segunda-feira, 9 de junho de 2014

Cedães aposta na produção de cortiça

Vila Verdinho, na freguesia de Cedães, concelho de Mirandela, é uma das zonas de produção de cortiça da região transmontana. A Sociedade Clemente Meneres detém a maior área de sobreiros, mas também têm surgido novos projectos.
Esta localidade acolheu, no passado sábado, um workshop onde se falou sobre as potencialidades deste sector, que pode ser um complemento à agricultura.
“Aqui temos cerca de 15 hectares, em que a grande quota de mercado é da Sociedade Clemente Meneres, mas temos depois pequenos empresários que apostaram recentemente numa plantação de cerca de 10 hectares. E aquilo que nós queremos é que as pessoas comecem a ter a consciência que se pode apostar neste produto da floresta, que é fundamental para nós”, salienta o presidente da Junta de Freguesia de Cedães, António Martins.
António Manso, da Sociedade Clemente Meneres, assegura que a cortiça é um produto com potencial, mas lembra que os incêndios dos últimos anos têm sido prejudiciais para a produção.
“Nalguns casos a produção de cortiça diminuiu para metade ou um terço daquilo que se produzia há 30 ou 40 anos”, constata António Manso.
O director regional de Agricultura e Pescas do Norte, Manuel Cardoso, reconhece que os fogos têm afectado este sector, mas lembra que há apoios no âmbito do próximo quadro comunitário, que podem contribuir para o reforço das plantações de sobreiro na região.
“Estamos a entrar numa fase em que há muito mais apoios para este tipo de actividade. Todos devemos olhar para as medidas que estão desenhadas e utilizá-las. A questão do ordenamento do território e dos incêndios é de facto preocupante. A actividade económica quando existe é sempre uma garantia de minimização dos impactos dos incêndios, daí que seja uma possibilidade nos próximos anos, uma vez que temos medidas de financiamento para esta actividade, que possamos melhorar neste sector”, conclui Manuel Cardoso.

Retirado de www.jornalnordeste.com

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