai para Susana Novo. A atleta, natural de Mirandela, sagrou-se campeã do mundo de pankration.
Uma vitória difícil face ao nível competitivo da prova, mas que não surpreendeu Jesus Novo. “A Susana já merecia este título. Não me surpreendeu pois a Susana já tinha, noutras provas, defrontado atletas campeãs do mundo e estava ao nível delas”, disse o técnico nacional.
Portugal arrecadou ainda mais quatro medalhas. David Abreu trouxe uma de prata, Sérgio Lousa arrecadou duas medalhas em diferentes categorias, uma de prata e outra de bronze, e Daniel Du conquistou uma medalha de bronze.
“Foi uma meia surpresa trazermos tantas medalhas, pois já algum tempo que não competíamos a este nível. Mas trabalhamos para isto e aí está o resultado”.
Jesus Novo não tem dúvidas que as medalhas conquistadas voltam a colocar Portugal e Mirandela “no ranking mundial” do pankration.
Quanto a Francisco Teixeira não trouxe medalhas mas conseguiu um quarto lugar.
O mundial, que terminou no domingo contou com 1400 participantes de 62 países.
Em Maio de 2017 os atletas mirandelenses regressam a Itália para competir na Taça do Mundo de pankration.

Escrito por: Jornalista Susana Madureira
Retirado de www.jornalnordeste.com  

domingo, 13 de novembro de 2016

Outono em Bragança, ainda... e muito mais haverá para mostrar









Aqui, melancolicamente, passeio.
Nada mais do que passar
breves minutos de caminho.
Tudo se resume ao simples ato de cismar
à procura do destino
que ora é fado ora desatino.

Maria Cepeda 

sexta-feira, 11 de novembro de 2016

"Praxe Solidária" recolha de alimentos não perecíveis pelos estudantes da Escola Superior Agrária do IPB



Associação de Estudantes da Escola Superior Agrária, numa conjugação de esforços dos seus Alunos, vai realizar uma recolha de alimentos não perecíveis, no dia 8 de Novembro, das 18h as 21h pela Cidade de Bragança. A iniciativa vai processar-se nos hipermercados Pingo Doce, Intermaché, Delícias e Mini-Preço.


"Praxe Solidária" recolha de alimentos não perecíveis pelos estudantes  da Estudantes da Escola Superior Agrária do IPB
"A presente ideia despontou de uma reflexão entre alunos, que se predispuseram a desenvolver tarefas com o fim último, de incrementar acções no sentido de prestar um serviço para além de cívico, acima de tudo humanitário", refere fonte da Associação de Estudantes da Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Bragança, que teve a iniciativa de organizar esta recolha com os novos estudantes que chegaram ao IPB para estudar ciência agrárias.
A Associação de Estudantes da Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Bragança, já desenvolveu acções semelhantes em anos anteriores. Estas acções foram pautadas por um enorme êxito e constituíram um alicerce do qual a Associação de Estudantes mostra orgulho e que pretende perpetuar.
"Este tipo de iniciativa fundamenta-se na crescente necessidade de inter-ajuda. Com este simples e singelo gesto tenta a Associação de Estudante e os Alunos da Escola Superior Agrária, contribuir um pouco para a ajuda e melhoria das condições de vida do próximo". A “Recolha de Alimentos Não Perecíveis” começa amanhã e já está protocolado com diversas instituições humanitárias e sociais de Bragança a atribuição dos géneros recolhidos.Os benificiários deverão ser o Centro Social de S. Pedro de Sarracenos, a Associação Entre Famílias, a “Reaprender a Viver” e o Centro Social e Paroquial de São Roque de Salsas.

CIM quer investir 20 milhões de euros na gestão da água em baixa



 
A criação de uma empresa multimunicipal para gerir as águas em baixa no âmbito da Comunidade Intermunicipal Terras de Trás-os-Montes (CIM) vai avançar no início do próximo ano, com um novo encontro para dar passos mais consistentes. Até ao final deste ano deverá ser  publicado um aviso destinado às regiões que se estão a organizar para gerir a água em baixa. A CIM vai concorrer com um volume de obras num valor superior de 20 milhões de euros.
O secretário de Estado do Ambiente, Carlos Manuel Martins, que se reuniu em Bragança com os autarcas da CIM  e o presidente da Resíduos do Nordeste, na passada sexta-feira, confirmou ao Mensageiro que veio à região para discutir os passos a dar no sentido de constituir a referida empresa.

Escrito por: Glória Lopes
Retirado de: www.mdb.pt