quarta-feira, 25 de junho de 2014

Presidente da CIM Trás-os-Montes critica a forma como o encerramento de escolas foi comunicado

O presidente da Comunidade Intermunicipal de Trás-os-Montes, Américo Pereira, critica a forma como o encerramento das duas escolas do distrito de Bragança foi comunicado. 
Recordo que alguns autarcas da Comunidade Intermunicipal estiveram reunidos esta segunda-feira com o Diretor-Geral de Educação do Norte que não revelou a lista das escolas a encerrar. No entanto, durante a noite os autarcas de Mirandela e Vila Flor foram notificados por fax do encerramento da escola do cachão e Freixiel. Américo Pereira afirma que o governo está agir de má fé no processo de reorganização escolar. “O que não é correcto é a Comunidade Intermunicipal ter reunido com o representante do governo sobre esta matéria, dizer que não sabe nada, não consegue dar resposta absolutamente nenhuma e nas nossas costas comunica às câmaras municipais o resultado. Não me parece que exista aqui boa fé da parte do governo nesta questão das escolas”, considera. Ao divulgar a lista das 311 escolas que vão encerrar em todo o país no próximo ano lectivo, o Ministério da Educação afirma que a lista resulta de uma negociação com as autarquias. No entanto, o presidente da CIM de Trás-os-Montes afirma que não houve negociação alguma com os municípios transmontanos. “Não houve negociação nenhuma. O que houve foi uma oposição das autarquias face à proposta do governo”, afirma. Apesar de apenas 2 das 18 escolas inicialmente em risco, numa lista divulgada pela Associação Nacional de Municípios, estarem agora referenciadas pelo Ministério da Educação para encerramento, Américo Pereira garante que a Comunidade de Intermunicipal de Trás-os-Montes e os autarcas envolvidos vão continuar a lutar para evitar o encerramento destas escolas. O presidente da Comunidade Intermunicipal de Trás-os-Montes a criticar a forma como o Ministério da Educação comunicou o encerramento de duas escolas no distrito de Bragança e garantir que os autarcas vão continuar a lutar pela manutenção destas escolas.

Escrito por Brigantia

Retirado de www.brigantia.pt

2 comentários:

  1. Esta questão do encerramento das escolas é bem reveladora da trapalhada a que este Governo já nos habituou (sem prejuízo do contributo de anteriores executivos).Primeiro diz o Ministro da tutela que negociou com as autarquias os critérios e regras desse encerramento, logo a seguir vêm os autarcas manifestar espanto pelos pressupostos em que a Epopeia assentou, dizendo que afinal, não é verdade de que as autarquias tenham sido chamadas a emitir opinião ou a tomar assento no processo; depois vem o Ministro afirmar que afinal o que esteve subjacente a toda esta história foi um príncipio que assentou em preocupações com a qualidade do ensino ministrado, do ponto de vista pedagógico, social, etc.e nunca foram razões de ordem económica ou economicista que nortearam o fecho de centenas de escolas pelo País fora! em que é que ficamos? Por acaso os professores dessas escolas e respectivo Staff auxiliar e administrativo, não terão de ser deslocados para outros estabelecimentos? Ou pura e simplesmente vão engrossar o quadro de "excedentes" do Ministério? E as autarquias que terão a expensas próprias de assegurar o transporte dos alunos "deslocalizados"não virão a registar um aumento na despesa pública, já de si, farta e descontrolada?É que é difícil, mais uma vez, perceber quais os príncipios em que assentam estas medidas "inovadoras" e visionárias deste (Des)Governo!...E nós, pacatos e ordeiros cidadãos, reduzidos a meros contribuintes da "causa pública" não somos chamados a participar, num processo que deveria ser claro, transparente, e sobretudo justo e democrático?É a exaltação do fado português, agora elevado a património imaterial da Unesco, no seu melhor! E que belo contributo que o nosso Estado dá!...

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  2. Se o objectivo é esvaziar o interior, vão conseguir certamente!Encerram os Serviços de Saúde, as Repartições de Finanças, as Escolas...o que virá a seguir? Ou estes senhores pretendem que migremos todos para o Litoral, desertificando ainda mais o País profundo e ostracizado?>Por este andar ainda havemos de ver as regiões do interior de Portugal transformadas em sítios arqueológicos, qual espaço dinossáurico e museológico, outrora vivo e culturalmente rico, transformado em Parque de Diversões para turista ver!...Arre Porra!...Apetece-me citar Fernando Pessoa!...

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